- Pelo menos vemos que Paulo está sã das coisas. - Marcus comentou com Anderson e os amigos próximos.
- Não vou poder deixar todos entrarem porque ele acabou de acordar, muita gente no quarto não é bom. - O médico continuou. - Quero alguém da família.
- Eu fico. - Ju disse. - Alguém avisa a mamãe que está tudo bem com ele?
- Eu aviso, pode deixar. - Samantha falou. - Mantém a gente informado. Voltamos na hora da visita.
- Isso, assim ele descansa até a tarde. - O médico concordou com Samy. - Visita das 16h as 18h.
Todos vão embora, enquanto Ju vai com o médico para o quarto de PG. Thales não se aguenta e vai até a recepção, perguntando se Doutor Rubens está trabalhando no plantão. Com a confirmação da moça, Thales consegue entrar no consultório dele rapidamente.
- Oi Rubens. - Eles apertaram as mãos. - Preciso da sua ajuda.
- Em que posso ajudar? - Ele sentou sorrindo.
- Meu namorado está em um dos quartos daqui e eu quero muito ver ele. Ele não quer me ver nem pintado de ouro, mas eu sou médico, não posso ir até lá pra dizer que estou consultando apenas pra vê-lo? - Thales perguntou ansioso. - Prometo ser rápido.
- Thales, eu nunca neguei nada a você. Eu estou atendendo um ator, ele chegou mal e machucado, agora está bem, mas não posso autorizar você a ficar zanzando pelos corredores atrás do seu namorado. - Rubens disse o repreendendo.
- Você tá atendendo o Paulo Gustavo? - Ele assentiu. - Ele é meu namorado! Eu quero ver ele. Ele acabou de acordar, mas não quer me ver, quem está com ele é a Juliana, a irmã.
- Mas se ele não quer te ver eu vou forçar sua entrada?
- Eu vou com você. Preciso nem entrar. Por favor. - Thales pediu juntando as mãos. - Te devo muitas, faço dois plantões pra você.
- Tudo bem. - Ele suspirou e entregou um jaleco da gaveta pra ele. - Vamos comigo, tenho que buscá-lo pra exames.
Os dois sobem para os quartos e entram no quarto 36. Paulo estava rindo com Juliana por causa de um programa da TV.
- Então, está bem Paulo? - Rubens perguntou olhando o soro. - Sente alguma dor de cabeça ou no corpo?
- Sinto apenas dor nas costas, mas a enfermeira disse que vou descer pra fazer fisioterapia daqui a pouco. - Paulo falou e então viu Thales encostado na parede de braços cruzados o olhando. - Thales? Tá fazendo o que aqui?
- Eu estou com o Doutor Rubens. - Deu de ombros. - Então, não teve nenhum arranhão além desse do rosto?
- Não, apenas esse. - Paulo pegou no arranhão da bochecha e gemeu. - Tá dolorido.
- Eu posso passar algum remédio pra isso. Sei um ótimo. - Thales se aproximou rapidamente. - Eu arranjo pra você, amor.
- Não me chame de amor, Thales. - Paulo revirou os olhos. - Rubens, quando recebo alta? Tenho muita coisa pra fazer fora daqui.
- Se você ficar quieto talvez receba ainda hoje, se não só amanhã. Vou pedir pra levarem você pra fazer raio x e depois a fisioterapia. - Rubens anotou uma prancheta e entregou pra Juliana. - Você o acompanha nos exames.
- Certo.
- Vamos Thales. Já olhou pro seu namorado? - Rubens disse sorrindo.
- Ex namorado o senhor quis dizer. - Paulo se meteu.
Rubens olhou pra Thales e ele entendeu. Saiu junto com ele do quarto e entregou o jaleco.
- Obrigado. Te devo uma hein? - Thales falou triste.
- Não precisa dever nada pra mim. - Passou a mão pelo cabelo branco e riu. - Não sabia que você estava namorando com o Paulo.
- Ele é um cara maravilhoso, mas aí eu fiz a merda de terminar tudo. - Thales bateu o pé. - Eu sou muito idiota.
- Você está apaixonado, meu caro. - Rubens disse o acompanhando até o elevador e apertando o 1º andar. - E eu tenho certeza que seu namorado lhe ama. Vocês vão voltar, dê apenas tempo pra ele se recuperar logo.
Rubens desceu no 1º andar e se deu um tchauzinho pra Thales. Ele foi pra casa e se jogou na cama. Passou as mãos pelo rosto e lembrou dos seus momentos com PG, os melhores momentos.
A noite, decidiu ir ao shopping e comprou um novo celular pra ele. Sabia que ele com certeza estava louco pra falar com os fãs e o dele estava com a tela quebrada. Atualizou tudo do novo iphone, como agenda e fotos, e colocou no papel de presente.
No dia seguinte, domingo de manhã, entregou o presente na recepção e pediu para deixar no quarto 30, 3º andar.
Paulo acordou com uma caixinha em cima da cama, e Dea Lucia do seu lado.
- Cadê a Juju? - Perguntou sentando e pegando o café da manhã das mãos da mãe. - Ela dormiu aqui não?
- Ela foi embora agora cedo, estava bem cansada. - Dea beijou sua cabeça. - Estava preocupada! Meu Deus, que loucura Paulo!
- Eu sei mamãe, mas espero que a polícia pegue aquele cara do carro. - Ele bebeu o suco. - Hum, o que é isso?
- Chegou pra você, mas está sem nome. Será que é de fã? Mas se fosse ia ter o nome de alguém né?
Paulo rasgoi o papel de presente e viu o iPhone 6 Plus na caixa.
- Meus fãs nunca iriam dar isso pra mim mamãe. - Disse rindo. - Eles reclamam até de preço de livro meu!
Paulo abriu a caixinha e viu um papel em cima do aparelho celular.
"Espero que você volte a ficar viciado novamente. Dê notícia a seus fãs. Fique bem logo. Precisamos conversar. Te amo muito. T."
- De quem é? - Dea perguntou quando o viu com um sorriso.
- Do Thales. Eu devo receber ou não?