CAPÍTULO 2 - Onde está Thirce?

644 78 48
                                    

Thirce está em coma no hospital aguardando o dia de uma cirurgia para conter uma hemorragia interna. Ao lado dela estão Max, que esteve presente desde o primeiro dia, e Lauriet (forma jovem) disfarçada de enfermeira.

— Onde está minha irmã? Onde está minha irmã? — Grito desesperado entrando no quarto.

— Psiu! Silêncio, Celso! — Diz Lauriet colocando o dedo indicador na frente dos lábios. — Infelizmente ela não está nada bem, vai ter que passar por uma cirurgia.

— Obrigado por tomar conta da minha irmã, Max. — Digo o abraçando com lágrimas nos olhos.

— De nada, Celso! — Diz ele correspondendo o abraço, dando tapinhas em minhas costas. — Mas espera aí! Que história é essa que Thirce é sua irmã?

— É uma longa história, Max, depois te conto com mais detalhes. — Digo me aproximando de Thirce e aliso o rosto dela olhando perplexo ao ver uma garota tão animada, tão cheia de vida, agora respirando sob aparelhos. — O que houve com ela?

— Venha comigo, Celso! — Diz Lauriet me levando a um local mais reservado. — Nos dê licença, Max.

Lauriet e eu entramos em uma sala onde podemos ficar a sós. Ela tira a touca soltando seus longos cabelos loiros e olhando para mim, pergunta:

— Lembra-se de mim?

— Não pode ser! — Me espanto caindo de bunda no chão. — Você é a Lauriet que apareceu no meu sonho!

— Já falei que não são sonhos, Celso! — Diz ela revirando os olhos. — Nem parece que você despertou, ainda continua bocó!

— Ok, ok, agora me lembro de tudo. — Digo me levantando. — Mas o que você está fazendo aqui?

— Estou cuidando da Thirce, ué! Aproveitei e chamei Max para me ajudar, já que soube que ele gosta dela.

— E o que aconteceu? Por que ela foi hospitalizada?

— Vou te contar desde o início para você entender melhor...

***

FLASHBACK DE LAURIET...

No dia do encontro entre Lia e Celso, uma criatura pula em cima do carro dela e quebra o vidro da frente com suas garras; eu apareço dando uma voadora na criatura, fazendo com que ela caia distante; pisco para Lia e lhe dou um sorriso, ela segue caminho enquanto eu continuo o confronto contra o monstro.

— O que está fazendo aqui, Gabriel? — Pergunta a criatura. — Pelo que sei, anjos não tem permissão de lutar no mundo dos homens.

— Se eu estivesse em minha antiga forma não poderia lutar aqui, mas como sou apenas o receptáculo de Gabriel, posso lutar sem problemas, pois tenho apenas a essência de um anjo em meu corpo humano. — Digo dando um soco.

— Bom saber disso. — Diz a criatura se desviando e agarrando meu braço, em seguida me arremessando várias vezes contra o solo sem me soltar. Eu lhe dou uma rasteira e o derrubo, em seguida, torço seu braço o quebrando. A fera me ataca ainda deitada com as outras garras que me atinge de raspão no rosto me fazendo cair de joelhos no chão.

— Há, há, há, há! Não imaginei que você tivesse ficado tão fraco, Gabriel! — Diz a fera se levantando e vindo em minha direção, me atacando.

— Chega! Já brinquei o bastante! — Digo me desviando do golpe e dando um soco que atravessa o peito da criatura esmagando seu coração. A fera cai ao chão e seu enorme corpo desaparece. Eu fico de joelhos ao chão respirando com dificuldade e vejo meu corpo envelhecendo, me deixando na forma de 70 anos.

Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora