CAPÍTULO 24 - Entre o amor e o ódio

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Lia e eu finalmente nos encontramos, porém, não da maneira que todos esperavam, parece que ela ainda não consegue se lembrar de mim e de tudo que passamos juntos. Mas apesar de todos estarem ansiosos para saber o que vai acontecer em seguida, primeiro vou contar o que aconteceu comigo antes de chegar à arena...

No capítulo anterior... Rodolf, Russel e eu, juntos com Noberto e seus agentes, fomos cercados por dezenas de vampiros ao entrarmos na fortaleza de Craftos. Os agentes atiram neles, mas é em vão, pois suas balas não lhes causam danos. Rodolf e Russel decidem dar cobertura aos agentes para que eles encontrem armamentos de prata deixados pelos soldados de Craftos que foram mortos, pois só com eles poderão ser capazes de ferir os vampiros. Enquanto isso, Rodolf me entrega a foto em que estão Katy e Lia e me manda ir procura-la. Então sigo caminho, sem nem ter ideia de onde começar a procurar. Passo por vários corredores, enfrentando um monte de feras selvagens e vampiros que mais parecem zumbis.

— Isso aqui está parecendo mais um zoológico. Nunca vi tanto animal solto! — Digo enquanto fico passando de porta em porta tentando encontrar alguma pista que possa me levar à Lia.

"Desse jeito vou passar um ano para encontrá-la, tem uma infinidade de portas e corredores neste lugar." Penso comigo mesmo, quando lembro que Lauriet me ensinou a como encontrar algo ou alguém através de sua essência. Pondo em prática o que ela me ensinou, fecho os olhos tentando me concentrar, porém, mais vampiros aparecem e me cercam.

— Mas que droga! — Digo atacando-os. — Desse jeito nunca vou encontrar a Lia! Esses vampiros não largam do meu pé!

De repente... tiros! Muitos tiros de metralhadora e vejo os vampiros caindo mortos aos meus pés. Então sou cercado por vários homens armados que apontam suas armas para mim (estes são os rebeldes do grupo 2 que foram enviados a buscar as armas).

— Obrigado! — Digo sorrindo levantando as mãos. — Mas podem baixar suas armas, eu não sou um vampiro.

— Calado ou eu estouro os seus miolos! — Diz um deles falando em romeno, engatilhando a arma, sem entender o que digo.

— Baixem suas armas! — Diz outro baixando sua própria arma. — Ele não parece uma ameaça e muito menos se parece com nenhum dos soldados do Craftos. Qual o seu nome, meu rapaz?

— O quê? — Pergunto, não entendendo nada do que falam, pois falam em outro idioma.

— Perguntei seu nome. — Insiste o homem.

Eu fecho os olhos e começo a sentir uma sensação estranha em minha cabeça, quando lembro que um certo dia Lauriet me contou sobre os nove dons e entre eles havia o dom de falar e interpretar outras línguas. Além disso, também disse que agora que eu despertei como anjo conseguiria manifestar todos os dons.

— Estou falando com você, seu idiota! — Diz o homem irritando-se me empurrando.

Eu seguro o braço dele e já começando a entender o que ele diz, falo sorrindo.

— Meu nome é Celso. E é melhor que me respeite.

Todos apontam suas armas para mim novamente. Eu solto o braço do homem e ele os manda baixar as armas, falando:

— Está tudo bem, está tudo bem... podem ficar tranquilos, pelo menos ele fala a nossa língua.

— Obrigado, mas quem são vocês e o que está acontecendo aqui? — Pergunto.

— Você não sabe? Está tendo uma rebelião e estamos tomando o controle desta fortaleza.

—  Chama isso de controle? — Digo admirado olhando para os lados, vendo tudo em volta destruído e coberto por chamas. — Está mais para descontrole, isso aqui está um caos!

Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora