Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)

CAPÍTULO 22 - A força aperfeiçoada na fraqueza

Hospital municipal da cidade de Brasov na província da Romênia... são exatamente 3:45 da tarde. Correria e muito alvoroço no hospital, pois apareceram muitas pessoas feridas de um suposto ataque causado por vampiros-zumbis.

— A situação está alarmante! — Diz um dos médicos em uma reunião. — A quantidade de pacientes tem aumentado a cada minuto. Não estamos tendo acomodações suficientes para tantas pessoas, teremos que transferir alguns pacientes.

O outro fala enquanto ler um relatório:

— Tudo isso por que estão relatando que alguns homens enlouqueceram e estão atacando pessoas as mordendo.

— Você acha que isso é verdade?

— O que sei é que a polícia conseguiu prender alguns desses delinquentes, porém eles atacaram os presos que estavam compartilhando a mesma cela.

— Que absurdo! Isto está parecendo aqueles filmes de terror.

— Falando nisso... como está o comportamento dos dois pacientes que encontramos carbonizados na rua?

— Você não vai acreditar, após algumas horas as queimaduras sumiram e seus corpos se regeneraram sozinhos sem precisar de nenhuma medicação.

— Isso é muito estranho! Vá ver como eles estão agora, enquanto comunico sobre eles às autoridades.

No leito de recuperação...

— E então, como se sente, Russel? — Pergunta Rodolf lhe dando uma bolsa de sangue.

— Bem melhor agora. — Responde Russel. — Deu para recuperar um pouco das forças, mas isso aqui não se compara a sangue fresco saindo diretamente das artérias de um humano.

— Com certeza não. Mas a única coisa que tem aqui são um monte de miseráveis doentes. Nessa situação o sangue deles não é saboroso.

— Verdade. Então vamos arrumar um jeito de sair daqui. Acho que já podemos ir, falta pouco para o Sol se pôr. — Diz Russel procurando uma janela.

— Não seja precipitado. Ainda falta mais de uma hora para o Sol se pôr. Se sairmos novamente neste Sol, vai acontecer a mesma coisa de antes. Sorte que fomos trazidos para esse hospital a tempo e pudemos nos regenerar na sombra.

— A culpa foi sua, Rodolf! Eu disse para a gente esperar anoitecer para começar a procurar Lia.

— Desculpe-me, Russel, eu me esqueci da diferença do fuso horário entre a Romênia e o Brasil. Faz muitos anos que fugimos daqui.

Entre os doentes, tem um todo enfaixado que não para de chorar e  a olhar para uma foto, se lamentando:

— Minha Filha! Minha filha! Aonde você está, meu bem?

Ao passar por ele, Rodolf nota Lia abraçada com uma garota na foto e a tomando da mão do doente, pergunta:

— Ei! Essa da foto é a Lia! Onde ela está? Me diga!

— Você a conhece? — Pergunta com uma voz trêmula o homem todo machucado (que na verdade é o Solovan, pai da Katy. Sim ele está vivo!).

— Sim — responde Rodolf — ela é nossa amiga. Aonde você a viu quando tiraram esta foto?

— Estávamos subindo o monte pelo teleférico para avistarmos o castelo do Drácula, quando fomos atacados por uns vampiros. Eu caí de um precipício, mas felizmente sobrevivi me segurando em um galho cravado numa rocha do monte. Enquanto isso sua amiga escapou junto com a minha filha, não faço ideia de onde estão agora.