CAPÍTULO 25 - O fim de um império

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Craftos continua sua fuga pelo alto da arena, Zé vem logo atrás, se esquivando de mesas, cadeiras e arquibancadas. O local por onde Craftos planejava escapar está interditado, então continua seguindo em frente até chegar a uma parte quebrada do topo da arena. Olhando para baixo são mais de quinze metros, nem mesmo um vampiro sobreviveria a uma queda dessa altura (aliás, nenhum até agora fez o teste para sabermos).

— Desista, Craftos! — Diz Zé se aproximando, apontando a arma para ele. — Você não tem mais para onde fugir.

— Hum... fugir? — Sorri ironicamente Craftos. — Eu sou um vampiro com as mesmas imunidades da filha do Drácula e você acha que vou fugir de um mísero humano apontando sua arminha de brinquedo para mim?

— Se esqueceu que este mísero humano é o irmão do maior caçador de vampiros que já existiu?

Craftos avança velozmente e desarma Zé, torcendo o seu braço e pegando sua arma; em seguida o derruba no chão e aponta a arma na cabeça dele, dizendo:

— Você tem apenas a mesma aparência do Dorman, mas está muito longe de ter as mesmas habilidades que ele.

Craftos engatilha a arma, Zé fecha os olhos achando que é o seu fim, porém... Ceaser aparece em sua forma vampírica e dá um esculacho em Craftos o arremessando para longe.

— Você tinha razão, meu amigo. — Diz Ceaser dando a mão para erguer Zé. — É possível controlar as emoções e manter a insanidade humana.

Zé segura a mão dele e se levanta, olhando espantado para seu amigo. Feliz, mas confuso, afinal achava que ele estava morto. Ceaser está diferente, está mais alto, mais robusto e seus olhos estão amarelos, meio que alaranjados, ao invés de vermelhos como os dos outros vampiros. Ele o abraça e diz:

— Naquele dia, na sala das armas, quando você me jogou no elevador e ficou para enfrentar sozinho os soldados de Craftos, ao chegar no laboratório ouvi um tiro vindo de lá de cima e em seguida um estrondo, pensei que tivesse morrido na explosão.

— Não se aproxime muito, meu amigo. — Diz Ceaser o empurrando devagar. — Ainda estou me esforçando para tentar controlar minha sede por sangue e você pondo esse pescocinho tão próximo de minhas presas, não está me ajudando.

Zé se afasta e pergunta:

— O que aconteceu? Pensei que estivesse morto.

— Eu estava decidido a me suicidar pois não queria passar o resto da minha vida como um vampiro me alimentando de sangue. Porém, pensei no que você me falou sobre que eu poderia aprender a me controlar e usar essa nova força para a justiça, então eu me joguei para dentro de um duto de ar que vi bem acima de mim e atirei no barril de pólvora explodindo toda aquela sala junto com os capangas de Craftos.

Craftos se levanta e com a arma que ele tinha pegado do Zé, atira várias vezes em direção aos dois. Ceaser se joga na frente de Zé, recebendo o tiro que o atinge nas costas.

— Seu louco! — Diz Zé com Ceaser caído por cima dele. — Você foi atingido por bala de prata, você podia ter morrido se ele conseguisse atingir a sua cabeça ou coração.

— Não se preocupe. — Diz Craftos ficando frente aos dois, apontando a arma para a cabeça de Ceaser. — Desta vez eu não vou errar.

Ceaser dá uma rasteira em Craftos, fazendo-o cair e jogar a arma. Ele pula em cima de Craftos tentando enforcá-lo, mas como está sem forças por causa do ferimento causado pela bala de prata em suas costas, acaba sendo jogado para longe por Craftos que se levanta caminhando em direção ao Zé, falando:

Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora