Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)

CAPÍTULO 35 - Labirinto Mental

Lauriet, Zé, Ceaser, Guto e eu finalmente entramos no laboratório secreto do Baltazar. Dal e sua mãe Ketlen, que foram fundamentais para encontrarmos o laboratório, ficaram do lado de fora, onde Zé jugou ser mais seguro para eles. Mãe e filho estão esperançosos de que seus amigos retornem trazendo Dorman o lendário caçador de vampiros, dado como morto há anos. Enquanto isso... Lia junto com Rodolf e Russel também se dirigem para lá, sem se dar conta que Rankor e o outro demônio de nível-A continuam vivos e indo de encontro a eles. No meio do caminho os três vampiros se deparam com uma verdadeira guerra entre policiais, caçadores e as criaturas das trevas.

— Mas o que está acontecendo aqui? — Pergunta Rodolf perplexo, observando a matança tanto de humanos quanto de criaturas. — Pensei que aqueles demônios que derrotamos fossem os únicos.

— Parece que as coisas fugiram do controle. — Diz Lia. — Esses espíritos malignos vêm atormentando o mundo já faz muito tempo, mas nunca vi tantos atacando de uma só vez, ainda mais, unidos com vampiros e licantropos.

— O que mais me espanta são os vampiros do Baltazar, os demônios de Dark Thoughts e aqueles licantropos estarem atuando juntos. — Diz Russel de olhos arregalados. — Nunca vi essas três raças no mesmo lugar, aqui no mundo dos humanos. Será que Baltazar tem algo a ver com isso?

— É como Lia disse... as coisas fugiram do controle. — Explica Rodolf. — A quantidade de criaturas das trevas está aumentando, causando uma aglomeração de várias raças distintas em um único local. E todos só querem uma coisa... se alimentar.

Lia começa a correr entre os monstros, dizendo que não tem tempo a perder ali. Rodolf e Russel a segue. Por serem vampiros, os vampiros-zumbis não representam ameaça e os deixam passar sem interferi-los. Já os lobisomens e os demônios avançam pra cima deles. Eles lutam e se defendem, enquanto continuam seu trajeto sem perder muito tempo no confronto. Mas não vamos esquecer que em meio essa guerra também temos os caçadores. Ao verem Lia e seus amigos aproximarem, atiram sem dó com metralhadoras carregadas com balas de prata. Lia e os outros se esquivam facilmente das balas e continuam avançando e se distanciando da confusão.

— Os alvos estão na mira. — Diz apontando para eles um dos caçadores com um lança foguetes carregado com dimerítio (uma pólvora muito usada por caçadores que contém fragmentos de prata e algumas especiarias capaz de neutralizar poderes de criaturas noturnas). — Permissão para disparar!

Ele é autorizado a disparar e não perde tempo em puxar o gatilho. O projétil se aproxima velozmente de Lia e seus amigos. Mas seu trajeto é interrompido pelo detetive Joaquim, que corre mais rápido que ele e o segura com bastante força, em seguida o arremessa para o alto, até que se explode no ar.

— Está louco? Por que fez isso, Joaquim? — Pergunta o homem que fez o disparo.

— Você é que está louco. Aquela que você quase atingiu é a Lia. — Diz Joaquim ofegante.

— Lia?! — Se admira o caçador. — A vampira que contribuiu com a nossa fuga da fortaleza de Craftos?

— Ela mesma. — Diz Joaquim sorrindo. — A minha musa voltou à ativa.

Neste instante... Rankor e o seu comparsa vêm correndo, derrubando tudo e todos que estão em seu caminho. Ao passarem por Joaquim...

— Aonde pensam que vão? — Diz ele de braços cruzados, olhando fixo para os dois.

— Consegue nos ver, humano? — Pergunta Rankor parando e olhando para trás.

— Não sou humano. — Diz Joaquim tirando o chapéu que estava usando e mostrando suas presas.