CAPÍTULO 8 - A Maldição de Cérberus

690 67 51
                                    


Delegacia criminalística do estado de Alagoas... o detetive Joaquim retorna ao trabalho após ficar afastado por uns dias devido uma doença. Mesmo depois do trauma da noite em que foi atacado por vampiros no cemitério, ele insiste em prosseguir com a investigação sobre os assassinatos misteriosos do show em Arapiraca. Chegando na delegacia, ele entra no escritório do supervisor e cumprimenta seus companheiros de trabalho:

— Boa noite, senhores!

— Boa noite, detetive Joaquim! — Respondem os outros oficiais.

— Pensei que passaria mais tempo para receber alta. — Indaga o supervisor.

— Eu fugi do hospital. — Responde Joaquim. — Não aguentaria passar nem mais um minuto recebendo aqueles medicamentos.

— E se sente melhor? — Pergunta o supervisor com ar de preocupado.

— Estou só um pouco tonto e com febre, mas vai passar.

— Eu acho melhor você ir para casa e descansar um pouco, não aparenta já estar apto a trabalhar. — Diz o supervisor organizando seus papéis sobre a mesa. Joaquim bate com força na mesa do supervisor, fazendo com que os papéis voem por sobre a sala, dizendo:

— Não me venha com essa conversinha mole! Sei muito bem que você não está nem aí para mim, o que você quer é me afastar do caso da chacina no show e assim ficar com todo o mérito da investigação.

— Eu? Imagina! Só quero o bem-estar da minha equipe. — Diz o supervisor com um riso debochado recolhendo os papéis. — E que cicatriz horrível é essa em seu pescoço? Parece uma mordida de cachorro.

— Ah, isto aqui? — Pergunta Joaquim pondo a mão sobre a ferida que parece inflamada. — Não sei como aconteceu, mas parece que fui mordido por uma daquelas coisas que te falei que encontrei perto do cemitério durante a última investigação na casa da suspeita.

— Ah é, você disse que foi atacado por zumbis, não-não... vampiros, não-não... gnomos! É foi isso! Gnomos (risos).

— Cheio de gracinhas como sempre! — Diz Joaquim saindo da sala. — Vou ver como anda a perícia com as pistas que eu trouxe naquele dia.

Chegando na sala de perícia, Joaquim encontra os especialistas jogando xadrez.

— Xeque-mate! — Diz um deles com ar de vitorioso. — Ganhei novamente, seu bundão (risos)!

— Ah, não vale! — Diz o outro choramingando. — Toda vez você trapaceia.

Joaquim se aproxima dos dois e coloca as mãos no ombro deles, dizendo que o outro é um mau perdedor. Os dois se espantam ao vê-lo, enquanto ele pergunta se já fizeram a perícia nas evidências que ele trouxe. Eles respondem que não tiveram tempo, pois têm outras prioridades.

— Outras prioridades? — Se indigna Joaquim apertando com força o ombro dos dois. — Como jogar xadrez, por exemplo?

— Calma aí, chefinho! — Diz um deles mostrando um relatório na tela do computador. — Muitas pessoas pegaram no celular da suspeita nesses últimos dias, o que dificultou o escaneamento das impressões digitais. Mas felizmente conseguimos encontrar informações do rapaz que estava com ela antes de seu desaparecimento, graças ao resíduo de suor encontrado no pedaço de colchão queimado que você trouxe.

— Ótimo! — Se anima Joaquim aproximando o rosto da tela do computador. — Mostre-me ele.

O perito clica num ícone onde abre um arquivo confidencial mostrando alguns dados sobre mim, como: Nome, idade, localização, foto e impressão digital. Joaquim pergunta se só tem isso. O perito diz que vai enviar um arquivo com informações mais detalhadas para o e-mail dele. Joaquim agradece e pergunta se eles acham que eu estou envolvido no suposto desaparecimento da Lia. Um deles responde:

Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora