CAPÍTULO 11 - Andando em círculos

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"Nunca imaginei que um dia me sentiria assim... Consegui tudo o que eu queria, mas mesmo assim sinto um vazio dentro de mim. É como se ainda faltasse algo, mas não sei o que é. Preciso encontrar um novo objetivo... preciso adquirir mais poder!" Pensa Crispin em cima de um prédio enquanto observa o movimento da cidade, vendo os carros passando. Quando do nada,pequenos flocos de neve caem do céu noturno...

— Hã! O que é isso? — Diz ele espantado abrindo uma das mãos e sentindo os flocos derretendo em sua pele áspera e fria. — Neve? Em pleno verão e num local quente como este!

— Isso é apenas uma resposta para suas perguntas. — Ressoa uma voz feminina sobre o vento gélido.

— Hã! Quem está aí? — Se espanta Crispin olhando para os lados sem conseguir enxergar ninguém.

— Vejo que possui umas das espadas sagradas! Se almeja ter mais poder, além do que já tem, terá que encontrar as outras, a começar pelo Ártico na região dimensional paralela à Dark Thoughts.

— Mostre-se, covarde! Quem é você e porque está me dizendo essas coisas? — Pergunta Crispin desembainhando a espada. A voz não responde, ele embainha a espada novamente e fica pensativo no que a pessoa desconhecida estava tentando lhe dizer. 

Não muito longe... Baltazar e Carlos andam de carro pela cidade à procura de Crispin.

— Desista, chefe. — Diz Carlos. — Faz dias que estamos à procura do Crispin e nenhum sinal dele até agora.

— Não podemos desistir, Carlos, você sabe como o meu irmão é cabeça oca. Precisamos encontra-lo antes que descubra o local da espada do Miguel.

  Isso é... se ainda estiver vivo.

— É claro que está.

— Por que tem tanta certeza?

— Por que se Cérberus estivesse vivo, certamente o veríamos ainda causando o caos na cidade. Não tem como um bicho daquele tamanho não ser notado. Essa é a maior prova que Crispin conseguiu derrota-lo e agora está com a espada do Drácula.

— Ah, deixa ele! Se ele foi capaz de possuir a espada do Drácula, que mal pode fazer a espada do Miguel?

— Agora entendo por que a Lia vive dizendo que está rodeada de retardados incompetentes! — Bate com a mão na testa e revira os olhos Baltazar. — Até o poderoso Drácula sucumbiu ao poder da espada de luz só em tocá-la, imagine o paspalho do meu irmão!

Enquanto eles discutem, um pouco mais à frente um grande alvoroço na estrada faz com que Baltazar freie o carro bruscamente. Carlos é arremessado do banco de trás e bate com o rosto no vidro dianteiro do carro se espatifando todo.

— Poxa, Baltazar! — Reclama Carlos. — Onde você comprou essa carteira? Aprende a dirigir, meu!

— É para isso que existe cinto de segurança, imbecil!

— Minha nossa! O que é isso? — Se admira Carlos ao ver uma vasta destruição no asfalto bem em sua frente.

— Acho que encontramos o Crispin. — Diz Baltazar saindo correndo do carro ao avistar seu irmão ao longe causando o caos na rodovia e matando vários policiais, destruindo suas viaturas. Ele se aproxima exatamente no momento em que Crispin derrota o último inimigo e pergunta o que está fazendo. Crispin responde que estava caminhando numa boa e de repente os policiais apareceram dizendo que ele era um assassino foragido e lhe deram ordem de prisão. Obviamente Crispin se recusou e deu-se início ao confronto.

Dark Thoughts - O Caminho do Anjo (volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora