Capítulo 10 - A Planta no Meio do Vale (I)

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Oi, pessoal! Este é um dos maiores capítulos do livro inteeeiro e por ser muito longo dividi em duas partes: I - Confronto e II - Pós-vale. Espero que curtam!

PARTE I - Confronto

— Esta é a minha criatura elóica – disse Marcus.

— Criatura o quê? – perguntou Ian.

— Elóica – repetiu Marcus. – não fazem ideia do que é, não é mesmo? Tenho pena de vocês...

— Não faço questão de saber. Que coisa horrível! – rebateu Norah.

— Horrível é o que ela vai fazer com todos vocês, loirinha. Só tenho ordem de matar Mabel, mas isso não quer dizer que eu não possa causar uns danos permanentes no resto de vocês.

A aparência dele estava pesada. Cada vez mais sentia dores e mal estava conseguindo se manter de pé.

— Norah, pode tentar hipnotizar ele de novo? – perguntou Ian.

— Para ele lançar outra lâmina em mim? Está maluco, gordão?

Em outra ocasião Ian não teria se incomodado com a grosseria de Norah, mas ali, diante de Mabel, suas bochechas ficaram em chamas e ele não rebateu.

— Acho que não é hora para isso, Norah – cortou Higino.

— Ei, garota, se não pode ajudar é melhor voltar pelo mesmo caminho de onde você veio – disse Mabel, ríspida.

Norah se irritou e olhou torto para a menina sardenta dos olhos verdes.

— Vim aqui porque ouvi você gritar, mal-agradecida.

— Não está ajudando desse jeito – Mabel continuou.

— Quer saber? Acho que é uma boa ideia deixar aquela coisa acabar com você.

— Vocês duas, chega – cortou Rafaelo.

Marcus continuava a rir. A chuva escorria pelo seu corpo e ao se misturar com o pus verde, a água descia colorida. Ele fez um sinal e a criatura ficou à frente dele. Ela avançou lentamente, fazendo com que os cinco assumissem uma postura defensiva.

— Não temos escolha – disse Ian. – peguem o que puderem e arremessem nela. Temos que tirar a Mabel daqui.

— Todo mundo tem que sair daqui, imbecil – disse Norah.

— Pelo que sei, nenhum de vocês está apto a manipular técnica nenhuma. Então não são ameaça para mim – interrompeu Marcus.

— Que conversa é essa? – perguntou Ian.

— Quieto – Marcus fez um sinal com a mão para a criatura. Uma das correntes soltou da cabeça, ficando apenas presa pela parte de baixo da criatura e avançou contra Ian, acertando-o no meio da testa. O impacto foi o bastante para abrir um corte horizontal fino e fazê-lo cair de joelhos na grama, com as mãos no rosto. Um filete de sangue escorreu, pingando pelo nariz.

— Ian! – Mabel e Higino gritaram.

Os dois ajoelharam perto dele, Mabel colocando a mão em seu rosto.

— Você está bem? – perguntou, aflita.

Higino tirou as mãos do amigo do rosto. O sangue que brotava era pouco e o lugar em que fora atingido estava roxo.

Os Descendentes e a Ferida da Terra (Livro Um)Onde histórias criam vida. Descubra agora