Capítulo 13 - O Castelo de Sorin

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Ian olhou para cima mais uma vez e sentiu um leve desespero ao ver que Julliette e sua companhia não estavam mais no parapeito. Ele começou a correr, enquanto algumas pessoas olhavam sem entender.

— Eles sumiram! - disse Mabel.

— Não importa, vamos até lá! - disse o garoto.

O trio chegou na outra extremidade do pátio. Ali o número de pessoas era pequeno e não havia barracas. Ian viu de longe que a escada de acesso aos corredores estava livre e continuou correndo na direção dela. Na movimentação, viu de relance Higino e Norah, que não entenderam o que estava acontecendo.

Ele subiu os lanços de escada, que pareceram intermináveis e quando chegou no terceiro andar, olhou pelo longo corredor em formato de U. Do parapeito ele viu as pessoas lá embaixo. Nunca tinha ido ao terceiro andar, onde estudava a terceira série do ensino médio.

Ali, deu conta de que o prédio era bem mais alto do que parecia. O corredor estava mal iluminado. As poucas luzes que vinham do pátio e da fogueira tornavam aquele longo caminho uma penumbra quieta e assustadora. Os sons da quadrilha e das pessoas conversando não pareciam tão próximas.

Ele sentiu a mão de alguém em seu ombro e deu um pulo de susto.

— O que está havendo? – Higino perguntou com alarde.

— Quer me matar do coração?

Mabel, Norah e Rafaelo chegaram em seguida.

— Julliette e mais alguém estavam aqui e ficaram observando nós três, mas já não tem ninguém agora.

Todos olhavam para o vazio do corredor. Ian continuou:

— Isso é muito estranho.

— Vocês não viram quem era a outra pessoa? - perguntou Norah.

— Não, mas parecia um homem. A gente acha que pode ser quem apareceu de surpresa na caverna - respondeu Mabel.

Eles andaram pelo corredor até o ponto onde Julliette e sua companhia estavam, quase fazendo esquina com o corredor transversal. Uma outra escada ficava próxima deles.

— Não adianta descer por aqui. Com certeza o acesso vai estar bloqueado - disse Norah.

— O que eles queriam? - perguntou Mabel.

— Como é que eu vou saber? Ela está sumida desde quando aconteceu aquilo na caverna.

— Está sumida entre aspas, né? Por que ninguém está procurando, principalmente a Emília - disse Norah.

— Acho que o melhor que a gente pode fazer é se encontrar amanhã na Casa da Costa para entender isso - disse Ian.

— Eu estou de acordo - respondeu Mabel.

— A Isla sabe que vamos lá? - perguntou Rafaelo.

— Provavelmente. Se meu pai combinou, ele deve ter o jeito dele de entrar em contato com ela - disse Higino, um pouco contrariado. - além disso, seu pai também poderia avisar, não é, Mabel?

— Sim.

— Melhor nenhum de nós ficar mais nessa festa - disse Higino. - primeiro o vale... e agora isso.

— Também não estou a fim de deixar minha cabeça exposta, ainda mais depois do Marcus ter morrido - disse Mabel.

Ian foi até o parapeito e olhou para baixo.

Os Descendentes e a Ferida da Terra (Livro Um)Onde histórias criam vida. Descubra agora