Olá meus amores.
Primeiramente quero agradecer pelos incríveis comentários no capitulo anterior. A aceitação de vocês é maravilhosa...
Esse capítulo é a visão do nosso querido príncipe, pra quem pensa que vida de realeza é fácil, rsrs... Enfim, bom capitulo e espero que vocês gostem....
CAPITULO 3
Príncipe Franz Joseph
As imagens passavam rapidamente em simples borrões. Sempre amei a velocidade, quando pegava meu carro e dirigia o mais rápido que ele podia alcançar, conseguia sentir o coração pulsar e a adrenalina percorrer meu corpo como fogo, me dando um pouco de emoção em minha vida tediosa.
Para pessoas normais, ser da realeza é uma vida boa e sem preocupações, admito que as regalias e toda a riqueza que a monarquia usufrui não são ruins, mas as vezes sinto falta de algo mais, algo que me faça sentir vivo. Por isso não resisto a ceder ao perigo da velocidade.
Quando chego à área central de Viena desacelero, chegando perto do Palácio de Versalhes de Viena, minha casa. Não uma casa convencional, mas o mais próximo que tive. Dirijo até a parte dos fundos do castelo, afinal a única coisa que não preciso é ter meu rosto estampada em revistas e tabloides pela manhã e como resultado ter que ouvir um sermão de meus pais falando o quanto sou irresponsável.
Por toda essa atenção que sentia falta do serviço no exercito austríaco. No campo de treinamento eu era como qualquer outro soldado, tratado como igual, aqui eu sou o príncipe herdeiro e todos tem necessidade de saber sobre cada passo que eu dou. Um pequeno deslize e já sou desacreditado por metade da população.
Quando entrei no palácio o relógio já marcava as 4:00AM. A semana inteira passei entre aviões e instituições de caridade que possuíam a ajuda financeira da família real, o que pode ser bem estressante considerando o quanto essas pessoas querem se mostrar agradecidas. Sei que esses movimentos são uma grande ajuda a pessoas que são necessitadas, mas devo admitir que não sinto um sentimento de "dever cumprido". Na verdade não sinto nada, tudo não passa de obrigação.
Em eventos oficiais como esses em instituições de caridade é quando mais me sinto sozinho. Não existe solidão pior do que se sentir sozinho mesmo estando rodeado de pessoas. Pessoas essas que querem saber tudo sobre a vida de Franz Joseph Edvard I, O príncipe, o herdeiro, o futuro regente. Ninguém quer saber do Ed, sem coroa, sem normas, apenas uma pessoa de carne e osso.
Recentemente meu pai decidiu que seu tempo como rei logo deveria acabar e eu, como príncipe herdeiro, deveria assumir. Por isso que eu tinha tirado licença e voltado para casa. A cada momento sentia arrependimento por ter decidido isso. Nunca havia sentido tanto o peso de ser um príncipe como naquele momento.
- Papai peço que reconsidere essa decisão. - digo ao me levantar do sofá luxuoso da Biblioteca do castelo.
Meu pai se mostrava irredutível quanto a mudar de ideia. Será que ele não via como eu não queria isso? Como não estava preparado?
- Edvard, não irei jogar o reino nas suas costas do nada. Irei te orientar e ajudar até que esteja apto para governar a Áustria - ele replicou calmamente de sua poltrona.
Seu semblante mostrava a mesma calma e um pouco de arrogância com a qual tratava os assuntos reais. Uma calma que eu nunca seria capaz de ter.
- Isso não é justo - digo ao me aproximar de uma das janelas. Os pássaros voavam alegremente no campo aberto, zombando de mim com sua liberdade infinita, enquanto eu estava preso a uma vida que não queria.
- Você sempre soube que isso aconteceria. Eu já sou um homem velho e nosso povo precisa de um rei jovem que saiba lidar com esses tempos modernos. Além disso, você já tem 27 anos, não precisa mais perder tempo no campo de treinamento, o serviço era apenas temporário e você acabou ficando tempo demais.
- Eu gosto do exercito – eu disse. E era verdade. Poder fazer o trabalho humanitário dos soldados na Síria era o que eu mais gostava. Haviam momentos que eu esquecia toda essa loucura de realeza.
- Eu sei que gosta. Eu também gostava. Mas entenda que você não pode mais ficar colocando sua vida em risco assim. Você é o único herdeiro.
Respirei fundo. Odiava quando ele dizia isso.
Eu precisa sair disso ou acabaria ficando maluco.
- Um ano.
- O quê?
- Eu peço um ano para que eu possa fazer o que eu quiser.
Nesta hora minha mãe entra. Mesmo sendo uma mulher pequena, ela era rígida e impenetrável, como uma rainha deve ser.
- Qual o motivo para essa reunião? - ela pergunta se sentando com delicadeza em uma poltrona.
-Edvard quer um ano antes de assumir o trono.
- Ora Franz, por que adiar por tanto tempo algo que já está acertado? - ela me pergunta, olhando em meus olhos.
- Para que eu possa fazer o que quiser - respondo consternado.
Minha mãe leva muito a sério o reino. Se dependesse dela eu teria sido coroado assim que fiz 18 anos.
- Querido você já faz o que quer.
- Mamãe me refiro fora da Áustria. Onde as pessoas não me conhecem como o príncipe. Assim vou poder ser mais livre.
- Mas Franz, como iremos explicar sua ausência por tanto tempo? Você está sendo egoísta ao pedir isso. E quanto ao povo? E as suas obrigações reais? Querido você é o príncipe da Áustria, o próximo na linha de sucessão, será amado e ovacionado pelo povo e mesmo assim quer declinar de seu futuro?
Eu sabia que minha mãe queria o melhor pra mim, assim como também queria o melhor para o povo.
- Eu só preciso de um ano antes de me tornar rei. - falei pegando suas delicadas mãos nas minhas, acariciando-as suavemente.
- Eu acho uma boa ideia. - disse meu pai.
- Como? – Minha mãe disse se virando para o meu pai. Fulminando-o com os olhos.
- Um ano. E então, você voltará e irá se concentrar em se tornar um bom rei para o nosso povo. – ele replicou sem sequer olha-la.
Tantos traumas familiares fizeram com que eles ficassem assim, frios um com o outro. Lembro-me de um tempo onde eles se amavam, um tempo que aparentemente não voltará.
Minha mãe respirou fundo e saiu da sala sem falar nada. Apenas seus passos fortes mostravam que ela não estava de acordo com isso.
- Tenha certeza disso. Quando voltar estarei pronto para fazer o senhor desejar.
Fui até meu quarto e comecei a pensar no que iria fazer. Queria distancia dessa vida de príncipe. Eventos e toda essa porcaria. Queria uma vida normal, com coisas normais.
Agora eu teria meu ano de liberdade, somente precisava pensar em um destino. Sem hesitação pensei no lugar onde fomos nas férias há uns seis anos atrás. Foi antes de toda a confusão e estávamos todos juntos. Foi o ultimo momento de verdadeira união familiar que tínhamos tido.
Nova York seria o lugar perfeito pra mim. Teriam varias distrações que me ajudariam a esquecer essa estupidez de reinado.
Prontinho.
Vocês gostaram do nosso capitulo 03? O que estão achando? Acharam nosso príncipe mimado?
Se gostaram deem uma estrelinha e comentem também tá?
Meus queridos leitores fantasmas apareçam. Deem um sinal de vida...rsrs...
Obrigado por lerem e até a próxima queridos... <3
______________________________________________________________________
REVISADO EM 27/01/2016
______________________________________________________________________
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Príncipe e Eu [Completo]
Romance#14 EM ROMANCE (04/08/17) Completar uma graduação universitária é o maior, e único, sonho de Lizzie Smith. Por isso ela se muda para Nova York, porém há muito mais esperando por ela do que apenas livros e palestras. HRH Príncipe Franz Joseph, herdei...