O Príncipe e Eu [Completo]

Capítulo 29 (Parte II)

Sabe aquela semana que parece que tudo de ruim acontece? Pois bem, essa foi a minha semana. Ainda bem que o capitulo já estava escrito, por que não sei como iria escrever ainda pensando nos acontecimentos recentes na minha vida. De qualquer forma, vocês não estão aqui para ler sobre os infortúnios da minha vida pessoal.

Então vamos de capitulo. Como eu demorei a postar decidi não mais dividir em três, mas sim em dois capitulo. Essa é a ultima parte. Espero que apreciem.

Charles e eu tínhamos adquirido uma amizade muito peculiar enquanto ele me preparava para a entrega de medalhas. Ele era engraçado e sabia de tudo e foi muito bom tê-lo por perto para me ajudar. Ele não era burro, sabia que Franz era meu namorado, mas não fez nenhum comentário ou pergunta, e Thomas tinha trago ele, então no mínimo eu sabia que ele não iria sair por aí contando sobre a namorada americana caipira do príncipe.

Respirei fundo, ajeitei os ombros e fui andando na mesma direção que as pessoas a minha frente estavam andando. Aqui e ali eles paravam e acenavam para as câmeras, depois andavam normalmente até a entrada.

Agradeci a Deus por ser de dia e o sol estar claro, assim não ia correr o risco de ficar piscando igual a uma retardada quando os flashes começassem a me cegar. Parei um momento, sorri e acenei para os fotógrafos. Ninguém se focou muito em mim. Depois fui até a porta de entrada.

Não foi tão ruim como eu achei que fosse. Sim, minha perna tremeu bastante, e meus lábios também, mas não tropecei e nem fiz qualquer outra coisa errada.

Subi o lance de escadas e entrei na capela.

O que qualquer pessoa imagina quando alguém diz "capela"? No meu caso, eu penso em uma igrejinha pequena, simples e nada mais que isso. Bom, alguém deveria avisar as pessoas que decidiram dar o nome de "Capela do Palácio", por que não era uma capela, de jeito nenhum.

Era magnifica. Os ornamentos nas paredes, as esculturas de anjos em cada coluna, perfeitamente entalhados no mármore. E o altar? Perfeitamente glorioso, como uma linda imagem de Cristo bem no centro. Era incrível, do ponto de vista religioso, e muito linda, do ponto de vista arquitetônico. Mas não era uma capela, não podia receber esse nome. Era imensa. Era quase uma basílica. Sim, eu sabia a diferença mesmo não sendo exatamente uma pessoa religiosa. Porém, eu não deveria ficar surpresa, sendo que Schönbrunn era imenso, não era de se admirar que sua capela também fosse espetacular.

Na entrada tinha uma fila de homens bem vestidos, que verificavam os cartões e levavam a pessoa até seu lugar. No lado direito, perto da entrada, estavam os musicistas, com seus instrumentos nas mãos, prontos para começar.

O mestre que me levou era profissional. Ele foi andando na minha frente enquanto eu olhava de relance as pessoas a minha volta. Pessoas finamente vestidas.

A primeira coisa que percebi foram as câmeras, eram muitas. A frente tinha, uma do lado direito e outra do lado esquerdo, filmando todas as pessoas que chegavam. Tentei manter a expressão neutra e fui para o lugar que tinha sido designado para mim.

A portinhola foi aberta e eu entrei, me sentei e cruzei as pernas, colocando a bolsa apoiada ao lado, junto com o programa da celebração.

A capela não estava tão cheia, na verdade, menos da metade estava sendo usada. Pelo que Charles tinha dito, Franz não era o único a receber uma medalha, e geralmente esses eventos eram realizados em outro aposento do palácio, mas como era o Príncipe Herdeiro, então seria feito ali, juntamente com uma benção sacerdotal.