Parei na frente do imenso Palácio. Enquanto Franz estava conversando com o segurança, eu admirava a fachada central. Era tão lindo como imaginei que fosse, a luz noturna dava um ar diferente para a construção.
- Vamos? – Franz disse chegando ao meu lado e pegando a minha mão, entrelaçando nossos dedos.
Subimos as escadarias do lado esquerdo e entramos pela primeira porta, um mordomo sério vestido de preto abriu a porta para nós. O salão de entrada era muito grandioso.
Enquanto o mordomo tirava nossos casacos, vi um homem e uma mulher descendo da escada de braços dados. Os pais de Franz. Era impossível não perceber a semelhança.
- Mãe, pai. Essa é Lydia Smith. – Franz me apresentou assim que eles chegaram no último degrau.
Eu não sabia o que dizer ou fazer. Por isso fiz a primeira coisa que passou pela minha mente.
Fiz uma vênia desajeitada. Na mesma hora Franz e o rei se curvaram na minha direção, para me impedir de fazer a reverência. A rainha ficou parada com as mãos firmemente seguras na altura da cintura.
- Isso não é necessário. – O rei disse apertando minha mão. – É um prazer conhecê-la Srta. Smith.
- O prazer é todo meu, majestade.
Eu percebia que ele estava sendo educado, mas havia algo mais, estava nos seus olhos e na sua postura. Talvez todos os reis tivessem que ser assim.
O rei era alto e muito bonito. Era a imagem de um Franz mais velho. Quase todos os cabelos eram brancos, porém não haviam indícios de calvície. Mas, o que mais me chamou atenção, foram os olhos. Bonitos, mas frios. Capazes de congelar qualquer pessoa que fosse contra sua opinião.
Estendi a mão para a rainha, e por um segundo jurei que ela não iria estender a sua, quando enfim colocou sua mão na minha, eu respirei aliviada. Mas do que a frieza das suas joias elegantes, senti a precisão de sua mão.
- Srta. Smith. – Ela disse polidamente.
A rainha tinha a típica imagem de mulher que não envelhece. Era provável que ela já tivesse seus cinquenta anos, mas era magra, sem nenhum aspecto falho. Seu cabelo loiro estava preso em um simples penteado, que a deixava muito bonita. Apenas uma palavra poderia descrevê-la: Linda.
A primeira coisa que pensei foi em como minha mãe se sentiria se um dia a conhecesse. Afinal minha mãe era mais nova, mas não era alta, loira e, enfim, da realeza.
Apesar de sua aparente frieza, o rei era agradável. Me estendeu o braço e pediu para que eu o deixasse me acompanhar até a sala de jantar. Segurei em seu braço e não pude deixar de olhar para todos os lados, sem ser muito obvia, enquanto subíamos a grande escadaria central até a sala de jantar, no segundo andar.
Cada lugar que passávamos era esplendoroso e de uma riqueza impecável, não somente no sentido de riqueza material, mas também no sentido histórico. Salas e corredores que tiveram como habitantes e convidados pessoas de todo o mundo.
- Seu palácio é muito bonito majestade. – Eu disse sorrindo, sentindo meus lábios tremerem de nervosismo, mas sabendo que ele não notaria isso.
Não importava meu nervosismo ou minha timidez. Eu ainda sabia ser educada.
- Obrigado. É uma boa herança de família, muito antiga.
Franz e a rainha vinham logo atrás.
Eu esperava um salão imenso, com uma mesa que poderia suportar cerca de 600 convidados. Mas o que vi, foi uma mesa de doze lugares, não grande como eu achei que seria, mas ainda sim, muito ostentosa.
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O Príncipe e Eu [Completo]
Romansa#14 EM ROMANCE (04/08/17) Completar uma graduação universitária é o maior, e único, sonho de Lizzie Smith. Por isso ela se muda para Nova York, porém há muito mais esperando por ela do que apenas livros e palestras. HRH Príncipe Franz Joseph, herdei...