Capítulo 40 (Parte II)

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Essa segunda parte é bem mais curtinha, mas cheia de significado. Espero que gostem...



- Sua Majestade, Sua Alteza, Srta. Smith – o advogado saudou a cada um de nós, assim que entramos na sala. - vamos realizar a revisão do contrato pré-nupcial.

Estávamos no Palácio do Schönbrunn em um escritório que eu não sabia a quem pertencia, mas aquele seria o lugar onde iriamos revisar o contrato.

Thomas me deu uma pasta e outra para Franz.

O advogado era um senhor simpático, já chegando na idade da perda de cabelo, vestido um terno. Na verdade, todos na sala usavam terno. Exceto eu e a rainha.

Ele estava no ápice da beleza para alguém que se encontrava as dez da manhã em sua própria casa.

Por que ela tinha que estar aqui mesmo? Eu estava tentando realmente com todas as minhas forças gostar dela, mas sua cara de poucos amigos já me mostrava que eu poderia tentar o quanto quisesse, ela não iria aceitar que eu me casaria com o filho dela.

- Vamos começar. – Anunciou o advogado.


"Art. 1 Em caso de divórcio, a Srta. Lydia Smith aceita a resolução de que irá receber apenas metade de todos os bens que adquirirem após o casamento.


§ 1.º Consideram-se:

a) Residências dentro ou fora de território nacional;

b) Móveis e artigos residenciais;


Art. 2 Durante o matrimônio a Srta. Lydia Mary Smith irá receber 10% de todo o salário de Sua Alteza referente ao repasse estipulado por assembleia parlamentar em 2002. "


- Mude isso para 20% - Franz disse. Sua postura e voz totalmente sérios.

O advogado ficou desconcertado e automaticamente olhou para a rainha.

- A porcentagem é de 10% Franz, sempre foi esse valor. – Disse a rainha, falsamente amável.

- Mas eu aceito mudar para 20%.

- Eu não me importo de permanecer nos 10%. – Eu disse, olhando para ele.

- 20% e vamos dar continuidade. – Franz apenas olhou para mim com um sorriso no rosto e apertou a minha mão, antes de assinalar com sua caneta em seu contrato a mudança que ele queria.


"Art. 3 Em relação aos filhos provenientes do matrimônio: Em caso de divórcio todas as crianças geradas ficaram na guarda do pai e genitor, Sua Alteza Real O Príncipe Franz e a referida Srta. não terá respaldo jurídico para uma contraproposta. "


- Como assim? – Eu perguntei sem entender.

- Quer dizer que se vocês se divorciarem as crianças ficaram exclusivamente na guarda de Franz. – Explicou a rainha.

- Quer dizer que se não ficarmos juntos eu não poderei ficar com os meus filhos? Eles não poderiam morar comigo, é isso? – Eu perguntei, sentindo uma sensação ruim.

Que tipo de lei era essa? Era estranho pensar que tais leis eram realmente vistas como algo natural naquele círculo.

- Qualquer criança que vocês venham a ter será automática propriedade da coroa, afinal seu primeiro filho será o herdeiro do trono. – Ela disse e eu tenho certeza que ela odiou apenas pensar que Franz teria filhos comigo.

O Príncipe e Eu [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora