O Príncipe e Eu [Completo]

Capítulo 46

E mais um capitulo. Prontos para saber a resposta?

Algumas horas depois finalmente me senti segura o bastante para abandonar as paredes do palácio. Deixei de lado meu motorista e meus seguranças e peguei um táxi. O taxista era um homem careca e gentil que me reconheceu no mesmo momento, mas não falou nada. Apenas ficou em silencio.

Andei da calçada até o elevador fazendo tudo mecanicamente. Eu estava despedaçada. Eu tinha dado a ele tudo e sido honesta em todas as fases da nossa relação, mas ele não tinha sido honesto. Quem era o homem por quem eu tinha me apaixonado? Será que ele realmente existia?

Assim que atravessei a porta do apartamento senti a presença de Franz em cada móvel. Tudo era tão a cara dele. E isso era ruim. Era horrível. Eu só conseguia me perguntar a todo momento: como ele pode fazer isso comigo?

Ele me escondeu coisas e se fechou para mim. A briga de ontem e essa nova descoberta vieram para me provar que Franz não era quem eu pensava.

Mas eu o amava. Eu o amava tanto. E era por ama-lo tanto que eu não tinha tido pensado direito quando aceitei ficar em Viena, era por esse amor que eu tinha aceitado me casar com ele sem levar em conta a mudança radical que minha vida iria passar. Afinal eu já não tinha mudado a minha vida demais?

Talvez minha mãe estivesse certa e eu deveria ter ficado em casa. Ir para a escola técnica, cuidar da Zoe e ficar perto das pessoas que seguramente não iriam me magoar. Se eu tivesse ficado em Fayette eu nunca teria conhecido Franz, nunca teria vindo para Viena, nunca teria que ter aulas estupidas de alemão e nunca teria meu coração partido pelo homem que eu mais tinha amado no mundo.

Eu queria ir embora, arrumar as malas e fugir. Mas eu estava tão curiosa; quem era Ofélya? Eu queria descobrir. Eu precisava descobrir quem era ela.

Tirei os sapatos e peguei minha bolsa, a procura do meu telefone.

Liguei para a única pessoa que poderia me ajudar naquele momento. Jess já não era fã de Franz e os novos fatos só fizeram com que seu ódio borbulhasse ainda mais.

- Que pilantra!

- Jess calma – eu pedi, mas na verdade eu também tinha ficado em estado de choque e ódio muito maior que o dela.

- O que você fez com as fotos?

- Deixei no mesmo lugar. Eu não estava mais conseguindo olhar para elas. – Eu respondi, enquanto me sentava no sofá. Jess, como ele pode? Ele nunca me falou das suas ex namoradas, mas com certeza ele deve ter tido varias. Porém, chegar a esconder isso?

- O que você teria feito se ele tivesse te contado?

- Eu não sei. Mas teria sido muito mais correto da parte dele.

- Que cachorro! – Ela esbravejou com raiva. - Se eu fosse você eu rompia o noivado agora mesmo, isso sim. Ou melhor, ia a imprensa e contava que ele tinha uma filha. Ele merece e toda essa família de merda também. Arrume suas coisas e volta para casa agora mesmo.

- Não posso fazer isso Jess. Estamos noivos! E além do mais para onde eu iria?

Eu tinha confiado tanto nele. Deixei minha universidade, que era a minha única casa. A única para qual eu poderia voltar. Eu tinha largado todas as minhas garantias e tinha aceitado ficar na Áustria por ele. Não havia motivo para ficar se não estivéssemos mais juntos.

- Isso não tem importância. Você pode ficar no meu dormitório por um tempo. Vamos ter que nos apertar já que agora eu tenho um dormitório único e do tamanho de um ovo, mas isso não importa. Você não pode mais ficar aí.