Capítulo 53 (Parte II)

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Depois de muito pedidos e como prometido, aqui está a segunda parte. Preparem os lencinhos. E vou logo falando, vocês vão conhecer certas coisas que não sabia e espero que isso possa abrir seus olhos.

Vamos ao capítulo...







Ah doce Viena.

Eu tinha sentido falta desse ar e até mesmo das pessoas silenciosas.

Andei pelo terminal e me sentei em um banco. Como eu iria chegar até ele?

Peguei o telefone e liguei para o número pessoal dele, várias vezes. Ele não atendeu.

Então lembrei da minha ex assistente (que Jess dizia ser a 'sem-sal'). Eu ainda tinha seu número no meu celular, então liguei e esperei.

- Srtª Smith? – ela atendeu com espanto.

Talvez nunca esperasse falar comigo de novo.

- Anne, Graças a Deus. Eu preciso muito da sua ajuda.

Quando soube que eu estava no aeroporto de Viena ela rapidamente desligou, me dizendo que estava a caminho. Logo ela apareceu em um dos carros da Casa Real e me levou ao palácio. A visão do Palácio, com sua cor amarelo-ovo, foi estranhamente reconfortante. Diferente da última vez que eu tinha visto a fachada daquele lugar.

O carro entrou pelo túnel, onde paramos perto da escada de entrada lateral.

- Essa não. – eu disse, quando vi a silhueta alta e majestosa da rainha parada no fim das escadas, me esperando.

- Anne, sua traidora. – eu disse, olhando para ela sentada ao meu lado.

- Ela me ouviu falando com você, o que eu poderia fazer? – ela disse dando de ombros.

Eu saí do carro, sem esperar pelo chofer que vinha abrir a minha porta.

- Antes de você começar com as reclamações, - eu disse, olhando para a rainha, com raiva. - é bom que saiba que não estou aqui por você e sim pelo Franz. Se ele não quiser falar comigo, então eu vou embora, mas ele tem que vir falar isso na minha frente.

Ela ficou com a mesma expressão, como se eu não tivesse falado nada.

- Já acabou? Então vamos subir, por que está muito frio aqui fora. – ela disse e se virou.

Ela subiu as escadas e eu a segui. Eu não devia, mas de alguma forma não haviam outras opções pra mim.

Antes de achar o meu príncipe eu teria que passar pelo dragão.

Entramos na sala pessoal da rainha. A mesma sala na qual ela me recebeu na primeira que nos vimos.

- Sente-se.

Me sentei olhando para ela sem reconhecer.

Eu esperava algo como explosão de fúria e várias seguranças para me colocar na beira da rua.

- Você quer um pouco de chá?

- Não.

Ela pegou uma xicara para si e se sentou. Tive uma sensação de dejavú. Ela estava sentada no mesmo lugar e eu também, igual a primeira vez que nos vimos. Mas tanta coisa mudou, desde aquele dia.

O Príncipe e Eu [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora