Capítulo 16

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Boa tarde meus pequenos. E lá vem um capitulo de arrasar corações. Sem mais demora deixo-vos o capitulo. Até lá embaixo...



Alguns dias depois...

- Por que você quer me torturar? – eu disse enfiando a cabeça embaixo do travesseiro.

- Ter um momento para sair com sua melhor amiga não é tortura. – Jess disse penteando o seu cabelo.

Eu tinha saído da aula mais cedo, então decidi passar no dormitório para deixar minhas coisas, quando fui abordada por uma Jess terrivelmente eufórica, me chamando para sair.

- Lizzy você é muita chata. Por que não podemos sair e beber todas, quem sabe arranjar algum gatinho por ai.

Não me dei ao trabalho de tirar a cabeça do travesseiro, mas se tivesse, Jess teria visto a meu rosto retorcido em uma carranca. Não era fácil simplesmente esquecer alguém, principalmente se esse alguém era Franz, mas eu estava vivendo um dia de cada vez, afinal eu ainda tinha uma universidade para concluir.

- Meu Deus, olha a hora. Eu estou muito atrasada.

- O que? Tem certeza? Por que da ultima vez que eu vi no relógio, eram por volta... – ela disse se curvando para o relógio. - ...Lizzy ainda falta quase meia-hora, sua mentirosa. Volta aqui.

Quase não ouvi a ultima parte por que eu já estava descendo as escadas em disparada.

Viver um dia de cada vez, era o que eu pensava sempre acordava. Ele não merecia que eu ficasse chorando por ele toda hora, eu tinha uma bolsa para manter e um trabalho a fazer, então por que continuar a martirizar meu coração?

Como ainda tinha tempo, fui andando calmamente para a lanchonete. De alguma forma meus colegas de trabalho já sabiam de tudo (suspeito que Jess tenha contado tudo a eles.), sobre Franz ser um príncipe e sobre eu ter descoberto da pior forma.

Ainda era surreal pensar em Franz como um príncipe. Em uma noite acabei lendo cada pagina da internet que continha alguma noticia ou foto dele, a realidade estava ali, quase colada em meu rosto e mesmo assim eu não conseguia acreditar por completo. Uma parte de mim ainda estava esperando o barulho do despertador me acordar daquele pesadelo.

Cheguei na lanchonete e somente Rose, Paul e John estavam lá. Falei um rápido "boa tarde" e ia andando para a sala dos fundos quando John me chamou.

- O que foi? – eu perguntei.

- Você pode me fazer um favor Lizzy? – ele perguntou.

- Claro. O que é?

- Você pode ir lá em cima pegar meu remédio de controle arterial que deixei na mesinha de centro?

- Claro, mas desde quando você tem problema de pressão? – perguntei estranhando. John já não era tão novo, mas nunca soube que ele tivesse qualquer problema que precisasse de controle medicinal. Meu chefe tinha uma saúde de ferro.

- Não faz muito tempo. – ele respondeu olhando para uns papeis que estavam seguros em sua mão. Quando percebi que sua testa estava suada e suas mãos amassando os papeis resolvi pegar logo o tal remédio, ele não parecia estar bem.

Virei de costas, abri a porta e quando coloquei o pé no primeiro degrau comecei a ouvir cochichos pelas minhas costas, então virei rápido e o silencio imperou no local.

- Algum problema? – perguntei, quando vi Rose e Paul no balcão perto de John. Quando eles chegaram lá?

- Não – responderam os três juntos.

Estranhei, mas deixei de lado e subi as escadas para a casa de John. Não era a primeira vez que eu subia até ali, aquele apartamento tinha sido o lugar em que John e Marina tinham morado até o dia em que ela morreu. A decoração ainda era a mesma, panos de crochê e bordados adornavam quase todas as superfícies planas da sala de estar, tudo era antigo e bem conservado, ainda guardando o que podia da lembrança da única mulher que John tinha amado.

O Príncipe e Eu [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora