Drunk.

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Meu wifi decidiu parar de funcionar, pois é.

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Vero:

Laur, você já está pronta?

Eu ainda estou na avenida, acho que vai demorar um pouco.

Você:

Já estou pronta.

Vero:

Acho que vai demorar. Acho que eu posso ir do jeito que estou mesmo.

Você:

Quer que eu te encontre lá? Minha mãe ia me levar até sua casa, acho que posso falar para ela me deixar em um lugar perto da festa.

Vero:

Tudo bem então.


Isso já fazia 30 minutos.

Eu não acho que Veronica iria vir, e ela também não avisou, então estou aqui sentada no sofá, com um casal se pegando do meu lado enquanto eu assisto a televisão no mudo e me sinto um pouco tonta. Não lembro qual foi o momento que eu comecei a beber.

Eu sentia minha garganta seca, eu precisava de mais, mas não importava o tanto de água ou suco que eu tomava, eu ansiava sempre por mais, então talvez foi por causa da bebida que eu comecei a ter alucinações de ver Camila e suas amigas naquela festa.

Minha bunda já parecia estar quadrada de tanto que eu estava sentada, então decidi ir explorar a casa, fazendo meu máximo para não esbarrar nas pessoas ali e nem para acabar caindo enquanto subia a escada.

Algumas pessoas se encontravam naquele segundo andar, todos as portas estavam fechadas e eu imaginei se elas apenas estavam trancadas ou se pessoas usavam aqueles quartos, mas não fiquei muito com a cabeça nisso já que o pensamento de estar com certa pessoa ali fazia os sentimentos tristes voltarem, então decidi ir até a sacada que havia ali, mas talvez a sorte não estava realmente ao meu lado.

Quando cheguei na sacada e olhei para baixo, vi Camila junto com Hailee, elas conversavam animadamente enquanto segurava, copos com alguma bebida, até Hailee falar alguma coisa e então pegar o copo de Camila e sair dali, a deixando sozinha.

Camila parecia linda ali, passando seu pé pela grama, as vezes olhando para o céu e por sorte nunca em minha direção, já que eu estava começando a me sentir um pouco stalker assustador. Mas tudo foi perdido quando um garoto se aproximou. Ele era alto e forte e logo começaram a conversar enquanto eu já pensava em sair dali para não ter que ver coisa que não queria, mas o garoto tentou se aproximar mais, e quando Camila se esquivou, ele a segurou pelo braço.

Eu não via mais nada, tudo o que eu sabia era que estava correndo para fora daquela casa, tentando achar qual comodo dava direto para o quintal.

Quando finalmente cheguei, a primeira coisa que fiz foi pular em cima daquele garoto, fazendo nós 3 cair no chão, e por azar, com Camila por baixo.

- O que você está fazendo? - o garoto gritou, sua voz estava estranha e imaginei que ele estivesse drogado ou mais bêbado que que estava.

- O que você está fazendo? Eu vi você agarrando ela! - Me levantei e ele apenas rolou para o lado, não conseguindo se levantar.

- Eu não estava agarrando ninguém, ela também queria, não é? - Ele sorriu.

Eu não precisava da resposta, mas olhei para Camila mesmo assim e era possível ver o medo em seus olhos enquanto ela se encolhia contra si mesma e me olhava.

- Dê o fora daqui. - Chutei a perna do garoto, mas tenho certeza que ele não ao menos sentiu, mas acabou saindo, desferindo alguns xingamentos em voz baixa, algo como "ela nem é tão gostosa assim" e "sapatona do caralho"

- Você está bem? - Me ajoelhei em frente a Camila.

- Hm, acho que sim. Obrigada.

- Não foi nada. - Dei de ombros.

- Não diga isso, você me salvou.

Camila se levantou e eu fiz o mesmo. Ela ia falar algo, mas parou e pareceu analisar meu rosto.

- Você bebeu? Está bêbada?

- Hm, não?

- Não? Eu posso ver em seus olhos como você está bêbada. Você não deveria beber, Lauren.

- Não deveria? - Levantei uma sobrancelha.

- Não, olha só o que aconteceu com sua mão até.

- E como você sabe disso?

- Eu escuto as coisas, sabe? Não é como se ninguém tivesse comentando o motivo da garota popular estar com a mão enfaixada. 

- Oh. - Respondi e sorri. Ela se importava.

- é... Você quer entrar? Nós deveríamos entrar.

- Okay. - Sorri e ela pegou em minha mão, me guiando até dentro da casa.

E vendo sua silhueta por trás e sua mão segurando a minha, a única coisa que eu conseguia pensar era: Ela ainda se importa.

Ela ainda se importa.

Ela ainda se importa.

Porra, ela ainda se importa!


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Ela se importa, gente o/


C O W A R D  >> Camren.Onde histórias criam vida. Descubra agora