Capitulo 51

6.5K 374 0
                                    

Eu preciso ficar mais calma, vou ter que conversar direito com o Arthur.. Então eu necessito ficar mais calma.

... Cheguei em casa e fui direto ao banheiro lavar meu rosto. Meus olhos estavam todos inchados de tanto chorar, parecia que eles iam pular para fora e meu nariz estava totalmente vermelho.

Depois disso, fui pro quarto do Arthur pra finalmente conversamos.

Bati na porta umas três vezes e Arthur não me respondia, com certeza ele esta muito bravo comigo.. Então já entrei, mesmo ele não me respondendo.

Quando entrei, vejo que Arthur não está lá, nem Arthur, nem uma das malas dele ou alguma roupas dele jogada no chão, nada dele estava mais lá..

Meus olhos encheram de lágrimas e meu coração apertou de um jeito...
corri para achar meu pai, eu gritava na casa toda.. "PAI, PAI"

Rodrigo: Oi minha querida.

- Cade o Arthur? Pra onde ele foi?.- Meu pai abaixou a cabeça e me abraçou.

Rodrigo: O Arthur foi para o aeroporto, ele falou que vocês tiveram uma briga muito feia.. Insisti pra ele ficar, brigas de relacionamento nunca dura dois ou três dias. Mas ele falou que precisava ir..

Comecei a chorar no ombro do meu pai..

Rodrigo: Não foi uma briga não?.- Começo a chorar livremente no abraço do meu pai.

- Eu e o Arthur... Terminamos.

Rodrigo: Oh filha.- Meu pai me abraçava com toda sua força, para tentar tirar toda minha dor..

- Como você deixou ele ir?

Rodrigo: Eu não podia obrigar o garoto a ficar filha. Entenda..

- Você não podia... Você deu a passagem para ele.. Você ..vocee...

Rodrigo: Não fala isso filha. Eu gosto do Arthur, e eu nunca ia querer ver você assim..

- Você não podia!.- Sai de perto do meu pai e só queria ficar um pouco sozinha..

Fui para o meu quarto, me joguei na minha cama e comecei a chorar, chorei até não ter mais lágrimas..

Meus olhos estavam totalmente pesados, não conseguia mais ficar com os olhos abertos.. Entao finalmente consegui dormi.

********

No dia seguinte~~

Acordei e fui ver como estava minha situação no espelho... Eu estava com o olho todo inchado, não só o olho e sim meu rosto inteiro inchado e meu olho estava totalmente vermelho. E só depois percebi que eu estava vestida com o moletom do Arthur..

Tirei o moletom e abracei como se fosse o Arthur.. Estava com o cheiro dele..Na verdade eu parecia uma louca abraçando e cheirando um moletom. Eu comecei a chorar novamente..

Então fui tomar um banho pra ver se sai toda essa vibe negativa e pesada e essa dor de cabeça que está me matando; resultado de passar cada minuto chorando.

Tomei um banho bem quente e fiquei embaixo do chuveiro em torno de 1 hora. Eu chorava e parava, chorava de novo e parava.. E assim ia...

Sai do banho um pouco mais tranquila, vesti um macacão e deitei novamente na minha cama.

Não queria sair do meu quarto hoje, não queria comer e muito menos conversa com alguém, ao não ser que esse alguém seja o Arthur. Se eu saísse do meu quarto sou bem capaz de pegar uma faca e matar aquele desgraçado do Fabrício. Mas isso ia interferir no relacionamento do meu pai com a Lídia e eu não queria isso, jamais!

Mas aquele lugar de quatro paredes me deixava mais depre ainda. Eu tentava dormi, mas toda vez me pegava pensando no Arthur.. "Será que ele chegou?" "Será que ele foi mesmo?" "Como que ele deve estar?" "Será que ele tá pensando em mim?" "será que mando uma mensagem pra ele?" "ligo pra ele ou espero ele fazer isso?" Ou eu acabava lembrando de ontem quando ele ficava me culpando, eu não fiz isso, não queria nada disso, ele queria ir na porcaria da festa. Meu deus achei que pelo menos o Arthur iria dar uns socos.

Eu comecei a ficar com raiva do Fabrício e de mim mesma, socava o travesseiro e chorava.

*************

Todos da casa tentaram me fazer comer ou sair daquele quarto.. Menos o Fabrício, ele não seria tão ridículo em chegar perto de mim.


Eu estava um pouco chateada com o meu pai por ter dado a passagem de volta para o Arthur. Mas na verdade o meu pai não tem nada haver com isso, coitado, tenho que parar de achar culpado em alguém e tentar conversar com Arthur;


Pensei em ligar pro Arthur... Mas pensar não vai fazer a mínima diferença, então eu liguei.

Tocava, tocava, tocava e ele não me atendia tentei umas sete vezes ou até mais... E nada! Sempre caia na caixa postal ou até mesmo ele desligava até uma hora que ele desligou o celular que dava na caixa postal direta.

"Oi, aqui é o Arthur.. Não posso atender agora, deixe seu recado após o sinal.."


Arthur não ia me atender, não ia fazer bosta nenhuma.. Ele não ia me responder e se me atende-se qual seria a diferença? Ele não voltaria pro Brasil de novo!

***********

6dias depois~~~~(quarta-feira)

Eu estava começando a achar que ia acabar entrando em uma depressão, eu não saía do meu quarto, não sentia fome; não comida e nem conversava com ninguém durante esses cinco dias.. E durante esses cinco dias eu ligava pro Arthur dia e noite e ele não me atendia.. Tentava falar com ele por mensagem e ele não me respondia e isso que estava mais me machucando... sem nenhum contato com ele.

Hoje está um sol de lascar, as janelas e as cortinas do meu quarto fechadas.. E eu jogando uma bolinha na parede, ia e voltava a bolinha.

Até que então a porta se abre..

- Me deixa em paz... Eu quero ficar sozinha.- Falei sem sabe quem era.

E então tenho uma surpresa das boas.

Gabs: Te deixar em paz? Eu não vim aqui pra te deixar em paz!

 
Ouvi a voz da Gabs é isso mesmo? Era a Gabs que estava entrando?Sim! É a Gabs que estava entrando no meu quarto com suas malas.

   - AMIGA! O QUE?.- Sai da minha cama, corri e pulei para abraçar minha melhor amiga.- Eu. Não. Acredito!!!

Gabs: Aí que saudades eu estava de você minha Loirinha.

    - Minha loirinha você!.- Estava totalmente feliz, por ver a minha amiga aqui na casa do meu pai.- O que.. Como..?

Estou tentando fazer algumas perguntas para a Gabs então eu ouço a voz de alguém reclamando que a mala estava pesada.. E reconheço a voz.. Era da Lola?...Eu paro de falar e fico quieta para ouvir com mais atenção.

  - A Lola?.- A Gabs me respondeu abrindo um sorriso enorme. Então sai correndo do meu quarto gritando e indo abraçar minha amiga.

  Lola: Loirinha!!!.- Abracei minha amiga com o máximo de força possível.- Assim você me mata, preciso respirar, estou tendo aqui dificuldades com falta de ar.

  - Ai, me desculpa..- Soltei a Lola e fiquei na frente dela.- Não acredito que vocês DUAS vieram. Comecei a dar vários pulinhos de alegria.— Porque? Como? Aaaah.. Me contem tudo!

Lola: me ajuda a levar minhas malas primeiro? Obrigada!

   - Claro que ajudo...- Já estava bem animada por ver minhas amigas aqui no Brasil e nem mesmo me falaram uma palavra que iriam vir.

O Primeiro a se renderOnde histórias criam vida. Descubra agora