Capítulo 5

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SEM REVISÃO




EMMA

- A tia Beth falou que o médico disse que não foi nada sério, então não tem, problema eu ir pra casa. - Falei olhando para a tia Beth que ainda segurava minha mão.

- Sim não foi nada grave, mas poderia ser, o Henrique falou que você precisava descansar e não apoiar o pé no chão. - olhei pra ele e vi seus olhos me fitando sério.

- Mas...

- Mas nada - ele olhou para a tia Beth me interrompendo. - B já não está na hora dela tomar o remédio que o Henrique receitou para dor?

- Sim menino. - ainda não acostumei em ouvir ela se referindo a ele assim.

- Então, busque um copo de água pra ela, enquanto procuro pelo remédio.

- Menino não é necessário pode deixar que eu cuido disso. - Ela falou levantando da cama indo em direção do criado mudo.

Assim que ela se aproximou para pegar a caixa de remédio que estava em cima dele, o professor fala de novo.

- B, pode buscar água, quero conversar um pouco com sua sobrinha.

Vejo a tia Beth concordar com a cabeça e ir em direção a porta do quarto, ao ver ela saindo começo a ficar apreensiva pelo o que vem pela frente.

- Como você está se sentindo? - Perguntou, aproximando da cama, desviei dos olhos dele e foquei na minhas mãos que tremia.

- Eu estou bem. Queria ir para casa se você tivesse como chamar um táxi pra mim, agradeceria.

Ele puxa uma cadeira que estava perto cama, coloca de frente pra mim e senta me olhando ainda continuava sério, será que ele não sorrir nunca?

- Olha mocinha, você vai ficar aqui sem discussão e ponto final, o médico disse para fazer muito repouso já lhe falei então nem argumente comigo, seria desnecessário.

- Mas o que você queria, era que eu saí-se de sua casa, então por que fica me mantendo aqui, já que não suporta minha presença.

Falei o olhando bem nos olhos, ele olhou para mim como se não acreditasse no que saiu da minha boca.

- Você tem razão em estar chateada comigo fui muito rude, mas você chegou com uma história, inacreditável.

- Como assim?

- Simplesmente por que convivo muito tempo com a B, ela cuidou de mim, mas nunca falou de sua família pensamos que ela era sozinha na vida.

- Ela não falava muito com nós, ocorreu algo entre ela e minha mãe quando eram novas, desde então, não se falam, ficou uma magoa dentro das duas por muito tempo. - não aprofundei no assunto até porque é um assunto intimo da tia Beth.

Ele ficou em silencio por um instante olhando para a janela do quarto, depois virou para mim, notei que ele queria falar outra coisa comigo mas não sabia como.

- Depois que você desmaiou, a peguei e coloquei você no sofá, a B apareceu perguntando o que aconteceu, foi quando ela te viu desacordada vi ela ficar pálida pensei que ela ia desmaiar também.

Ele parou de falar, e aproximou - se da cama e sentou onde a tia Beth estava, abaixei a cabeça e fixei nas minhas mãos que agora tremia por sua aproximação.

- Foi nessa hora que notei que talvez você não estava mentindo. - mas que cara de pau dele, será que ele ainda desconfiava de mim.

- Então perguntei para B se ela te conhecia e ela confirmou que era sua tia, e que teria dito para você vim aqui, mas ela nunca pensou que iria bater na porta principal e sim na da área de serviço.

- Eu não sabia onde chamar, por isso bati, mas pensei que era ela que abriria a porta.

- Eu ia passando na hora, e resolvi atender já que a B estava ocupada na cozinha.

Era tão difícil ficar a só com ele e não estar brigando, nos encontramos pouco mas já valeu um desmaio.

Não fico a vontade com ele tão perto de mim, olho para a janela enquanto aperto o lençol da cama com ambas as mãos.

- Queria lhe pedir desculpa pelo que aconteceu. - ele falou tão baixo que saiu quase um sussurro, mas vi que ele não estava muito acostumado a perdi desculpa aos outros.

- Eu...

- Eu sei que fui muito grosseiro com você - continuou sem me deixar terminar de falar.

- ok - fiquei boba nunca imaginei ele pedindo desculpas.

- Estamos entendidos então. - ele falou levantando da cama.

- Sim.

- Mas não quero você levantando dessa cama, qualquer coisa peça a sua tia. - falou parado com as mãos no bolso do moleton.

- Está certo quero ficar boa logo, assim irei pra casa mais depressa. - Vi ele arregalar os olhos, e ficou rígido.

- Só quando estiver completamente boa que deixarei você sair daqui.

Ele virou-se e foi em direção a porta quando ele estava quase alcançando, perguntei o que em segundos atrás não me achava capaz de fazer.

- Por que você, me trata tão mal? O que foi que lhe fiz professor? Não consigo entender. - Estava cada vez mais aflita.

- É melhor deixarmos essa conversa pra outro dia. - Dessa vez ele saiu, mas achei estranho a atitude, dele acho que é bipolar tem hora que está manso hora, zangado.

- Bem amanhã eu tento perguntar porque ele não quer tocar no assunto.



Minhas flores obrigada pelo comentários e pelas estrelinhas, desculpe qualquer erro, ele está sem correção.

Big beijos meus amores.

Liah Syllva.


Amor ardente: simplesmente suaOnde histórias criam vida. Descubra agora