Amor ardente: simplesmente sua

Capítulo 8

SEM REVISÃO

EMMA

Graças a Deus que amanhã poderei voltar pra casa já não aguentava mais ficar aqui, o doutor Henrique disse que poderia ir amanhã mesmo.

Estava relaxada agora, esses dias que passei aqui foram muito tensos, cada vez que ele vinha aqui, eu ficava apreensiva, minhas mãos começava a suar, sentia um frio na barriga.

Depois daquele dia que ele quase me beijava, passou a me visitar com menos frequência, fiquei triste por isso.

Hoje a tia Beth me ajudou a ajeitar minhas coisas,  ela tinha trago assim que me acidentei.

 Aproveitei que não estou mais na cama de repouso, vim ajudar ela aqui na cozinha.

- Não precisava ajudar, deveria estar descansando - Ela falou apanhando os pratos do armário, e colocando sobre o balcão.

- Mas eu quero tia, estou cansada de não fazer nada, fiquei esses dias todos da cama pro banheiro, do banheiro pra cama, não aguento mais.

- Mas não se preocupe flor,na próxima semana você volta pra faculdade - ela começa sair com os pratos na mão, peguei os copos e a segui, ela começou a ajeitar a mesa pra janta.

- Sim graças a Deus, já estava sentindo falta disso também. - organizei os copos e as colher e na mesa, parei fiquei olhando para a tia enquanto ela terminava seu serviço.

Ela estava ficando velha, daqui um tempo não poderia mas trabalhar queria tanto ajudar ela que me acolheu com tanto amor e carinho.

- Tia, queria lhe falar algo – fiquei sem jeito não sabia como tocar nesse assunto de novo na última vez ela não aceitou e eu concordei, mas dessa vez não será assim.

- Sim - ela parou o que estava fazendo e me deu sua atenção.

- Eu vou arrumar um emprego – Falei de supetão, assim seria mais rápido, notei ela suspirar como se tivesse escutado algo errado.

- Nós já falamos sobre isso Emma, você deve se concentrar nos seus estudos, filha seus pais queria que você fosse uma pessoa de sucesso – ela pensava que o emprego poderia atrapalhar meus estudos, assim como meus pais pensavam que tudo atrapalhava: amizade, namoro, sair para curtir, por muito tempo me senti como uma prisioneira sempre focando nos estudos.

- Olha tia Beth, sempre foquei nos estudos, sempre fui uma boa aluna, não é um emprego que vai atrapalhar, até porque quero arrumar um que seja meio turno, e sobra a noite para estudar ainda - ela termina e vai para a cozinha, vou atrás dela assim que ela para, vou até ela e pego em sua mão, preciso fazer ela me compreender, não queria magoar ela.

- Entenda, eu preciso disso, preciso me sentir útil, e preciso ajudar a senhora, você trabalha demais para nos sustentar.

- Meu bem, faço isso com o maior amor, você é como uma filha para mim, não lhe visitava muito porque sua mãe não permitia, você sabe disso, mais sempre quis ir. – sempre que perguntava porque a tia Beth não nos visitavas minha mãe dizia que ela era muito ocupada, falávamos sempre por telefone ou carta.

- Eu sei, você não precisa ficar triste por isso tia, e compreenda- me eu necessito me sentir livre, coisa que nunca fui, e para começar preciso trabalhar.

- você sabe que não será tão fácil assim arrumar um emprego de meio turno, você não tem experiência em nada – ela disse compreensiva.

- Eu sei, mas vou tentar, algo deve aparecer – me afastei dela caminhei para perto da mesa, melhor me sentar porque meu pé já estavam formigando, não quero prejudicar ele de novo.