Capítulo 12

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A foto do porta retrato



SEM REVISÃO



EMMA

Já havia começado a digitar as anotações que ele tinha deixado, acho que ele cumpriu o que disse, pois não o vi hoje, aliás nem a tia Beth eu vi hoje, quem abriu a porta foi outra mulher que trabalhava para ele.

Estou inquieta, quer saber de uma coisa, vou tomar um pouco de água preciso relaxar.

- Ah oi tia, não tinha lhe visto aqui ainda - ela estava colocando algumas coisas em cima da mesa da cozinha.

- Minha menina, eu acabei de chegar do supermercado - ela disse abrindo a geladeira - Mas e você já acabou?

- Ainda não, vim só beber um pouco de água, estava cansada - ela pegou a jarra na geladeira e colocou em cima da mesa.

- Descanse, aproveite e faça um lanche com sua tia aqui.

- Melhor não tia, o que o senhor Ferraz vai pensar, ele pode não gostar, sou empregada dele.

- Deixe de bobagem, logico que ele não vai se importar com isso, vamos sente ai que vou preparar dois sanduíche pra nós - ela disse.

Sorri com isso, mais ao mesmo tempo tenho medo dele não gostar disso é muita intromissão da minha parte.

- Espero que ele não se importe mesmo - falei sentando na cadeira que ela indicou.

- Claro que não, e porque você está chamando ele de senhor Ferraz agora, antes você chamava professor.

- Eu ainda chamo professor na faculdade, mas aqui ele é meu patrão então melhor chamar senhor Ferraz não acha, mais chamo os dois, de vez em quando.

Era verdade sempre chamava ele tanto de professor como senhor Ferraz, o primeiro era só por respeito por sua posição de meu professor, o segundo era quando estava chateada com ele, demonstrando a posição que cada um tem, eu como aluna e empregada e ele como meu professor e chefe ao mesmo tempo.

Foi muito bom passar esse tempo com a tia Beth, jogando conversa fora, mas como o que é bom dura pouco voltei a trabalhar.

Estava quase acabando quando algo me chamou a atenção, peguei o porta retrato que estava na estante atrás de minha cadeira, não havia percebido ele ali. Era uma foto dele mais jovem, estava com uma camisa preta, seu olhar era sério e intenso.

Observei a foto por alguns segundos, como ele é lindo, quantas meninas deveriam correr atrás dele, senti ciúmes em imaginar a cena, fui tirada dos meus pensamentos pelo som do telefone. Coloquei a foto no lugar e fui atender.

- Residência do senhor Ferraz – falei ao atender, então ouvi uma voz feminina.

- Alô, chame o Calleb pra mim – isso foi mais uma ordem que um pedido.

- Desculpe mais o senhor Ferraz não se encontra, gostaria de deixar algum recado? – perguntei.

- Não é preciso queridinha, ligo depois... melhor fale pra ele retornar pra Allice – não gostei dela me chamando de queridinha, sua voz era falsa, deu vontade de desligar em sua cara.

- Está bem, só isso?

- Me diga uma coisa queridinha, você é nova aí? Não havia ouvido sua voz antes – ela perguntou meio curiosa.

Amor ardente: simplesmente suaOnde histórias criam vida. Descubra agora