Capítulo 11 > Não vás dormir sem eu falar contigo.

46 5 2
                                    

Estavam todos a comer o que restava da pizza enquanto se interrogavam do que se passava realmente com a Rita.

-Eu vou falar com ela. Acho que já sei o que se passa. – Bill disse e levou o último pedaço de pizza à boca. Bebeu o que restava da sua bebida e limpou as mãos. Fez uma vez a Pumba e subiu as escadas em direção ao quarto dela.

Bateu à porta e quando ouviu um "entre" abafado, abriu a porta. O quarto estava iluminado apenas pela luz que ainda entrava no quarto devido ao crepúsculo duradouro.

-Hey... - Ele chamou-a e ela automaticamente colocou os óculos que tinha tirado e olhou para o amigo e ele reparou que ela estava a chorar. – O que é que aconteceu? Foi o teu pai?- Rita voltou a baixar a cabeça e assentiu com a cabeça. – Mas o que aconteceu?

Ela virou-se apenas para a luz e ele ainda via que uma parte da cara mantinha uma coloração mais avermelhada do que a outra e parecia uma mão que estava marcada no rosto. Oh não...

Não disse nada e apenas abraçou a amiga, mesmo que ela não estivesse a chorar mais. Um abraço por vezes era melhor do que palavras e naquele momento, nem Bill sabia o que dizer à amiga.

-Falaste com algum deles? – Ela perguntou e Bill negou e ela suspirou. – Ótimo. Logo pela manhã já estarei a ir-me embora, prometo.

-Não sejas parva, podes ficar cá o tempo que quiseres. – Ele disse e ela assentiu com a cabeça e baixou a mesma. Suspirou e acabou por correr as cortinhas e ligar a luz dentro do quarto e voltou para perto do amigo. – Queres que eu...?

-Se não te importares preferia a companhia de um dos cães e uma grande taça de gelado. – Bill sorriu e acabou por se levantar e assentir. Rita iria ficar bem apenas estava em choque com o que o seu pai tinha feito. Esperava ele que fosse apenas isso. Havia algo por detrás daquela história toda. O pai dela não lhe tinha batido simplesmente porque ela tinha entrado no videoclipe deles. Seria?

Georg....

Desceu as escadas e assim que o fez, pediu a Tess para is buscar algo para ela usar como pijama. – Bill, eu não tenho... eu supostamente já devia estar a voltar para a Alemanha.

-Eu empresto. – Georg disse saindo da sala para ir buscar uma das suas camisolas compridas. Bill sorriu e tratou de assobiar para um dos cães aparecer.

Quando olhou, Buddy foi o único a aparecer. Pumba estava adormecido e o cão do seu irmão e do Gustav estavam ocupados a perderem tempo com os seus donos. Chamou-o para perto de si e pegou nele em conjunto com a taça de gelado.

Em pouco tempo, o amigo voltava e estava com a camisola. Deu a Bill. – Vou levar o Buddy. – Georg assentiu e sentou-se ao lado do gémeo mais velho. – Não vás dormir sem eu falar contigo. – O mais velho do grupo arqueou a sobrancelha e assentiu com a cabeça, na mesma.

Subiu as escadas e entrou no quarto. Rita estava no mesmo sítio e sorriu para Bill ainda com o lábio a tremer. Tirou os óculos e tirou o vestido e colocou a camisola. – Isto não é teu. – Bill abanou a cabeça e depois ela entendeu de quem era. – É do Georg...?

-Yup. Bem aqui tens, o Buddy e gelado. Agora come, chora e descansa. Qualquer coisa estou na última porta. – Rita assentiu com a cabeça e Bill voltou a sair do quarto. Desceu e quando reparou estavam todos a levantarem-se para irem para a cama. – Boa noite, pessoal. – Bill sentou-se ao lado de Georg e viu Pumba a ir até si.

Sentou-se ao seu lado e suspirou. – O que queres falar?

-O pai dela sabia da tua relação com ela quando andavam? – Desviou o olhar do melhor amigo para a televisão ainda ligada num ápice e suspirou. Assentiu com a cabeça. – Como é que ele soube?

-O que é que tu achas? Viu-nos, eu e ela estávamos num parque, demos um beijo. Isso é mesmo dar-lhe tudo de braços abertos. – Georg disse e depois encolheu os ombros. – Mas o que é que interessa? Afinal, eu não estou com ela...

-O pai dela bateu-lhe. – Bill disse e quando viu a reação do amigo depois de o ter interrompido com aquela novidade, compreendeu duas coisas: havia algo muito mal contado e Georg ainda estava apaixonado por ela. – Nada de contares a ninguém.

-Filho da... - Controlou-se e levantou-se. - Vou dormir. – Levantou-se e saiu da sala.

Bill estava no meio... mas ele iria ajudar em tudo. Não queria saber das consequências, ele iria fazer de tudo para que o seu melhor amigo e a sua amiga ficassem juntos como antes.


Este capítulo é muito pequeno e peço desculpa por isso, e também por não postar na quarta para compensar isso, mas é mesmo porque acho que não vale a pena.

Basicamente este capítulo foi mais para primeiro que tudo verem os laços de amizade que ela anda a criar com eles e o facto de ter aceite algo que foi dele, como a camisola que serviu de pijama e o deixou que fosse o Buddy a ficar com ela.

Depois quis deixá-lo assim pequeno, mesmo por ser uma pequena perspetiva e por verem algo mais sobre o passado e como as coisas foram com o pai dela e o com o Georg.

Espero que tenham gostado, digam-me o que acharam. Estou curiosa para saber.

O próximo capítulo vai ser a continuação, mas mais uma vez uma outra perspetiva.

Comentem, please.


Why do I Keep Loving You?Onde histórias criam vida. Descubra agora