Ele suspirou bruscamente. Sabia que aquele dia iria acontecer, mas depois de tanta emoção que lhe tinha acontecido na vida num curto espaço de tempo.
Ela encolheu os ombros e olhou-o nos olhos. – Salvaste-me e ao meu filho. Fizeste com que o Miles não ficasse inconsciente durante muito mais tempo e que fosse salvo e isso fez-me entender de algo que eu tinha andando a ignorar há imenso tempo. – Georg arqueou a sobrancelha, mas que raio que resposta era aquela? Aquilo tudo era...? – Se eu te fosse indiferente na altura, tu não me tinhas salvo e não tinhas feito nada do que fizeste. Portanto, quero saber a verdade.
Georg abanou a cabeça e suspirou - iria ser uma longa manhã. Pessoalmente, ele apenas queria contar o quão cobarde tinha sido à frente do pai dela, mas sabia que se o fizesse, Rita ficaria chateada.
Guardou os papéis que tinha trazido para o café, dentro da pasta. Com intuito de fazer tempo e de organizar todas as suas ideias, iria ser complicado contar tudo aquilo – após catorze anos. Mas iria fazer de tudo para que conseguisse fazer um discurso fluído.
-Não fomos tão discretos quanto pensas que fomos. – Ele disse e ela assentiu com a cabeça. – Já sabias?
-A minha amiga que agora trabalha em Nova Iorque disse-me. Ela apanhou-nos uma vez. – Georg sorriu e abanou a cabeça, quem lhe dera que tivesse sido apenas ela a descobrir. Iria continuar a história no mesmo ponto. - Ela prometeu-me que não contou a ninguém. Portanto, não vejo...
-Não estou a falar dela. – Rita arqueou a sobrancelha quando ouviu as palavras do rapaz. – O teu pai descobriu tudo sobre nós, numa das nossas tardes no parque não muito perto da tua casa. – Ela, automaticamente, arregalou os olhos. Parou de mexer o seu café que já estava frio. Pararam, rapidamente a conversa, quando o homem do café acabou por trazer o que se tinha esquecido de dar à rapariga, que ela tinha pedido para levar. – E foi com isso que tudo começou.
-O que é que o meu pai tem a ver com isto?
Ela apontou para eles os dois, alternadamente. Georg sentiu a dor de cabeça e a culpa a apoderarem-se do seu corpo e tentou continuar o seu discurso. – Ele foi ter comigo, naquele mesmo dia e ameaçou a minha família, os meus amigos, a minha carreira se continuasse a namorar contigo. E eu cobarde como sou, aceitei e acabei contigo por medo.
-O meu pai e eu nunca nos demos bem e a partir daquele ano eu e ele vimos a nossa relação a piorar a cada segundo. Eu contei-te que não tínhamos uma relação perfeita. Porque...? - Georg encolheu os ombros e suspirou bruscamente. Rita abanou a cabeça bebendo um trago do seu café, fazendo uma ligeira careta – tinha arrefecido demasiado para o seu gosto. – Podíamos ter resolvido as coisas na altura, podíamos ter enfrentado o meu pai, podíamos...
-Para quê? Fui cobarde e deixei-te escapar e agora nada faz sentido porque tens o Miles e tens o Joe. E agora sou eu que sofro porque não te tenho, e a culpa de estar a sofrer é inteiramente minha. – Georg disse pegando sorrindo tristemente para ela. – O karma...
-Tu sofres agora porque não me contaste na altura e não confiaste em mim o suficiente para me contares e, resolvermos as coisas. Os dois, juntos. – Ela abanou a cabeça e suspirou bruscamente. Georg viu que ela estava chateada e suspirou por ver que não estava chateada por ter descoberto tudo, mas sim porque ele não tinha dito nada. Pensava que a reação dela seria outra. – Porque é que não me mandaste embora quando viste que eu iria fazer parte do vídeo?
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Why do I Keep Loving You?
RomanceEla era uma rapariga normal que acabou por se apaixonar por ele.... ele era famoso, mas não o disse, manteve-se na incógnita e enquanto isso os dois ficavam perdidos de amores um pelo outro. Ele deixou-a sem mais nem menos, por carta... Ela quer res...