Capítulo 74 > O Georg é homem.

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-Mas que cabrão. – Gustav disse, ao sentar-se e Tess igualmente, no sofá. Kathleen estava com os punhos fechados depois de ter ouvido o que amiga tinha dito. Como é que tinha sido possível?

-Foste muito forte em ter dito tudo o que querias à frente dele. – Bill disse sorrindo para ela, Georg assentiu com a cabeça. Kathleen viu o lábio dela a tremer e quando todos repararam ela estava de novo a chorar. – Então?

Ela abanou a cabeça, enquanto ficava abraçada ao filho. Joseph colocou a sua pequena mão, na cara da mãe. Kathleen suspirou, aquele filho da mãe tinha-a deixado daquela forma...

-Estou irritada. Disse-lhe tudo na cara, mas descobrir que quem me criou não queria saber do que me acontecia quando fui atacada. Descobrir que quem eu achava que era meu pai, queria que eu continuasse nesta mesma sala daquela maneira... - Rita voltou ao choro descontrolável e Miles aproximou-se e abraçou-a acabando por a reconfortar por completo. Pedro suspirou e assentiu com a cabeça. Megan acabou por entrar com um copo de água para a rapariga.

Kathleen não disse nada, apenas se levantou e acabou por ir para as traseiras da casa e ficou ao lado de Nalla que se manteve ao seu lado. Estava simplesmente irritada, queria apenas espancar o pai da sua amiga. Como é que ele tinha sido capaz? Ainda por cima, de a fazer infeliz durante tanto tempo. Torná-la infeliz por causa da sua imagem!

Enquanto pensava acabou por tirar um cigarro do bolso e fumar para conseguir tirar todo aquele desconforto da sua mente, com o assunto que era falado dentro de casa.

Estava tão embrenhada nos seus pensamentos que assustou-se quando sentiu Nalla a mexer-se. Olhou para o lado e viu Bill ao seu lado de pé. Sentou-se e passou o cigarro ao mesmo, apoiando a sua cabeça no ombro do namorado.

-Que se passa?

-Estou com vontade de matar o pai dela, e achei por bem vir apanhar ar. – Bill suspirou e concordou com a namorada. – Como é que é possível? Explica-me?

-Kath, eu sei que é possível. Lembra-te que o Gordon apenas é meu padrasto e não meu pai verdadeiro, e que ele era um verdadeiro cabrão. – Kathleen compreendeu o ponto de vista dele e compreendeu porque é que o rapaz compreendia tão bem o que Rita estava a passar. – Mas entendo o porquê de estares assim, agora imagina como o irmão dela se deve estar a sentir.

Super mal, ela disse para ela. Ele sempre tivera uma boa relação com os pais e agora que soubera como eles eram realmente, depois de ver que eles renegavam por completo a sua irmã, por causa da imagem. Kathleen, nunca pensou ver alguém a descer tão baixo.

Quando Bill terminou o cigarro entraram, com Nalla a segui-los, para a sala e viram Rita mais controlada e agora a falar de como estava Portugal.

-Está igual, não ia lá há mais de dez anos e parece que não perdi grande coisa.

A conversa continuou, e quando terminou todos acabaram por ficar por lá para jantar. Joseph ficou a brincar com as suas coisas com Rita e Miles, enquanto Tris ficava com Bill a brincar.

Kathleen por outro lado, decidiu que tinha de sair. Precisava de espairecer as ideias e suspirou bruscamente.

-R, vou ter de sair por momentos. Desculpa, mas eu volto assim que conseguir. – Rita assentiu com a cabeça enquanto tirava os seus olhos do filho. Quando ela viu que Bill se ia levantar, abanou a cabeça. – Não. Fica com eles, eu não me demoro mesmo. – Bill assentiu com a cabeça e voltou a dar total atenção a Beatrice.

Why do I Keep Loving You?Onde histórias criam vida. Descubra agora