Capítulo 44 > E tu e a Kath?

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Estava escuro quando ele acordou.

Sentia-se atordoado e tudo lhe doía, principalmente a sua cabeça. Tentou mexer-se, mas parecia que os seus músculos simplesmente não estavam para aí virado, doía-lhe tudo.

Onde é que eu estou? Ele pensou enquanto tentava chamar alguém, sem sucesso... sentia a sua garganta demasiado seca. De repente, a porta abriu e ele automaticamente fechou os olhos com medo de não saber quem é que era a pessoa que estava à sua frente. – Daqui a uma hora é a medicação, se ele acordar entretanto informem a R e o médico para ele poder ir para a enfermaria. – Georg ouviu as cortinas a abrirem-se e sentia que a dor de cabeça era intensa e suspirou, não estava de todo habituado àquelas sensações.

Sentia-se nauseado, parecia... parecia que se sentia da mesma forma que se tinha sentido quando tinha tido o acidente. Lembrava-se disso, lembrava-se do estrondo e do embate... depois daquilo, apenas escuro.

Tentou controlar as náuseas, mas sentia-se cada vez pior. Entretanto acabou por ouvir a porta a abrir. – Não, não posso sair dos cuidados intensivos. Só para a enfermaria quando o senhor Listing for para lá. São as ordens que eu tenho e é tanto do médico como do enfermeiro-chefe. – E assim que Georg ouviu a voz dela, percebeu logo que Rita estava com ele. – Chame por favor o médico.

Fechou de novo a porta e foi até à cama e foi quando Georg abriu os olhos e se queixou das dores de cabeça e de como se sentia nauseado.

Rita olhou para ele e rapidamente colocou uma bacia perto da boca dele e Georg acabou por vomitar: algo verde possivelmente algo proveniente do seu organismo.

-Como te sentes? – Georg viu Miles a aparecer. Ele tentou falar, mas foi em vão. Rita, automaticamente, saiu e voltou com um copo – pegando nele e dando-o à boca. Talvez ela soubesse que não conseguia mexer os braços devido às dores. Por favor, não quero vomitar outra vez. – Melhor?

Ele assentiu com a cabeça, mas Rita acabou por encher de novo o copo e deu-lhe para que conseguisse falar com mais calma. Pedro, dentro de pouco tempo, acabou por chegar e fez as perguntas recorrentes para ver se o rapaz ainda se lembrava de tudo o que tinha acontecido, antes de ficar inconsciente.

Estava tudo igual, felizmente. – Ele ainda tem dores de cabeça e assim que eu cheguei vomitou. – Ela disse enquanto pegava na ficha dele para que Pedro pudesse ver de novo os seus dados e que pudesse assinar as novas folhas para que ele pudesse ir para a enfermaria.

-Há quanto tempo estou aqui? – Ele perguntou depois de ouvir aquele som horrível das máquinas que não pararam nem por um segundo de fazer barulho. Rita apontou para dois dedos. – Dois dias? – Ela abanou a cabeça, Georg arregalou os olhos com o que se estava a passar. – Duas semanas?

-Dois meses. – Miles disse enquanto suspirava e colocava uma mão em cima do ombro dele, sabia que era complicado entender que tinha ficado inconsciente durante tanto tempo. Suspirou e abanou a cabeça. – Mas estás bem, as dores de cabeça estão suportáveis e dentro de pouco tempo já vais poder sair do hospital.

Pedro concordou com o que Miles disse e Georg ficou mais aliviado com as novidades, mas algo acabava por o deixar demasiado preocupado... - Porque é que me doem as pernas e os braços? – Ele disse começando a sentir de novo a sua garganta seca e voz rouca. – O acidente foi tão mau assim?

-Ficaste dois meses na mesma posição. Vais ter de fazer fisioterapia. Primeiro, vais andar de cadeira de rodas e depois ficas em canadianas, e depois em apenas uma para te apoiares. Tudo a seu tempo. – Pedro disse piscando o olho para o amigo.

Contaram igualmente que todos eles estavam a tomar conta da indeminização que o culpado pelo acidente teria de dar a Georg para que o moreno apenas se preocupasse completamente com a sua recuperação.

Miles sentou-se ao seu lado assim como Rita, estariam eles na sua pausa? Ele não tinha entendido mas tinha deixado estar. Arqueou a sobrancelha quando reparou no pequeno tique que Rita tinha quando estava demasiado nervosa – começava logo a morder o lábio inferior.

-O que se passa? – Ele perguntou enquanto Miles lhe estendia de novo um copo com água. Teria de encher o depósito ao lado da cama com água para que ele apenas tivesse de virar a cabeça e pudesse beber sem ajuda, não iria estar sempre a chamar ajuda para beber água. – Vão contar-me? – Ele disse depois de engolir toda a sua água.

-Vamos? – Miles perguntou e ela assentiu com a cabeça e após isso Miles sorriu para ele colocou a mão dele sobre a dela. Ambos inspiraram ao mesmo tempo e falaram com calma. – Primeiro queremos dizer-te que ficamos muito preocupados com tudo, Georg. Tínhamos acabado de chegar e de repente. - Ele compreendeu e suspirou. Já se tinha esquecido de que eles eram casados e que simplesmente não poderia tê-la de volta, nunca mais. Ela já era feliz.

-Estou grávida.

Ela disse com um sorriso nos lábios, o mesmo sorriso que Miles tinha. Não iria de todo conseguir ficar com ela, agora que ela teria um filho com Miles, menos hipóteses ele teria com Rita. Sorriu e apertou a mão de ambos.

Acabara por descobrir mesmo não ficando com ela teria todo o gosto de acompanhar e de amar o rebento da sua amada. Sorriu para ela.

Ficaram na conversa e suspirou quando entendeu que fora ele a primeira pessoa a quem eles tinham contado as novidades, normalmente não era algo que se fizesse. Rita por sua vez, acabou por ter de se levantar quando o seu pager deu sinal de vida.

-Estou feliz. – Georg disse ao amigo que continuava ali ao seu lado e fechou os olhos por momentos. – Não faças isso... - Ele disse quando ouviu para a cara de Miles, cabisbaixo... ele suspirou e encolheu os ombros. – Eu sou feliz por a ver feliz, além disso só o facto de saberes que eu gosto dela e só o facto de mesmo assim sermos amigos, acho que acaba por ajudar e muito.

Miles assentiu com a cabeça e depois suspirou. – Sei que o meu filho ou filha ainda não nasceu, mas... queres ser o padrinho? – Georg arregalou os olhos com a oferta e acabou por sorrir com as novidades. Assentiu com a cabeça. – Decidimos que queríamos ter mais filhos, mas que neste eu escolho o padrinho e ela a madrinha.

Georg assentiu e em pouco tempo acabou por ficar sozinho. Queria ser transportado o mais rapidamente possível para a enfermaria. Queria que tudo corresse bem, porque mesmo tendo acordado há relativamente pouco tempo, estava farto de estar ali. Farto daquele quarto

Suspirou e riu-se a custo devido ao tempo que não o fazia assim como às dores de corpo.

Mais tarde acabaram por o levar e assim que ficou completamente instalado, Tom e Bill apareceram no seu quarto e ficaram a falar com ele de tudo e mais alguma coisa menos da banda.

-Sabias que o Tom e a Layla estavam chateados, certo? – Georg assentiu com a cabeça e arregalou os olhos ao lembrar-se do tempo que tinha passado e temeu o pior. – Não te preocupes. Ela já voltou para casa e já são o casal maravilha.

-E tu e a Kath? – Perguntou e Tom riu-se acabando por dar um encontrão ao irmão que retribuiu ao deitar a língua de fora, mostrando o seu piercing. – Então conta lá...

-Eu e ela nada... - Bill disse e acabou por amuar na sua cadeira. Mais tarde, acabaram por ser substituídos por Gustav e Tess que queriam saber como é que estava o rapaz e a sua tarde e noite tinha passado daquela forma.

Mas de todas as visitas recebidas, Georg não conseguira esquecer da notícia que tinha recebido naquela manhã quando tinha acordado. Grávida...


Desculpem o capítulo ter vindo tarde e a más horas, mas veio ainda a tempo xP

Hoje como não estive em casa, acabei por não ter tempo para vir para estas bandas.

Mas aqui temos, a reação do Georg com a nova notícia - vamos ver como é que vai ser daqui para a frente!

Curiosos?

O que acham que vai acontecer a seguir?

Why do I Keep Loving You?Onde histórias criam vida. Descubra agora