Epílogo > Okay. Que horror.

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A casa deles teria de servir para a festa de aniversário do seu filho. Estava nervosa, o seu filho iria fazer os seus cinco anos. Cinco anos que estava naquele mundo, cinco anos que Rita tinha dado à luz o seu rebento.

Estava na cozinha a arrumar as coisas, enquanto toda a gente presente andava de um lado para o outro para ajudar a mãe do aniversariante a ter tudo pronto para aquele dia. A carne estava no forno e já se sentia o cheio da mesma e com o tempero e cheirava que era uma delícia. Entretanto, tratava do bolo do filho.

Tinha-lhe ensinado tão bem, que graças a si... Joseph não gostava nada de bolos de pastelaria e eram apenas os da mãe, ou então da tia e das amigas das mesmas. De resto, não conseguia comer nenhum dos que se vendia no café. Enquanto colocava açúcar em pó no bolo de aniversário do pequeno e via se tinha as velas necessárias para depois colocar, pegou em um pouco de chantili e começou a enfeitar.

Quando terminou, sorriu para a sua obra de arte. Sentiu-se emocionada com o que estava a ver. Estava lindo, o tempo voava tão depressa... o seu pequeno já tinha cinco anos e para o ano a vida escolar do pequeno iria oficialmente começar. Adeus à pré-escolar.

Com o bolo feito, colocou-o no frigorifico – num dos pontos mais altos do mesmo para que ninguém pudesse chegar lá, facilmente. Principalmente o seu irmão mais velho. Fechando-o, o forno apitou e tirou a carne já pronta do mesmo e começou a trabalhar nela. Enquanto isso, Nalla – a sua cadela, colocou-se aos seus pés pedindo comida. Rita olhou para os horas e suspirou: estava, de facto, na hora de ela comer.

Saiu de perto da bancada e foi à dispensa: pegou no saco de comida e quando o abriu: todos os cães que estavam dentro da casa, foram para a cozinha para comer alguma coisa. Resmungando, ela serviu a todos nas diversas taças que tinha. Lavou as mãos e continuou o seu trabalho de arranjar a carne que tinha saído do forno e que estava a trabalhar.

Olhou para as horas e arqueou a sobrancelha... daqui a pouco os pequenos amigos do seu filho, iriam aparecer assim como as amigas da família que ainda não andavam por ali. Ela tinha de arranjar rapidamente as coisas todas.

A carne foi repousada e deixou-a para conservar o calor. Tratou de começar a fazer o arroz que seria o acompanhamento do almoço dos adultos assim como um pouco de salada. Enquanto a água fervia, a campainha tocou com as não sei quantas caixas de pizzas que seriam o almoço do seu filho e consequentemente dos seus amigos.

-Encomenda, minha senhora. – Riu-se para Miles que tinha chegado com as caixas para a pizza e não sabia onde as colocar. – Onde é que é suposto eu colocar isto?

-Coloca em cima dos pratos, que eu vou tirar as pizzas das caixas para ser mais fácil para eles servirem. – Miles colocou as coisas e deixou igualmente o troco em cima do balcão e ela sorriu para ele. – Com o tempo isto vai ser mais complicado, não vai? Agradá-lo.

-Prepara-te para a adolescência, mãe galinha. – O melhor amigo disse, beijando-a no topo da cabeça. Rita não se conteve e deitou a língua de fora... sabia que seria os anos mais atribulados, quando se passava para a adolescência.

Quando ficou sozinha tratou logo das pizzas, depois do arroz ficar a cozer. Viu se estava tudo pronta e colocou todas nos diversos pratos e com uma pequena etiqueta que indicava com figuras o que cada uma significava e que ingredientes tinham para que eles entendessem quais seriam as melhores.

Enquanto cortava, olhou para fora da janela onde iria decorrer a festa. No pequeno jardim que tinha nas traseiras da casa que era perfeito. As decorações estavam feitas para que os pequenos brincassem a bem brincar. Era aquilo que o filho queria então: seria aquilo que teria. Apenas teria cinco anos uma vez na vida e queria que ele aproveitasse todas as suas experiências.

Why do I Keep Loving You?Onde histórias criam vida. Descubra agora