Capítulo 33 > A voz era meiga e um tanto agressiva.

25 4 0
                                    

Era já oito da manhã e Bill estava já acordado. Odiava acordar cedo - era algo que ele não gostava de fazer. Tinha ganho esse hábito devido à banda, gostava imenso de trabalhar de noite e fazia-o durante anos, mesmo antes de se chamarem Tokio Hotel.

Enquanto bebia um copo com água, Bill ficou a mexer no seu telemóvel indo para a única rede social que tinha que não era em conjunto com a banda – o Instagram. Viu as novidades das contas que seguia e acabou por colocar uma fotografia sua das suas manhãs.

Deixou um pequeno bilhete e a Tom com a mensagem de que quando desse de comer ao seu cão para também dar a Pumba. Para o sítio onde ele iria, não podia levar cães. Era uma pena, não gostava de sair sem o seu amigo de quatro patas.

Saiu de casa assim que pegou na sua mala que tinha sido abandonada em cima do sofá da sala e entrou no carro. Conduziu com cuidado enquanto ouvia música na aparelhagem do automóvel. Os Aerosmith era o que se ouvia.

Estacionou o carro quando viu que não tinha de pagar nada. Saiu dele e foi em direção ao estabelecimento. Entrou e ficou sentado à espera da sua vez, após ter tirado a senha. Enquanto se mantinha no seu canto a mexer no telemóvel, reparou na gente que ainda se mantinha na fila antes dele. Faltava tanto, ainda bem que tinha acordado cedo.

-Não, eu tenho que ir lá fora. Vou buscar uma pessoa, a minha mentora pediu para a ir buscar. – Bill assim que ouviu aquela voz familiar, levantou os olhos do telemóvel e voltou a guardá-lo, sorriu quando ela parou a sua marcha e olhou para ele. Sorriu e começou a andar em sua direção. – Oh, o que é tu fazes aqui? – Ela perguntou enquanto dava um pequeno abraço ao rapaz. Bill fez uma careta esquisita ao lembrar-se do que estava lá a fazer. Não se importava com agulhas, mas tirar sangue não era algo que ele gostava.

-Vim fazer análises ao sangue apenas, mas estou à espera de ser chamado para depois poder ir lá para o andar e voltar a ficar em espera. – O loiro cheio de piercings disse e ela pegou no telemóvel, bufou e acabou por ter de sair por um segundo. Rita saiu do hospital e pegou no paciente que precisava de ajuda e que esperava por ela. Enquanto isso, estava já a falar ao telemóvel com alguém.

Ela chamou-o para ir consigo assim que desligou a chamada. Rita tossiu e ficou um bom tempo a falar com o paciente. Quando chegaram perto dos seguranças, a rapariga disse que Bill estava com ela e deixaram-nos passar a todos.

Enquanto andavam naquela ida, Rita cumprimentou vários médicos e enfermeiros e várias pessoas amigas do seu estágio.

Quando ela viu a sua mentora, deixou o senhor da cadeira de rodas ao seu lado e o mentor acabou por a deixar ir e quando tivesse algo para ela fazer iria chamá-la pelo seu pager ou pelo telemóvel.

Rita assentiu com a cabeça. Dito isso, pegou na mão tatuada de Bill e foram os dois para a zona das análises.

-Tu vais tirar-me sangue? – Ele perguntou divertido e ela sorriu para ele e abanou a cabeça.

Rita deixou-o sentando num sítio e foi ver nas salas alguma coisa e quando voltou sentou-se ao lado de Bill. – O Miles também não te vai tirar sangue, ele está na zona das operações no quinto andar. É uma amiga minha que também está a estagiar. Não te preocupes, ela tira sangue melhor que eu – e eu tiro bem. – Ela disse sorrindo, ela levantou-se rapidamente como se tivesse visto um sinal para ir, Bill levantou-se com ela. – Ela vai tirar-te sangue e depois ela vai falar com o meu irmão para ele ver as análises, okay?

Bill assentiu. – Obrigado, querida. – Ele disse abraçando-a. Bocejou e ela riu-se acabando por lhe dar um beijo na bochecha. E voltou a sair pela mesma porta quando viu que tinha mais pacientes a tratar e que tinha de ir para a zona onde a sua mentora disse para ela ir durante aquela parte da manhã. Bill sorriu, ela era sem dúvida eficiente.

Why do I Keep Loving You?Onde histórias criam vida. Descubra agora