Everything Has An End 6

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Cada grupo estava incumbido de montar a sua tenda. Joanne não teve que fazer muita coisa, ao que parecia o seu parceiro tinha muita experiência em acampar e não teve problemas em fazer grande parte do trabalho. Começava a escurecer, depois de fazerem a sua primeira refeição na floresta, sentaram-se todos à volta da fogueira. Os professores explicaram em que ia consistir a primeira prova. Depois de dizerem o que ia ser feito, mandaram cada um ir dormir. Antes de tentar adormecer Joanne ligou à sua mãe, depois tentou acalmar-se e encostou a cabeça à almofada fechando os olhos.

No dia seguinte, todos se levantaram bem cedo. Após tomarem o pequeno almoço, os diferentes pares receberam alguns conselhos dos monitores. Iniciaram a prova. Primeiro tinham que encontrar uma espécie de pássaro que tinham estudado e tirar uma fotografia. Esse obstáculo demorou a ultrapassar. Depois tinham que atravessar um lago numa canoa e procurar no outro lado uma pista, sabendo apenas que tinha a ver com alturas. Não foi muito difícil, pois logo que chegaram ao outro lado avistaram uma cabine de teleféricos. Dirigiram-se para lá o mais rápido possível, infelizmente não tinham sido os primeiros. Encontraram um papel que dizia: “Depois deste esforço merecem descansar. Para isso um cesto têm que encontrar.”.

- Oh, muito explícito. – reclamou Flynn

- Não te queixes, temos que nos despachar. Olha, acho que encontrei.

Abriram o cesto, lá dentro encontrava-se alguma comida que eles devoraram rapidamente, encontrava-se também um papel que dizia: “ Antes de voltarem pelo mesmo percurso têm que entrar numa cabine do teleférico e dar a volta completa. Mas atenção há um teleférico especial…”. A mensagem acabava ali, mas era por certo importante achar o teleférico especial, para isso havia um jogo em que eles tinham que escolher uma chave, após desvendar um código que consistia na junção de letras de algumas palavras que eram respostas a perguntas de cultura geral, com várias respostas possíveis. O primeiro a acertar ficaria com a chave da cabine premiada. Jo e Flynn pegaram na chave que achavam ser a mais correta e entraram na cabine correspondente. Deram a volta completa e depois correram desesperadamente para a canoa e remaram com a força que tinham para chegar ao outro lado. Após lá chegarem, dirigiram-se para o sítio em que estavam acampados, onde já se encontrava um par, que era por acaso do Miguel e Rafael.

- Para quem dizia que não tinha jeito para isto…

- Pois, ao que parece não nos saímos nada mal.

- Alguém sabe o que poderá ser o prémio das chaves? A verdade é que era um desafio um bocado estranho. Se nós escolhemos a chave correta, já ninguém a vai poder escolher, as chaves vão desaparecendo e vão acabar por ter de as tirar à sorte.

- Sim, isso é verdade…

O grupo foi interrompido pela chegada de mais um par. Uns após outros. Passado pouco tempo já todos os pares se encontravam presentes.

*

- Um membro de cada grupo vai entregar-nos a chave que escolheu.

Os vencedores foram anunciados:

- Parabéns à menina Joanne e ao menino Flynn! Como prémio, no terceiro dia não vão ter de participar nas provas, podem ir para o lago aqui perto para descansarem um pouco. Como a temperatura está agradável também podem ir nadar, mas portem-se bem, de meia em meia hora um dos monitores vai ver como vocês estão e se precisam de alguma coisa.

Joanne ficou radiante com a possibilidade de poder escapar a algumas provas, para mais, ela adorava nadar e o lago tinha uma cascata maravilhosa. Olhou para Flynn, para ver se conseguia descodificar o que ele achava da surpresa. Pareceu-lhe feliz.

Acordaram mais uma vez bem cedo. Dirigiram-se para uma tenda onde se encontrava um homem bastante musculado.

- Durante esta manhã, eu vou dar-vos uma aula intensiva de Fitness, adequada à vossa idade.

Começaram com exercícios simples, de aquecimento, depois a dificuldade foi aumentando em conjunto com o cansaço.

Seguiu-se o almoço, sandes de frango com alface, tomate e cenoura e uma fresquíssima salada de fruta. Tiveram algum tempo para descansar.

Depois do almoço realizaram outra prova que contava para a colocação no pódio. Desta vez era para ver que par é que tinha mais capacidade cerebral, fazendo um concurso. Joanne e Flynn, eram talvez os melhores alunos que ali estavam, e venceram os outros sem grandes dificuldades. A seguir, tiveram que nadar um longo percurso, isso já foi mais complicado, mas mesmo assim foram declarados vencedores mesmo à justinha.

Todos os pares estavam estafados. Joanne e Flynn encontravam-se agora em primeiro lugar e tinham desenvolvido uma certa cumplicidade, mas Joanne quis passar o tempo livre que tinha com Miguel, porque ainda não tinham estado juntos e tinha o dia seguinte todo para estar com Flynn.

- Já tinha saudades tuas!

- Eu também, apesar de estarmos no mesmo espaço, nem dá para falar.

- É verdade…

- Então e como vai a tua relação com o Flynn?

- Vai muito bem. Ele é muito inteligente e mega simpático, saio daqui com um grande amigo.

- Ainda bem que estás feliz. Lembras-te daquela conversa que tivemos, pouco antes de vir para aqui?

- Sim lembro…

- Eu não te queria magoar. Fui um bocado parvo e deixei-me levar pelos ciúmes, mas a verdade é que o Flynn parece uma boa pessoa, e se tu por acaso gostares dele, eu não tenho nada a ver com isso, desde que estejas feliz.

- Obrigada!

Joanne abraçou Miguel. Ela adorava mesmo aquele rapaz, a maneira como ele falava, a sua maneira de ser. Miguel era o seu maior suporte, o irmão que nunca tivera e ela sabia que mesmo que por vezes ele fosse casmurro a adorava do fundo do seu coração.

- Vou voltar para a minha tenda, ainda tenho que ligar à minha mãe, senão ela ainda se passa. Dorme bem, que amanhã vai ser um dia duro.

- Pois, para mim, porque a aqui a preguiçosa vai ficar a divertir-se á grande. Dorme bem tola.

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