Everything Has An End 33 Parte 1

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Já tinha saudades vossas... Desculpem o meu desaparecimento prolongado, mas de facto foram meses atribulados. Aqui fica a primeira parte de um novo capítulo. Espero que não tenham perdido o interesse. Uma Páscoa muito feliz!!

O sol iluminou os olhos semicerrados de Joanne quando a sua mãe abriu a persiana.

- Bom dia, dorminhoca. – saudou a senhora.

- Bom dia. O Ethan… ele já deu noticias?

- Sim, ele mandou uma mensagem para o teu telemóvel, mas eu não quis quebrar a tua privacidade e preferi que fosses tu a lê-la.

- Obrigada mãe!

Joanne levantou-se lentamente e esfregou os olhos ensonados, espreguiçando-se de seguida. Pegou no telemóvel que estava na sua secretária e abriu a mensagem de Ethan:

Quando vires este sms, eu já estarei provavelmente a chegar a Inglaterra. Eu enviei-to mesmo antes de entrar no avião.

Espero que os teus amigos tenham alta em breve e que não vos aconteça mais nada, porque a tua vida é realmente uma montanha russa.

 Assim que acabares de leres isto responde, só para ter a certeza que a mensagem chegou sã e salva.

Quanto ao teu convite para o verão depois falamos disso, mas estou bastante tentado a aceitar, como é óbvio.

Acho que não tenho mais nada a dizer, por isso: Beijos grandes e até à próxima.

Ps: Não te esqueças de responder.”

Joanne leu as palavras de Ethan e sentiu uma pequena saudade a crescer dentro de si, este rapaz tinha-se tornado num excelente amigo e era estranho pensar que agora já não estavam juntos e ela estava de volta a Portugal, perto do seu namorado e melhores amigos.

Teclou rapidamente a resposta e depois desceu para tomar o pequeno almoço.

- Então, está tudo bem?

- Sim, está. A mensagem era basicamente para avisar que ele tinha chegado bem ao aeroporto. Ele deve ligar em breve, quando aterrar.

- Tens razão. Bem, eu ontem à noite tratei das tuas aulas privadas e vais começar hoje à tarde. As aulas não vão ser em casa, mas sim na escola. É uma espécie de programa que eles têm para aquelas pessoas que faltam por doença ou assim e como tu não faltaste quase nada, mas não podes retomar as aulas porque já é demasiado tarde eles concordaram em ajudar-te.

- Boa, acho eu.

- Achas tu?

- Sim, não é que eu me importasse de ficar em casa a não fazer nada ou passar os dias junto do Flynn e do Miguel…

- Pois minha menina, mas sabes que não te podes esquecer dos estudos.

- Sim, mãe, eu sei. Mas por falar nisso, como é que o Flynn e o Miguel vão fazer com a escola? Eles faltaram bastante tempo.

- Acho que vão dar a oportunidade de eles terem aulas no verão, porque o Flynn tem que fazer os exames e assim…

- Isso é uma boa ideia, mas coitados deles… aulas no verão parece ser uma autêntica seca.

- Lá isso é verdade. Mas é preferível isso a ter que repetir o ano.

- Pois é.

Joanne deu uma trinca no pão e bebeu um pouco de sumo de laranja. Olhou pela janela e ver o sol a brilhar intensamente fê-la lembrar de uma das razões porque gostava de viver em Portugal. Enquanto mantinha o seu olhar perdido algures na vista soalheira, ouviu o toque de telemóvel a sinalizar uma chamada. Atendeu e a voz de Ethan fê-la sorrir:

- Acabei de chegar a casa. Os meus pais estavam passados da cabeça e o meu irmão disse que eu era louco, mas valeu a pena. Como estás?

- Eu estou bem. Como correu o voo?

- Foi calmo, mas é doloroso estar tão longe de ti agora.

- Também tenho pena, mas o Verão está quase aí e depois vens cá fazer uma visita.

- Então e como vais fazer com a escola?

- Vou começar as aulas hoje, é um projeto qualquer da escola que me ajuda a recuperar do tempo em que estive ausente.

- Fazes bem. Bem, tenho que desligar que estas chamadas ficam um balúrdio. Vamos falando pela net, ok?

- Sim. Adeus Ethan! Até à próxima!

- Até à próxima miúda!

Joanne poisou o telemóvel e foi preparar o material que iria necessitar para aquela tarde. Depois desceu as escadas e perguntou à mãe se a podia levar ao hospital antes do almoço.

- Espera só que eu acabe de arrumar a loiça e depois podemos ir. – respondeu ela.

Jo foi-se sentar no sofá enquanto aguardava que a mãe a chamasse para sair. Ligou a televisão. Olhava desinteressadamente para a trama do ecrã enquanto pensava em como a sua história daria um bom filme. Os seus pensamentos foram interrompidos pela voz da mãe. Levantou-se, apertou os atacadores das All Star que trazia nos pés e saiu, fechando a porta a trás de si. 

Everything Has An End - portuguesaOnde histórias criam vida. Descubra agora