Everything Has An End 13

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Joanne não pode sair de casa nos dias que se seguiram ao incidente, pois a sua mãe achava que poderia ser perigoso por ela ainda não estar totalmente bem. De qualquer maneira durante os meados de agosto, Miguel e Flynn eram visita constante na casa da rapariga.

Aos 15 anos Joanne tinha um melhor amigo espetacular e um namorado que era a pessoa mais maravilhosa que ela já conhecera, ou quase. Ela não tinha esquecido o passado de Flynn, mas nunca mais tinham falado sobre o assunto e ela já não se sentia tão perturbada, no fundo porque tinha a perfeita noção que o namorado se arrependera profundamente e que só fizera o que fizera em sinal de desespero.

 As noitadas dos três amigos em casa de Joanne tornaram-se mais frequentes e com o tempo Flynn e Miguel tornaram-se inseparáveis. Aquele verão estava a tornar-se inesquecível para todos. Aquele ano estava a ser um novo paço para Joanne, já não chorava todas as noites sozinha, as visitas ao cemitério tornavam-se menos dolorosas e o parque que antes lhe trazia mágoa era agora um pequeno símbolo do seu novo amor. A memória do rapaz de cabelo rebelde, alto, esguio e de olhos pretos era aos poucos substituída pelos olhos verdes, o cabelo preto, a voz de Pedro era agora abafada pela de Flynn. Não que ela o tivesse esquecido, ele estava num cantinho especial da memória de Joanne, mas era uma memória. Parecia que pela primeira vez em muitos anos o seu passado não estava a afetar o futuro, ou talvez seja melhor dizer que pela primeira vez ela via um futuro na sua vida e parecia ser bastante sorridente.

Quando Joanne já estava melhor foi com Flynn e Miguel ao centro comercial. Levou uma foto que ela e o seu namorado tinham tirado no dia do seu aniversário e aproveitaram a ocasião para tirarem fotos todos juntos e das aumentar para colocar numa moldura e afixar na parede do seu quarto. Depois foram comer um gelado:

- Está demasiado calor!- reclamou Flynn

- Isso é verdade. Mas o que me chateia neste momento é saber que não tarda nada vamos começar mais um ano letivo. Só queria que as férias nunca mais acabassem. – disse Miguel

- Férias, a palavra preferida de todos os alunos.- gozou Joanne

- Não. A minha palavra preferida é Joanne. – contestou Flynn – É a palavra mais maravilhosa que conheço. A única coisa que eu gosto mais do que a palavra Joanne é a minha namorada.

- Tu sabes que isso é a maior lamechice que eu já ouvi. – avisou Miguel

- Cala-te Miguel! O que ele disse é lindo. – discordou Jo

- Obrigada meu amor! – agradeceu Flynn

Beijaram-se e Miguel começou a fazer caretas para gozar. Será que lhe doía? Ele amava Joanne, ela era a rapariga de quem ela mais gostava á face da Terra e estava ali, nos braços do seu melhor amigo. No entanto, ele sabia que Joanne era feliz assim e sempre que a via sorrir ele pensava para si mesmo: “um dia eu hei de seguir em frente, por ti pequena e por mim.

No último dia de férias Miguel foi com os pais dar um passeio para o Norte do país e Joanne e Flynn ficaram sós. De manhã cedo , Flynn apareceu á porta da namorada para irem até ao parque. Quando lá chegaram sentaram-se no banquinho.

- Eu passei aqui alguns dos piores e dos melhores momentos da minha vida. Parece que este parque tem uma ligação comigo, como se fosse meu. – disse Jo enquanto o seu olhar se encontrava perdido pela paisagem.

- Como é que nos encontrámos? – questionou Flynn

- Acreditas no destino?

- Penso que não.

- Então não posso dizer que foi o destino que nos juntou no grupo para a corrida.

- Não, acho que não podes.

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