Everything Has An End 22

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Novo capítulo, pessoal. Espero que gostem:

- Bom dia! – Emma vinha alegre e com um ar que parecia revelar que tivera uma noite fantástica.

- Bom dia!

- Desculpem o incómodo de terem de dormir no mesmo quarto.

- Não foi um incómodo. – atirou Ethan prontamente.

- Está um dia fantástico para a nossa caminhada por Londres.

Londres. Joanne tinha-se esquecido completamente do passeio por Londres.

- Não me estou a sentir muito bem. Vão vocês os três, eu prefiro ficar a descansar. Talvez durante a tarde já me sinta melhor e ainda dê para fazer alguma coisa.

- Tens a certeza que queres ficar aqui sozinha?

- Sim, eu vou para o quarto e se for preciso alguma coisa eu ligo.

- Está bem. As melhoras.

Joanne ficou a vê-los irem-se embora. Levantou-se calmamente e foi para o quarto onde tinha dormido. Deu conta que tinha o telemóvel em cima da cama. Pegou nele e ao desbloqueá-lo viu que tinha uma mensagem de… Flynn.

“Olá princesa! O que tens feito? Não tens aparecido nas redes sociais. Tenho muitas saudades sabes?

Amo-te! Xx”

Flynn. O seu namorado Flynn. O namorado que jurara ser para sempre, que tinha mudado a sua vida. O namorado que ela amava… ou será que já não era bem assim?! Não teve coragem para responder a Flynn, não durante as primeiras horas, depois decidiu dar sinal de vida.

“ Olá! Eu não tenho ido ao computador porque estou em Londres com uns amigos. Vim fazer um casting para uma peça e fui escolhida.J Eu também tenho saudades.

Fica bem. Xx”

O “amo-te” não saiu, desta vez já não parecia tão certo como de todas as outras vezes. Uma confusão enorme instalou-se na cabeça de Joanne e agora ela não sabia o que havia de fazer. E aquele juramento de que nunca iria abandonar Flynn como toda a gente fizera? Mas ela não se podia enganar a si própria e muito menos a Flynn, ele não merecia a sua cabeça confusa, nem que ela se tivesse “apaixonado” por outra pessoa.

Alguém estava a bater à porta. Joanne foi abrir e Ethan surgiu com um saco verde na mão.

- Os pombinhos quiseram ir almoçar os dois juntos e eu pensei em trazer-te o almoço como tu não te estavas a sentir bem.

- Oh! Obrigada.

- De nada. Mas então, estás melhor?

- Sim, estou. Olha, eu preciso de falar contigo.

Ethan tirava pequenas caixas do saco verde.

- Estás a ouvir-me?

- Sim estou. Diz, o que queres falar?

- Eu estou confusa?

- Em relação a quê?

- A nós.

- Nós? Existe um nós?

- O problema é esse. Existe um nós?

- Eu deixei bem claro o meu ponto de vista em relação a isso quando te beijei e eu pensei que tu tinhas feito o mesmo quando disseste que não querias nada comigo.

- Eu só disse isso porque eu tenho namorado e não podia ir na conversa do primeiro rapaz que se interessava por mim quando mudo de país.

- Mas tu gostas de mim?

- Eu não sei, quer dizer, eu acho que tu és querido, lindo e por vezes parece que podia passar todo o tempo do mundo contigo…

- Oin! Isso é a coisa mais fofinha que me disseram. Eu quero que saibas que eu gosto muito de ti e eu sei que nos conhecemos há muito pouco tempo, mas a verdade é que eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por ti. Eu estou a falar muito a sério.

- Eu tenho que pensar, eu tenho que falar com o Flynn.

- Eu vou dar-te todo o tempo que precisares. Vá, agora vamos almoçar antes que a comida arrefeça.

Ethan pegou numa das caixas e entregou-a a Joanne com um enorme sorriso na cara, depois pegou na outra caixa e sentou-se do outro lado da cama, estendo as pernas por cima do colchão, Joanne imitou-o.

- Que delícia! Onde é que foste buscar isto?

- A um restaurante simpático ao final desta rua.

- Está mesmo muito bom. – Joanne sorria enquanto olhava os olhos castanhos de Ethan.

- Ainda bem que gostas. Adoro quando me olhas dessa maneira. És linda, sabias?

Ethan deixou cair os talheres no pacote de comida e pegou na mão de Joanne, estava suada e quente.

- Se já te sentes melhor queres vir dar uma volta comigo? Prometo que desta vez não te beijo, a não ser que queiras.

- Está bem, deixa-me só vestir uma roupa mais arranjadinha.

- Por mim podes ir assim. Estás sexy.

- Não brinques vá.

- Está bem. Vai lá mudar de roupa. Espero aqui.

Joanne tentou escolher a melhor roupa que tinha. Fez-lhe lembrar-se da azáfama para escolher o biquíni no dia do lago, no dia em que beijou Flynn pela primeira vez… Essas memórias não pareciam ir embora e não deviam, a relação deles não tinha acabado; estavam longe, mas supostamente continuavam juntos. Joanne não se podia esquecer que ele tinha de facto mudado a sua vida. Pegou no telemóvel para rever a sua imagem, os olhos verdes, o cabelo preto. Teve vontade de o abraçar, mas ele não estava ali. A única opção que tinha era Ethan e parecia-lhe bastante aliciante.

“And I give up forever too touch you, because I know that you feel me somehow”… A música “ Iris” invadiu a cabeça de Joanne e naquele momento ela refletiu naquelas palavras. Ela desistiria do “para sempre” com Flynn só porque Ethan a podia sentir e ela lhe podia tocar? Não seria isso um erro? Não era com Flynn que ela planeava passar o resto da vida? De qualquer maneira a volta com Ethan não iria ser uma traição. Ela nunca lhe tinha retribuído o beijo e se isso tivesse acontecido, e ela sabia que em parte era essa a sua vontade, era porque Flynn não era o rapaz certo.

Vestiu uma camisola justa e uns calções de ganga com umas meias da cor da pele por baixo. Pegou no casaco de cabedal escuro e voltou para perto de Ethan.

- Estás linda! Podemos ir agora?

- Sim. Penso que estou pronta.

Desceram pelo elevador e saíram para as ruas londrinas. Ethan guiou-a pelo Big Ben, Buckingham Palace, Convent Garden, pelo Museu de História Natural e pelo Madame Tussauds, entre outros. Enquanto passavam na Tower Bridge e paravam para tirar fotografias de recordação, Ethan agarrou Joanne pela cintura e capturou o momento enquanto lhe dava um beijo na face. A tarde passou rapidamente no meio de tantas coisas e Joanne e Ethan pararam no restaurante de onde tinha vindo o almoço para jantar.

A partida seria no dia seguinte e teriam de estar em casa por volta da hora de almoço porque nenhum deles tinha aulas de manhã, mas da parte da tarde teriam de estar presentes na escola. Desta maneira, os quatro jovens deitaram-se cedo.

Everything Has An End - portuguesaOnde histórias criam vida. Descubra agora