Everything Has An End - portuguesa

Everything Has An End 18

Já se tinham passado duas semana.

Joanne tinha dezasseis anos e agora vivia novamente em Inglaterra, os únicos amigos que tinha eram Emma e James.

Desde que tinha chegado, falara com Flynn apenas duas vezes e as saudades começavam a ser demasiadas. Miguel ligava-lhe todos os dias através do computador e Matilde aparecia pelo menos duas vezes por semana, no entanto Flynn não surgia na conversa e Joanne não tinha vontade de ser a primeira a falar nele. Porque é que aquilo estava a acontecer? Farta de não ter novidades ligou-lhe para o telemóvel. Atenderam do outro lado, mas era uma voz feminina que substituía a voz rouca de Flynn.

- Desculpe, devo ter-me enganado no número.

- Queria ligar para o Flynn?

- Sim.

- Então espere um pouco que eu vou chamá-lo.

O mundo caiu aos pés de Joanne. Flynn, o seu Flynn estava com outra rapariga.

- Estou quem fala?

Ao ouvir o rapaz do outro lado, Joanne não conseguiu responder e desligou a chamada. Tudo tinha ficado claro de repente. Ele não lhe ligava porque tinha seguido em frente e tudo o que ele lhe tinha dito não passava de mentiras. Joanne ligou para Emma, mas ela não atendeu a chamada. Desorientada, Jo pensou que seria melhor sair para arejar as ideias. Colocou o seu telemóvel no bolso e saiu para o meio da cidade. Andava cabisbaixa e sem rumo, quando uma pessoa a mandou parar.

- Desculpe, a menina podia assinar esta petição contra o abate de animais? - perguntou um rapaz alto e magro com cabelo castanho, assim como os olhos.

- Claro que sim.

Joanne pegou na caneta e assinou o seu nome num espaço que estava em branco.

- Muito obrigada! Desculpe a indiscrição, mas reparei que não está muito bem. Eu sou o Ethan. Se quiser podemos ir tomar qualquer coisa ali naquele café.

- Não é meu costume aceitar convites de pessoas que acabei de conhecer, mas fazia-me bem ter companhia, por isso aceito.

- Não se preocupe que eu não faço mal.

- Está bem. Mas trate-me por tu por favor.

- Então peço que também me trates por tu, afinal devemos ter uma idade próxima. Eu tenho dezoito anos.

- Eu tenho dezasseis acabados de fazer.

- Oh! Então parabéns.

- Obrigada. Ah! Já me esquecia! O meu nome é Joanne.

- Prazer em conhecer-te Joanne.

Ambos foram para o café e sentaram-se a conversar.

- És nova na cidade? É que não é um lugar muito grande e há poucas escolas e eu nunca te tinha visto antes.

- É quase isso. Eu nasci aqui, mas depois fui morar para Portugal e voltei há duas semanas.

- Uau! Deve ser difícil deixar tudo para trás assim de repente.

- Nem imaginas. Mas eu até gosto de estar aqui. Inglaterra é muito diferente de Portugal.

- Pois, isso é verdade. Eu fui lá uma vez nas férias de verão com o meu irmão, James que é um ano mais novo.

- Engraçado, um dos meus únicos amigos aqui em Inglaterra chama-se James, namora com a Emma que vive em minha casa.

- Tu é que és a rapariga lindíssima que vive na maior mansão da zona?