Everything Has An End - portuguesa

Everything Has An End 12

Joanne, Miguel e Flynn começaram a ficar cada vez mais juntos com o passar do tempo. Flynn sabia que Miguel não sentia apenas amizade pela sua namorada, mas de alguma maneira, isso não o incomodava muito, ele confiava em Joanne mais do que tudo na sua vida, por ela, ele meteria a mão no fogo, porque nunca se iria queimar.

Quando Joanne e Flynn fizeram dez -meses de namoro, a data coincidiu com o aniversário de Miguel, então foram os três dar um passeio de canoa. Estavam de férias e no ponto culminante do verão, o calor era intenso. Depois de remaram um bocado, decidiram dar um mergulho. Joanne e Flynn recordaram o episódio da cascata. O cabelo ruivo de Miguel brilhava, mas a sua pele começava a ficar ligeiramente tostada e ele decidiu ir deitar-se na sombra. Os outros dois ficaram a nadar durante mais um bocado. Quando começou a entardecer, juntaram-se todos mesa de piquenique e jantaram. Depois apanharam o autocarro para casa. Miguel morava perto de Joanne, mas o mesmo não acontecia com Flynn que ainda tinha que andar um bocado, então ele deixou-os na paragem e Jo foi com Miguel a partir daí.

- És feliz Jo? – questionou Miguel

- Sim, quer dizer, podia ser mais feliz, mas tenho-te a ti, à minha mãe e ao Flynn, vocês os três fazem-me uma das raparigas mais felizes deste Mundo. E tu?

- Eu sou, sou muito feliz. – enquanto dizia isto Miguel sorria imenso. Joanne passou-lhe a mão pelo cabelo, ela adorava sentir os caracóis do seu melhor amigo.

Continuaram a andar. Num momento repentino, um homem passou por eles e tentou roubar a carteira de Joanne. Miguel tentou puxá-la, mas o homem sacou de uma faca e começou a ameaça-los com a arma, num entanto Miguel resistiu. Joanne tentou gritar por ajuda, mas o homem enterrou-lhe a faca no braço e ela caiu sobre os joelhos. Miguel deu-lhe um murro que deixou o homem zonzo por uns momentos. Jo gritava de dor. Movido por uma força superior, Miguel pegou na faca e desenhou um corte profundo na perna do assaltante, de maneira a que ele não se movesse. Pegou no telemóvel e chamou a polícia, dizendo que se tratava de uma emergência. Quando a polícia chegou Joanne encontrava-se muito fraca, pois tinha perdido uma quantidade significativa de sangue. O homem foi levado por um carro da polícia, pois os seus ferimentos não exigiam tratamento hospitalar. Já Jo foi levada numa ambulância, acompanhada por Miguel. Enquanto se dirigiam para o hospital, o rapaz ligou à mãe de Joanne e a Flynn para lhes explicar o ocorrido. Os médicos disseram-lhes que os ferimentos que Joanne tinha sofrido só iriam precisar de pontos. Ficaram contentes por tudo não ter passado de um grande susto. Flynn estava aflito e só conseguia falar da namorada, quando ela acordou da anestesia, o rapaz deu-lhe um beijo longo.

- Nunca mais te deixo andar na rua! – brincou

- Não sei se quero… foi horrível.

- Foi um azar. O Miguel foi muito corajoso, ele salvou a tua vida.

- Eu estou tão grata por isso. Eu gostava de falar com ele.

- Vou chamá-lo. Atá já meu amor.

Passado uns instantes Miguel apareceu á porta. Estava notoriamente preocupado e parecia desnorteado.

- Como é que estás?

- Não muito bem. Tenho algumas dores, mas estou aqui e tenho que te agradecer.

- Não sejas parva. Eu não fiz nada, podias estar sã, se eu não tivesse resistido talvez ele tivesse fugido e não te fizesse nada.

- Tu foste um herói! Eu agradeço-te imenso Miguel.

- Eu dava a minha vida por ti pequena.

- E eu por ti. Tu sabes disso.

- Nem penses. Nunca arrisques nada por mim, tu tens muito mais para te agarrar.

- Não digas isso nem a brincar. Os teus pais, eu, o Flynn, a minha mãe, estamos cá sempre para ti.

- Sim eu sei. Vocês são todos maravilhosos. Agora descansa.

- Está bem, está bem.