Everything Has An End 30

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O trigésimo capítulo. Está a ser maravilhoso escrever para vocês e ver que ainda há algumas pessoas, apesar de poucas, que continuam a ler. Aproveito para dizer que os meus testes acabaram e que até meados de Janeiro vou ter mais tempo para escrever e quem sabe, talvez mesmo acabar a E.H.A.E e dar ínicio a novos projetos. Por enquanto fiquem com este capítulo. Espero que gostem: 

A noite caía. Em Inglaterra a mãe de Joanne preparava-se para apanhar o avião para Portugal. Estava desesperada, mas sabia que se a filha tinha fugido este era o seu destino. Como é que lhe podia ter feito isto? Apesar de saber e perceber as razões que levavam Joanne a cometer a fuga, não entendia como é que a filha, que sempre lhe contara tudo, tinha de repente sido capaz de tal ato de rebeldia.

Um assistente de bordo pediu-lhe o bilhete e desejou-lhe um bom voo. Dirigindo-se nervosamente para um lugar no meio da confusão, a mãe de Joanne estava pálida e tremia um pouco. Durante o voo, a pobre senhora não via a hora de poder abraçar a sua menina.

Quando o avião aterrou finalmente, a mãe de Joanne tentou ligar-lhe, mas como a chamada não foi atendida, apanhou um táxi para o hospital principal. Perguntou no balcão de informações pelos nomes de Flynn e Miguel e a recepcionista indicou-lhe o piso e o número do quarto. Correu até lá e viu Joanne sentada numa cadeira à porta do quarto.

- Filha! – gritou.

- O que fazes aqui? – Joanne não estava muito surpresa, mas tinha medo de qual seria a reação da mãe.

- Como é que fizeste isto tudo? Eu fiquei tão preocupada! Sabes o susto que me pregaste?! Eu estou muito desiludida contigo, Joanne!

- O sentimento é mútuo.

- Não me digas isso, eu sempre fiz tudo o que podia!

- Eu não te estou a julgar. Sempre te achei uma boa mãe. Mas o teu comportamento em relação a esta situação deixou-me muito triste, já para não falar do teu novo namoradinho. Já que não me tinhas contado nada, eu também não me senti na obrigação de te contar que estava a planear fugir. Justo, não?

- Não, claro que não! Se eu não tivesse a mínima ideia de onde tu podias estar, eu morreria de preocupação. És a coisa mais preciosa da minha vida!

- Desculpa! Mas eu tinha que vir, o Flynn acordou e eu tinha muitas coisas que não podia deixar por dizer.

- E o Miguel?

- Continua mal. Os médicos estão um bocado preocupados, no entanto acham que vai recuperar, só não se sabe quando, nem até que ponto.

- Oh filha, eu sei que isto é difícil para ti. Vai tudo correr bem. Ficamos aqui o tempo que precisares, vou só ligar para casa para avisar que estás bem.

- Obrigada e está bem.

A mãe de Joanne pegou no telemóvel e deu as novidades. Depois de acabar a chamada sentou-se junto da filha, que, apesar de estar mais calma, continuava angustiada pela situação de Miguel se manter igual.

*

A noite fez-se madrugada e ambas tinham aproveitado para dormir um bocadinho. Joanne despertou quando uma enfermeira lhe tocou levemente no ombro:

- Pode acompanhar-me, por favor?

- Sim, claro. Mas o que se passa?

- O médico quer falar consigo.

- Sabe se é algo de grave?

- Não, só me pediram para a vir chamar, não sei mais nada sobre o assunto.

Everything Has An End - portuguesaOnde histórias criam vida. Descubra agora