Um capítulo bem longo e mais uma vez um pouco forte! Espero que gostem!
Acordou sobressaltada. Adormecera a chorar e a cara estava ainda marcada pelas lágrimas que tinham corrido na noite anterior. Parecia tudo um sonho, tudo irreal, como se nada tivesse de facto acontecido.
Chagara a altura de revelar a decisão que tomara a Ethan, decisão essa que parecia em parte estúpida, mas por outro lado acertada. Joanne pegou no telemóvel com as mãos a tremer ligeiramente e digitou o número de Ethan. Após ouvir o sinal de chamada durante algum tempo, a voz terna e sonolenta do rapaz apareceu do outro lado da linha:
- Olá bom dia! A que devo o prazer de ouvir a tua voz?
- Eu acabei com o Flynn.
- Por mim?
- Por ti, por mim, por tudo… Será que eu fiz o correto?
- Eu sou a pior pessoa para responder à tua questão, mas sim.
- Então e o que devemos fazer agora?
- Conversar. Que tal se nos encontrarmos no Starbucks perto de tua casa?
- Parece-me uma boa ideia.
- Então encontramo-nos daqui a meia hora para tomar o pequeno almoço. Parece-te bem?
- Sim. Até já!
- Até já!
Joanne poisou o telemóvel na mesa de cabeceira. Vestiu uma camisa de ganga com umas calças também de ganga e um blusão preto. Atou o cabelo e saiu do quarto. Avisou a sua mãe que ia sair com Ethan e que iam para o café no final da rua e depois desceu as escadas e pôs-se a caminho. Avistou o Starbucks e passou os olhos pela esplanada na esperança de o encontrar sentado à sua espera, mas ele ainda não tinha chegado. Procurou uma mesa para dois e sentou-se virada para o nascer do sol encoberto pelo nevoeiro matinal. Esperou e a espera fê-la ficar cada vez mais nervosa, como se estivesse a fazer a coisa mais errada de sempre. Começou a avistar um rapaz alto e a visão acalmou-a. Ethan sentou à sua frente. Permaneceram os dois em silêncio. O rapaz sabia que aquela conversa poderia dar-lhe o que ele mais queria naquele momento… Joanne.
- Estava a ver que não vinhas. – Jo quebrou o silêncio.
- Eu não ia perder esta conversa por nada. Como é que te sentes?
- Para dizer a verdade sinto-me mal. Continuo confusa, mas pelo menos há uma parte de mim que está mais aliviada, mas essa parte só desperta quando estou contigo. No meio disto tudo acho que tu és a única coisa boa.
- Penso que isso é porque gostas de mim. Mesmo estando confusa e dividida, mesmo não sentindo por mim o que eu sinto por ti, tu sentes alguma coisa. Eu acho que se passarmos algum tempo juntos, se nos conhecermos melhor… quem sabe os teus sentimentos por mim não crescem?! Estás disposta a dar-nos uma oportunidade?
- Eu acho que sim, afinal tudo isto tem de ter um propósito… talvez sejas tu.
- Sim, talvez seja eu. – Ethan sorria, os seus olhos brilhavam e libertavam um pouco a consciência de Joanne. – Vamos acabar de comer o pequeno almoço e depois podemos ir passear, queres?
- Pode ser.
Joanne deu umas trincas no pão e bebeu o chá enquanto esperava que Ethan acabasse de devorar o muffin de chocolate. Levantaram-se e ele pegou-lhe na mão, obrigando-a a ficar mais próxima. Conseguia sentir o seu aroma fresco. Caminharam até ao parque e sentaram-se num pequeno banco de jardim. Ethan afagou-lhe a mão e depois moveu uma madeixa de cabelo que lhe caia sobre os olhos para trás da orelha e olhou-a fixamente. As suas caras aproximaram-se e ele depositou-lhe um beijo nos lábios, prendo-a com os braços. O beijo ficou um pouco mais intenso e ela sentiu a língua de Ethan a invadir a sua boca. As suas mãos percorriam as costas de Joanne. Ele parou e disse-lhe sem fôlego:
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Everything Has An End - portuguesa
Roman pour AdolescentsEsta é a história de Joanne, uma rapariga que nunca teve a vida simplificada. Jo (como os amigos a tratam) nasceu em Inglaterra, mas mudou-se para Portugal, onde fez novos amigos, incluindo Flynn, o rapaz que vai mudar por completo a sua vida e conf...