Eu Amo Meu Sequestrador

CAP 30

REVISADO.

DAKOTA.

Thomas estava sentado no chão de frente para a cama e escrevendo num pequeno caderno com capa de couro.

Ele tem um diário ?

- você me assustou. Digo o encarando. - por que está no chão ?. Fui até ele e me sentei do seu lado..
- gosto de sentar no chão, me ajuda a pensar melhor. Sorrir.
- não sabia que gostava de escrever.
- eu gosto de muitas coisas.

Todos já tinha ido embora e é assustador ver essa casa desse tamanho vazia.

Pedi para tomar café no caminho e fomos embora o mais rápido possível daquele lugar.

- você conhece a esposa do Victor ?. Ele me encara surpreso e assenti.- ela é gentil ?
- é a pessoa mais querida que conheço.
- você sabia que ela não pode ter filhos?. Thomas me encara rapidamente e volta a atenção para as estradas.
- o que mais ele te contou ?.
- que você é uma pessoa boa. Deito minha cabeça no banco.

- Victor não pode te dizer essas coisas.
- tenho uma pergunta. Ouço seu suspiro e sorrio por conseguir distrair ele.

- as crianças do orfanato... Por que não podem sair ?.
- aquelas crianças são minha responsabilidade, se acontecer alguma coisa...eu não vou conseguir superar.
- mas como elas chegam até o orfanato? Os pais só as deixam lá ?.
- a maioria era de um abrigo que faliu, quando decidi ter o orfanato foi mais uma desculpa para poder dar moradia a todas aquelas crianças. Ele me encara.- eu não prendo elas em um cativeiro, elas estudam na melhor escola da cidade, tem aulas particulares, tem seus brinquedos, ganham presentes... Se algum dia quiserem sair e descobrir sobre a família, eu não vou impedir.

Como ele pode ser um mafioso ?

Eu quero acreditar mas com essas atitudes humanas é um pouco difícil.

Paramos em um café bem confortável que eu nunca tinha visto mas Thomas estava se sentindo em casa.

- eu já volto, não saia daqui. Ele escolhe nossa mesa e assim que sento ele se afasta.

Sofia mandou uma mensagem dizendo que já estão todos na máfia se preparando para a próxima missão.

- Dakota ?. Uma mulher de cabelos loiros curto se senta na cadeira da frente.
- sim, eu te conheço?. Pergunto confusa.
- não, na verdade não. Ela nega. - Meu nome é Lisa, eu sou uma amiga do Thomas.
- é um prazer... O Thomas foi no...
- eu não quero falar com ele, vim ver você. Ela encara meu anel rapidamente. - vocês estão juntos a muito tempo ?.
- não estamos juntos, ele só está cuidando de mim.
- eu conheço o Thomas desde criança, ele é um amor e eu sei que voces tem algo, acho que todo mundo dessa cidade sabe. Sorrir. - eu não quero incomodar você, não vim causar problemas. Ela tira um envolve da bolsa e coloca na mesa. - é meu aniversário neste sábado e eu irei fazer uma pequena festa, gostaria que fosse, não vai ser uma festa com homens de terno e vestido de gala, eu prometo.

Sorrio com suas palavras.

- obrigada pela gentileza, eu vou adorar ir em uma festa com pessoas normais. Pego o envelope.
- eu já vou então, vejo vocês lá. Sorrir e some pelo corredor.

Fiquei encarando o envelope até meu café chegar e me despertar.

- o que é isso ?. Thomas senta do meu lado observando o envelope.
- sua amiga, Lisa. Ele parece surpreso então abre o mesmo.
- não sabia que ela estava na cidade. Ele dá de ombros.
- ela disse que te conhece desde criança, não sabia que tinha uma amiga tão próxima.
- talvez, só crescemos juntos mas ela acabou se afastando com o tempo. Ele coloca o capuz quando o café começa a encher de pessoas. - como ela sabia quem era você ?.
- eu não faço ideia. Digo dando um selinho. - quer sair daqui ?.
- eu estou bem.

Tomamos café e comemos uma torta de frutas vermelhas que estava dos Deuses, eu prometi para o senhor do balcão que voltaria para poder comer de novo, ele disse que a próxima seria por conta dele.

Amo os senhores do café, são tão cavaleiros.

Estávamos dentro do carro conversando sobre os lugares que temos vontade de conhecer quando surge um carro da polícia atrás da gente.

Eu acho que meu coração saiu no peito e ficou fora por uns 20 segundos.

- está tudo bem, calma. Thomas disse encostando o carro e segurando minha mão.

Thomas desceu do carro e eu queria ter ficado sentada no meu banco, imóvel mas acabei descendo também e ficando do seu lado.

- Thomas Zoff, que surpresa você na cidade. Um deles caminha na nossa direção.
- só estou de passagem. Ele disse sério, nunca tinha visto ele tão sério na vida. - algum problema ?.
- calma rapaz, é só rotina, quem é a garota ?.
- ela está comigo. Ele disse ficando um pouco a minha frente.

- Dakota. Digo sorrindo gentilmente. - ele só estava me levando para a casa.

O policial contorna o carro do Thomas enquanto o outro fica me encarando de cima a baixo.

- quando vai embora ?.
- não sei, posso ficar por quanto tempo?. Thomas pergunta de forma irônica. - eu não te devo satisfação Harry, já fez seu trabalho?.

O mesmo assente e se afasta.

Estava indo até o meu assento quando o outro policial entra na minha frente sem dizer nada, apenas fica me encarando.

- manda seu amigo se afastar se não vamos ter muitos problemas. Ouço Thomas dizer para o tal do Harry.

Eu conseguia ouvir as batidas do meu coração, de tão nervosa.

- vamos embora. Disse quando finalmente o policial se afasta.

Uffa!

Entrei no carro quase que correndo e travei a porta.

- tudo bem ?. Ele passa a mão no meu rosto analisando o mesmo.  Assenti e logo saímos dali.

Depois disso minha mente ficou assustada e não conseguia falar nada, só queria estar segura em algum lugar.

O caminho até o local onde os meninos estavam não demorou muito.

- que bicho você viu ?. Sofia caminha até mim.
- nada, foi só alguns policiais.

Eu nunca sei onde estou quando entro aqui, é como se o mundo lá fora não existisse, fui para o único lugar que me lembrava de ser calmo.

O quarto do Thomas.

Por que todo mundo trata ele como se ele fosse uma autoridade ? Nem os policiais tiveram coragem de desafiar ele, isso me deixou muito assustada.

Quando ele está comigo ou com as crianças do orfanato, ele parece ser tão diferente.