CAP 42

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REVISADO.

Eu não sei por onde eu começo!!

Foi a noite mais louca da minha vida!

A festa foi boa, deu tudo certo mas óbvio que estava bom demais para ser verdade, tinha que acontecer mais alguma coisa.

Durante todo o evento Thomas não saiu do meu lado, ele foi paciente, não respondeu ninguém com ignorância e até relevou as piadas que fizeram sobre ele estar casado agora.

Eu fiquei surpresa por ele não ter perdido a paciência.

Mas isso não foi o bastante.

Na horas das homenagens, passa uma greve resumo do trabalho de alguns deles...

Trabalho dos quais foram importantes, teve sucesso e  tudo mais.

Na nossa mesa estava todo o grupo, quando simplesmente um garoto sobe no palco e corta a homenagem que possivelmente seria do Thomas.

Ele pegou o microfone e disse bem alto e claro para todos que eu era a garota sequestrada, pelo serviço do pai dele e que Thomas falhou na missão quando além de matar meus pais, matou o pai dele também.

Eu juro que eu não sabia o que fazer.

Não fiquei triste nem nada do tipo, mas Thomas virou outra pessoa e foi para cima do garoto com tudo. Os dois começaram a brigar e só o Robert não foi suficiente para conseguir fazer ele parar de bater no garoto, Daniel entrou no meio e a Kamila me levou para o quarto do hotel.

Não tinha como ficar ali.

E bem no final, a festa se tornou uma loucura.

- bebe isso. Ela me estende um copo. Eu estou tão preocupada com ele, será que ele matou aquele garoto de tanto bater ??.
- eu tenho que ir lá.
- não, você não pode. Kamila me segura. - eles vão dar um jeito, fica calma.
- eu acho que vou desmaiar.

Daniel abriu a porta com toda força que tinha e jogou Thomas para dentro do quarto.

- não me faça fazer isso de novo....quase acabou com tudo. Ele estava furioso e vermelho.
- eu acho melhor a gente ir. Kamila sai do quarto levando Daniel e fecha a porta.

Corri até ele e só consegui abraçar o mesmo.

Ele não disse nada, apenas retribuiu o abraço e consegui ver suas mãos sujas de sangue.

Ficamos um bom tempo assim até meu coração parar de bater mais forte do que ele deveria.

- você está bem ? Ele sorri gentilmente. - sinto muito por tudo.
- eu estou bem, não se preocupe com isso...eles são um bando de idiotas.

Tomamos banho e eu consegui ver vários calos na sua mão.

- você deixou ele bem machucado pelo jeito. Pego algumas faixas para a sua mão.
- ele mereceu bem mais.
- ele disse que é filho do homem com quem você trabalhava.
- é um mimado idiota, alguém precisava colocar ele no lugar.
- acho que a gente deveria ir embora. Ele assenti.

Nossa noite não foi tão mal assim!!

Organizei nossas malas, vesti meu famoso moletom e ele também.

Esperamos a poeira abaixar e todos irem para os seus devido quarto, para que a gente saísse sem chamar mais atenção.

- e os meninos ?.
- eu aviso eles no caminho. Disse pegando as malas.

Colocamos tudo no carro e finalmente fomos embora.

Só nós dois.

- estava com saudades disso. Olho para ele que está focado na estrada. - de ser apenas eu e você.
- eu gosto disso, de ter essa paz.
- eu também. Sorrio. - sabe que eu estou com saudades do orfanato ? Gosto daquelas crianças.
- podemos ir lá quanto chegar. Assenti.

Avisamos os meninos que fomos na frente.

- pensei que íamos em um avião com os outros. Digo assim que entramos num jatinho.
- eu não quero ficar mais um segundo aqui. Se aconchega na poltrona.

Ele de terno é lindo mas ele de moletom como um bad boy é perfeito demais.

Como não dormimos desde a festa, eu literalmente apaguei de um lado do avião e ele do outro.

Pelo menos no céu não tem perigo, eu acho!!.

.....

Aqui estava chovendo, ainda bem que viemos de moletom.

- da próxima vez vou trazer algo melhor. Digo para a Ana.

Comprei algumas maquiagens no dia que fizemos compras lá no hotel e lembrei dela quando vi maquiagens de criança.

- eu gostei muito, minhas amigas vão ficar com inveja quando souber que ganhei maquiagem importada. Ela sorrir. - obrigada.
- eu que agradeço querida...como está a escola ?.
- estou com dificuldade em matemática.
- ninguém é bom em matemática. Sorrio.

- achei vocês. Thomas entra no quarto. - o que estão aprontando ?
- ganhei presente. Ana mostra Thomas as sacolas.
- vou ficar com inveja desse jeito. Pego ela no colo.
- tio Thomas...posso te perguntar uma coisa ?

Tio Thomas ?? Não tenho estrutura pra isso!!

- o que quiser.
- Benjamim tem um papai ?

Eu o encarei totalmente surpresa, ele ficou calado por alguns minutos antes de responder.

- claro que sim, assim como você e todos os outros. Ele sorriu para ela.- por quê ?
- na escola...as outras crianças ficam rindo da gente, porque não são nossos pais que nos levam a escola.

Aí meu Deus!!

Eu não sei lidar com isso.

- Ana, você quer que eu te leve para a escola amanhã ?. Pergunto quando vi que Thomas não ia saber o que falar.
- quero. Pula do colo do Thomas e vem até mim.- vamos de carro ?.
- claro.
- eu nunca fui para a escola de carro...podemos levar as outras crianças também ?.

Thomas começou a rir.

Como não pensei nisso ?? É claro que tem mais crianças.

- não acho que vai caber todas no mesmo carro mas todas vão de carro Simm.
- Ebaaa...obrigada Dakota, vou contar para o Benjamim. Ela saiu do quarto correndo.

- não devia ter feito isso. Ele não conseguia parar de sorrir.
- acha mesmo que vou deixar um bando de crianças mimadas rirem dos meus pequenos ? Jamais. Cruzo os braços.
- é perigoso demais, elas não fazem ideia de quem somos e o que pode acontecer.
- por favor!! Nós vamos conseguir, vai ser rápido.

Passar o fim de tarde no orfanato foi ótimo, aquelas crianças são tão doces e é um lugar tão calmo, transmite uma paz incrível.

- o que quer fazer agora ?. Pergunta assim que entramos no carro.
- quero ir para a casa. Seguro a sua mão.
- nossa casa.

Eu Amo Meu SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora