CAP 27

1K 55 0
                                    

   
REVISADO

- você está bem?. Victor pergunta assim que entra na minha casa.

Como ele veio tão rápido?

- eu estou, só achei que devia saber por isso liguei, desculpa se atrapalhei sua noite.
- Dakota eu trabalho com isso, você não atrapalhou nada. Ele vai até a janela- aquele era o carro?.

Sim!!

Um carro nada comum e com vidros totalmente escuro, obviamente eu nunca vi este carro na minha vida e não era de costume parar carros assim na minha rua.

Assenti para Victor quando meu celular começou a tocar.

- voce está bem?. A voz do Thomas estava num tom de preocupação.
- eu estou bem, está tudo certo... Victor está aqui.
- passe o celular para ele por favor.
- ok.

Sabe quando você está num rio onde todos os seus amigos pulam sem se preocupar com o que tem lá em baixo e você é a única pessoa que fica observando por que não sabe nadar e tem medo de ter um monte de bichos lá em baixo?? Então, é exatamente assim que me sinto agora.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo e nem porque eu estava sendo perseguida.

Quem persegue alguém assim do nada? Ou melhor o quão perigoso Thomas é para que alguém venha atrás de mim?

- você consegue pegar o que precisa em 10 minutos ?. Victor me entrega o celular.
- o que aconteceu ?. Fico apavorada.
- preciso tirar você daqui, Thomas pediu para que não demore.

Subo as escadas correndo e pego a primeira mochila que vejo na minha frente, coloquei blusas, calça e um casaco, como eu tinha acabado de chegar do mercado, eu estava de tênis e minha roupa do hospital.

Peguei o que eu geralmente usava no dia a dia e desci as escadas como se tivesse um homem no meu quarto tentando me prender.

- estou pronta.

O carro não estava lá mais, o que me deixou um pouco aliviada. Assim que entrei no carro de Victor coloquei o cinto e rezei para meus vizinhos estarem dormindo, não que eu seja muito vista por aqui mas toda semana estou saindo e entrando em um carro diferente! Isso não soa muito bem.

Depois de um tempo em silêncio resolvo puxar assunto com Victor.

- você gosta do seu trabalho?. Victor não estava esperando minha pergunta então sorriu como resposta.
- eu aprendi a gostar com o tempo, mas se quer saber se eu sonhava com esse trabalho, obviamente não.  Respira fundo.
- você usa aliança... Sua esposa também faz algo parecido?.  Ele nega.
- ela é professora do fundamental.
- que fofo.

- como conheceu o Thomas ?. Na verdade eu devia fazer essa pergunta para ele mas invés disso era Victor que me perguntava.

Acho que ele não vai gostar da resposta.

- ele me sequestrou a uns meses atrás. Victor quase perde o controle do carro quando me olha incrédulo.- eu...perdi meus pais nessa brincadeira aí. Deito minha cabeça na janela.
- está me dizendo que o Thomas sequestrou você e matou seus pais? Está falando do mesmo Thomas que eu conheço?.
- parece que não conhecemos o mesmo Thomas ainda. Sorrio. - nem sei por onde começar mas...foi uma loucura.

- eu não consigo acreditar!!.

Resolvi não dizer mais nada porque no fundo eu nem sabia ao certo o que dizer, para mim é tão confuso entender, minha vida mudou da água para o vinho da noite para o dia.

- vou te contar algo mas não conte a ninguém, nem mesmo para ele. Levanto minha cabeça para poder encará-lo. - minha esposa não pode ter filhos e ela trabalha com crianças, sempre foi apaixonada por elas...quando conheci Thomas, ele me tratou com tanto respeito e levou minha amizade tanto a sério que consideramos ele como um filho, ele não é uma criança que criamos no berço mas ele foi exatamente o que sempre pedimos a Deus. Não consigo parar de encará-lo. - provavelmente ele ainda não te contou nada sobre a família dele mas ele teve um passado perturbador e ele não transmite nem metade de tudo que já passou para as pessoas, eu não sei o que aconteceu com seus pais mas pode ter certeza que foi mais difícil para ele fazer aquilo do que você imagina.

Fiquei calada por alguns segundos e quando tentei dizer algo, ele parou o carro.

- consigo ver o quanto você gosta dele e o quanto ele gosta de você, se quer uma dica...encare isso como um novo desafio e não como um precipício que a vida te jogou.

Minha única reação foi abraçá-lo e eu teria ficado mais ali se alguém não tivesse aberto a porta do carro.

- atrapalho ?. Thomas sorrir nos encarando.
- ele precisava de um abraço, até mais Victor, muito obrigada. O mesmo assenti e vai embora.

Quando finalmente olho para Thomas ele estava lindo como sempre.

- não ganho um abraço também?. Pergunta com as mãos no bolso.

O abraço e foi impossível não beijá-lo depois disso.  Thomas retribuiu me puxando para mais perto e segurando meu rosto.

- eu também estava com saudades. Sorrir. - mas agora acho que você vai ter um pequeno problema. Ele sussurra.
- qual é?.
- não vai mais ficar longe de mim.
- isso significa que...
- significa que preciso de uma resposta sobre a proposta que te fiz mas isso fica para outra hora, seu segurança está querendo te ver. Ele se afasta e só então conseguir que o Daniel estava aqui.

Oh meu Deus!!

Não acredito.

Corro na sua direção super feliz e animada por eu não ser a única de fora desse lugar.

- o que está fazendo aqui?. Pergunto me aproximando.
- acho que gostamos das mesmas coisas. Ele sorrir me abraçando.
- você veio ver a Kamila ?.  O mesmo assenti.

Thomas se aproxima e passa o braço envolta da minha cintura.

Ele ainda está um pouco contraído com a situação mas sei que está dando o seu melhor.

Só depois de me acalmar conseguir ver onde estávamos, era a mesma casa que vim com Thomas a algumas semanas atrás.

O seu esconderijo seguro.

Estávamos do lado de fora e só então prestei atenção em como havia sistema de segurança até nós jardins.

- vamos entrar, não é uma boa ideia ficar aqui fora. O mesmo me guia para dentro de casa.

Ainda não acredito que o Daniel está aqui e que os dois não estão tentando se matar.

Vai ser emocionante quando a Kamila chegar.

Eu Amo Meu SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora