L.V ficou sem reação. Sem atitude. O que poderia ter feito? Aquele título não fora imposto por ele. Líder. Nem sabia o que um líder fazia. Não havia pedido para tal. Robert estava certo, não era um líder. Um líder não deixaria chegar ao ponto que chegou. Perdera mais um. – Ele me despertou. Não apenas eu. Todos! Devemos a ele. Por mais que ele é chato, o conheço há mais tempo. I.N. Porque o defendo? Não faz nem um mês que o conheço. E se Robert estiver com a razão? E se... – O aspirante à líder fora acordado de seu devaneio pessimista.
– Robert tomou sua decisão. Mas nós, não podemos desistir! Lutaremos até o fim. Faremos tocaia na madrugada que se estende e, se algum Acordador aparecer, o destruiremos. Dou a minha palavra! – Proclamou I.N com uma voz potente.
O silêncio pairava no Aposento. Deitados, M.F e B.F discutiam baixinho sobre quem venceria primeiro um Acordador. Já C.D, dormia sereno. Um sono merecido, afinal, acabara de dar lugar à L.V na guarda. Abraçado todo encolhido ao único travesseiro, de tanto medo, encontrava-se S.F. Antes do mesmo apagar e cair no sono profundo, não parou de repetir que os Acordadores iriam pegá-lo e que, por ser azarado, morreria primeiro. Foi A.E que o silenciou. – Tome meu travesseiro S.F. Abrace-o. Logo, amanhecerá. – S.F sorriu. Sabia da importância do objeto em seus braços. A.E havia aguardado loucamente pelo seu dia de dormir aconchegadamente e que, agora, havia emprestado e perdido a chance. Para o baixinho, a situação foi um alívio. Aproveitou a deixa e desceu às escadas. Estava inquieto com sua bexiga apertada e, a gororoba de hoje, o fizera mal. Não havia "caído legal". Precisou ir ao Trono. Por fim, ao lado de C.D, I.N descansava. Seria o próximo a ficar de tocaia.
Caminhando lentamente até o banheiro, o garoto de corpo pouco desenvolvido era observado à distância por L.V. A fim de ocultar a guerra infernal dos barulhos de tiros de canhões que seu estômago travava, A.E assoviava uma música hit que surgira em sua mente. Mesmo para ele, estranhava em saber tal canção e, sobre sua vida, nada.
Garoava em Paraíso, o que dificultava a visão plena, mesmo assim, o desacreditado líder pode ver ao fundo aquele ser surgir em meio à escuridão. Lentamente em direção ao desafortunado. Para o azar, a chuva intensificou-se dificultando assim, o campo de visão. A percepção fora perdida. Não adiantaria gritar. Não adiantaria nem mesmo tentar acertá-lo com uma flecha. Seria difícil e muito provavelmente, inútil.
A criatura, mais grotesca do que de costume, por estar totalmente nua (sem seu traje habitual), estava cada vez mais próxima de seu destino. De seu jantar. Seu pequeno alimento. Sem muito que raciocinar, L.V desceu para ajudar o amigo. Na pressa, esbarrou em I.N. Despertando-o.
– A.E! Corre! – Uma voz surgiu no pensamento do miúdo.
– A.E! ATRÁS DE VOCÊ! A.E... CORRE! – Quando o pequeno percebe que aquela voz que matutava em sua cabeça era de L.V, vira no intuito de procurar o amigo. É então que se depara com a criatura maldita. Enquanto isso, um I.N ainda sonolento, arquitetava seu plano à medida que descia as escadas. "Aquele nariz de batata vai se ver comigo. Pisa na minha mão e nem se desculpa? É... deve ter dado uma colossal dor de barriga nele..."
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PROJETO I.N - DESPERTAR
Ciencia Ficción*** Livro sem REVISÃO PROFISSIONAL. Contêm erros gramaticais e de digitação. Este foi minha primeira tentativa de escrever algo e, portanto, necessita de melhorias. O quanto antes passará por revisão profissional. Espero que entendam. *** Obra regis...