Epílogo (Revisado)

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Um belo dia ensolarado, I.N relaxava sob as sombras das macieiras depois de finalmente conseguir uma pequena fresta nos entulhos explodidos por Robert. Com seus olhos cerrados, pôs a imaginar pássaros canoros gorjeando em suas orelhas. Abelhas zumbindo nos campos floridos. Havia uma brisa muito gentil. I.N estava muito relaxado. Cochilou por alguns minutos. De repente, uma maçã caiu sobre sua cabeça o acordando assustadoramente. Olhou para cima. "Com certeza um pássaro ou esquilo derrubou esta maçã da árvore". – Pensou. Mas não havia pássaros ou esquilos na árvore. Ou por perto. Ou em lugar algum de Paraíso. A brisa ainda era fraca, não poderia ter feito à maçã cair. Então, uma ideia brilhou em sua mente. Uma ideia que fez esquecer a dor causada pela batida da maçã. Ele pensou novamente: "Apenas alguns minutos antes, a maçã estava pendurada na árvore. Agora, ela está no chão. Nenhuma força externa a fez cair". Em um súbito momento, I.N começa a gritar o nome de sua amada. Mesmo assustada pela gritaria, a garota prontamente veio ao seu encontro.

– Anne! Anne! Eu... eu...

– Meu Deus! I.N, você vai... Respire... respire. Isso. Muito bem. Agora, com calma, me diga o que aconteceu? O que te fez agir como um doido? Ficou maluco?

–Eu sei quem eu sou! O porquê estou aqui. Eu... eu lembro tudo. Quem eu sou. Quem você é e... Porque você veio? Eu insisti para que o Tycho não te falasse nada sobre a explosão. Era para você não estar no laboratório quando tudo explodisse. Você deveria ter uma vida... longe de mim. Longe de... Anne, eu só trago sofrimento. Lágrimas.Dores. Será que todas às vezes ele não me ouvirá? Como mudar se tudo ou todos age igual? Ok. Deixe me pensar. – o garoto então fecha os olhos por alguns instantes – Certo! Primeiro vamos nos concentrar em sair. Explicarei: Eu consegui abrir uma pequena passagem lá no portal. Se continuarmos... sairemos. A história tem que progredir. Tem que ter um fim. Porém, a partir do momento que sairmos, tudo será diferente. Tudo que já vivemos, poderá mudar. Não digo nosso passado, mas sim, nosso futuro. Tudo que sei, poderá não ser válido ao sairmos do Ponto-X. Talvez nada mude. Mas, pode ser que, ainda haja uma chance de não cometermos os mesmos erros. Anne, uma coisa eu te prometo: Colocarei um ponto final de uma vez por toda. Vamos! Preciso voltar a escavar. Siga-me que no caminho te conto tudo.

– Senhor presidente, entraremos no ar em 10 minutos

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– Senhor presidente, entraremos no ar em 10 minutos.

(Vice-presidente Andrew Washington, um iraquiano alto e ágil, com a pele cor de amêndoa acastanhada, fartas sobrancelhas e um nariz grande e adunco. Como de praxe, adorava exibir sua vasta barba. Havia conquistado o cargo de presidente dos EUA a menos de meia hora, já que o atual não havia aguentado a pressão do ocorrido e se deu um tiro único em sua cabeça)

A pressão dominara todos. Também, ter que anunciar o fim do mundo não seria tarefa fácil. Até mesmo Andrew não acreditava nas palavras que teria que pronunciar: "Destruímos a Lua". – ria por dentro – Destruímos nada. Foi a China que destruiu. A superpopulação veio de lá! Da segunda maior potência mundial. E numa medida extrema para enviar metade de sua população para nosso satélite natural, destruiu a órbita lunar. Eles que ferraram tudo. Mas não culpo apenas a China não. A culpa mesmo é do Brasil! Só foram atingir o último patamar, o último degrau e tornar a maior potência mundial, para estragar tudo. O famoso "projeto ambicioso" que mudaria o jeito de nos locomovermos foi uma total catástrofe. "Posto Eletro-Magnebrás: O único para seu veículo voador". A China fabricando os carros voadores e o Brasil o combustível. Deu merda! Os dois países usaram todos os recursos disponíveis da Terra. Eu sei que deu certo... Que foi divertida a experiência de voar num Corvette conversível, mas, mesmo assim, o preço foi alto. Impagável eu diria. Tudo por causa do Brasil ter implantado sua filosofia na China. De um país liberal. Livre. E assim vieram os filhos miscigenados. E mais filhos. E mais gente. E a taxa de natalidade do país foi crescendo absurdamente. E crescendo. Chegando ao limite. Então, sem explicações, resolveram abandonar o planeta. Deu no que deu! Mas nada disso poderia ser dito. Agora, Andrew era presidente e não podia, em meio ao caos, anunciar uma guerra. Mas estava por vim. Ele sabia disso. Os EUA estavam se preparando para isso há tempos. Mas, naquele momento, ele teria que dar palavras de conforto a sua população.

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