Capítulo 24 (Revisado)

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B.F, precisamos ir mais rápido. Ouvi um grito lá na frente. Eles podem estar precisando de nossa ajuda.

– Eu preciso de uma pausa I.N. Estou cansado e meus pés não estão mais aguentando. Se o M.F estivesse aqui, com certeza diria que é porque estou um pouco acima do peso.

– Não B.F, não podemos parar. Eles já nos ajudaram muito com essas demarcações pelo caminho. Precisamos cooperar. Se acelerarmos os passos, chegaremos em alguns minutos... Eu ouvi direito? Você disse: Um pouco acima do peso?

– Não começa...

– Foi mal, estou tentando me distrair. Depois que ouvimos aquele grito, tudo cessou. Está muito tranquilo e quieto para meu gosto. Sabemos que os Acordadores seguiram o A.E e...

– Sinto lhe dizer, mas aquele grito que ouvimos é do A.E.

– Oh Deus! Por favor, não...

– Acalme-se I.N, não se precipite. Não deve ter acontecido nada. Talvez fosse apenas eles gritando de alegria por terem aberto a porta. Vai saber... – deu de ombros – Quanto falta para chegarmos?

– Passando por essas casas, mais umas duas quadras.

– Vamos acelerar o passo... Eu consigo! – B.F não queria preocupar o amigo, mais ele também estava preocupado com o grito que ouvira. Aquele grito, não fora de felicidade. Sabia disso. Mas não poderia ser dito.

Destrincharam um vasto campo de céu aberto. I.N logo reverenciou ao notar onde estavam.Próximo à fonte da estátua quebrada, um rastro de sangue permanecia. Ed.Abandonaram o recinto. Aceleraram ainda mais os passos. Esquerda, direita.Correram num extenso corredor nebuloso e, então, em meio à sangria, fedor e Acordadores mortos, avistaram seus amigos.

Correram num extenso corredor nebuloso e, então, em meio à sangria, fedor e Acordadores mortos, avistaram seus amigos

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– Meu Deus! I.N... – gaguejava copiosamente – Eu... é... foi... eu... foi um massacre. Estávamos vencendo e eram tantos... Como... Não havia como... – Aquele ser magérrimo jorrava palavras ao vento. Eufórico. Assustado. Trêmulo. Parou para respirar e ajeitar seus óculos. Então, voltou a golfar palavras sem sentidos. Tristeza em cada uma. – Não houve tempo de... Ou atacávamos ou nos protegíamos. Foi tudo muito rápido e...

– S.F respira. – I.N tentou acalmá-lo – Isso mesmo, com calma. Respire. Devagar. Devagar. Pronto? Agora, com calma, me diga o que houve.

– O L.V... gritou... para o A.E esquivar do ataque de um Acordador, mas...

– Não! O A.E, não. – Interrompeu I.N com os olhos já lacrimejando. Emudecido, olha para próximo da porta de saída e vê aquele corpo com alguns ferimentos estendido. C.D encontrava-se próximo do local. O jovem de cabelo loiro imediatamente corre em direção ao amigo caído. Lágrimas ecoam dos olhos, percorrem sua face e nutri a terra ressecada. Vez ou outra sente o gosto amargo em sua boca. Desaba. Mal sentira o pedregulho prensado entre o solo descalvado e um dos seus joelhos. Sem dizer uma só palavra, abraça seu melhor amigo. Seu companheiro. Seu irmão. Um abraço forte e calorento.

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