Escuridão. Tudo estava tão calado. Quieto. Quanto tempo havia passado? Por um momento tudo ao redor tranquilizou. Então veio a dor. Onde não doía? Rastejando, I.N agarra um punhado de grama. Tenta apertá-la firmemente. Ele quer levantar. Erguer-se. Não consegue. Está sem forças. Sangue ecoa de sua testa, escorre próximo a seus olhos e é despachado sobre a terra úmida. "Como o líquido é vermelho vivo". – Admira-se. Após, engatinha lentamente. Pára. Com muita força e sofrimento, apoia em seu joelho. Levanta-se. Com a visão turva, olha fixamente ao redor. Está à procura de Anne. Encontra seu mal, seu carma. Robert. Intocável. Sem nenhum arranhão. Poderoso.
–Cansou seu verme? Cansou de apanhar? Ainda nem suei. Vou brincar muito com você antes de te matar. – Bradou Robert indo a toda velocidade de encontro ao seu destino. Olhos de fúria. I.N então sente um possante pontapé em seu tórax. Sabe-se que pelo menos uma de suas vinte e quatro costelas trincou. Arqueja. O ar falta em seus pulmões. Naquele exato momento, tem a lembrança de um jogador de futebol sem rosto cobrando um pênalti. Não soube o porquê deste pensamento repentino e, diga-se por sinal, tardio demais. Tudo se apaga antes mesmo de poder sentir seu corpo chocar-se medonhamente contra o solo. Seu fim estava próximo.
Caminharam por um longo caminho linear. A princípio, nada se via.
– Está muito escuro e apertado aqui dentro. Não consigo enxergar nada neste extenso corredor. As paredes, elas... estão se movimentando e... É úmida. Gosmenta. Consigo por a mão dentro da... Eca! – S.F repulsou instantaneamente sua mão quando a mesma atravessou aquilo que era para ser sólido e consistente.
Foi então que surgiram os primeiros feixes de luz formando pontes luminosas. Essas luzes cortavam a imensidão negra até se perder de vista. Seguindo o fluxo, uma espiral luminosa era entrelaçada. Uma espécie de teia orbicular, aos poucos, se formava.
– Fica quieto seu medroso. Fala baixo! Você não sabe o que pode nos esperar do outro lado. Podem estar nos ouvindo só esperando para nos matarem. – Sussurrou B.F para o sabichão.
– O importante é sairmos daqui o mais rápido possível. Livres. – Falara A.E pela primeira vez após o ocorrido com L.V. Aos poucos, recuperava sua autoestima e confiança.
Seguiram em frente com C.D sendo o pioneiro. Aquele que desbravaria o desconhecido à frente. Logo atrás e, respectivamente, estavam S.F, A.E e B.F. O corredor permanecia tranquilo e estático. Infelizmente, não por muito tempo. Toda aquela luz, toda aquela singularidade, encontrava seu fim em um perfeito vórtex ao redor de uma esfera negra de pouco mais de dois metros de diâmetro. Tão negra quanto os olhos de Robert.
A misteriosa sala que até então estava em um clima aconchegante, instantaneamente clareia. Aquela sensação que S.F sentiu quando pôs a mão sobre a parede, estava mais do que certa. Na verdade, às paredes eram enormes massas gelatinosas inconsistentes. Densas. Transparentes. Como uma onda no mar, via-se luz percorrer todo o caminho. Cada vez mais intenso. Mais vivo. Automaticamente, toda a temperatura da superfície gelatinosa se eleva, transformando o recinto, numa enorme estufa quente e abafada. Um pensamento unilateral passeou por cada garoto: "É hora de dar o fora!".
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PROJETO I.N - DESPERTAR
Science Fiction*** Livro sem REVISÃO PROFISSIONAL. Contêm erros gramaticais e de digitação. Este foi minha primeira tentativa de escrever algo e, portanto, necessita de melhorias. O quanto antes passará por revisão profissional. Espero que entendam. *** Obra regis...