Capítulo 12 (Revisado)

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Todos correm em direção ao desconhecido, querendo saber quem é aquele ser tão diferente. Uma mulher. Talvez I.N não tivera notado e, se notou, calara. O fato era que em Paraíso não existia mulher, até agora.

– Uma mulher! É uma mulher. Tem uma mulher em Paraíso. É o fim! Todos se lembram do bilhete deixado pelos Observadores lá no Ninho? A primeira vez que tivemos comunicação com o mundo externo, foi através daquele pedaço de papel amassado. – dizia S.F – "DIFERENTE : INÍCIO DO FIM" – Completou ao lembrar-se da frase escrita.

– Será que aquele papel referia a essa mulher? – Emendou B.F.

– Vamos morrer. Vamos morrer todos aqui! Não conseguiremos. Realmente é o fim! – Não parava de repetir M.F descontroladamente.

– Calma gente. Calma. Não nos precipitemos. Lembrem-se: "Nem tudo que reluz é ouro" – Concluiu L.V.

O único "calmo" naquele ambiente era I.N. Afinal, o mesmo havia conhecido aquele ser a pouco mais de 10 minutos em seus sonhos. Na verdade, o garoto não estava calmo. Estava é apreensivo. Apreensivo por não fazer ideia de quem ela era. Apreensivo por não saber o porquê surgira em seus pensamentos. "Anne" – Mentalizou. De seus sonhos, para seus braços. Repousando. Charmosamente inconsciente.

– S.F, leve-a até a Doideira e dê os primeiros socorros. – Sentenciou o líder.

– Mas e se ela for um... – muitas teorias vieram na mente. Confuso, limitou-se: – tem certeza L.V? – Titubeou o sabichão.

– Acho melhor matá-la agora que está inconsciente! – Condenou B.F.

– Ela pode ser um deles! – Interveio A.E.

– Você está vendo o que eu estou vendo A.E? Se essa belezinha for um Acordador, meu amigo... eu amo Acordador!

– Sem piadinhas M.F. Até agora pouco você estava mais medroso que o S.F, então, não venha dar uma de gostosão! Eu só digo uma coisa: Ela é um ser humano e nós a ajudaremos. Ponto final. – Finaliza o líder com sua autoridade duvidosa.

S.F tenta tirá-la dos braços de I.N, mas antes que este conteste, L.V antecipa argumentando que é para proteção e segurança dela. Esse ferimento pode ter sido ocasionado por algum Acordador. E se eles a seguiram? Logo estariam aqui, portanto precisamos nos preparar.

I.N balança a cabeça. Concordou. Sabia que L.V estava correto em sua decisão. Precisavam se preparar. O portão estava aberto e a ameaça eminente. Então, ergue-se e entrega a misteriosa garota para o amigo ao lado. – Cuide dela S.F. – Limitou a dizer ao confiá-la ao medroso sabichão.

Robert, que até então não estava presente, surgira como um fantasma. Enfurecido. Fora de si. Olhos petrificados para I.N. Gritava e apontava o dedo. Ódio enraizava seu olhar.

– Sua culpa! Tudo isso é sua culpa, desgraçado. Desde o dia que acordou que não fui com a tua cara. Sabia que tinha algo estranho. Esse seu jeito... só comendo pelas beiradas. Só querendo dar uma de herói... – os olhos se arregalaram – Ser o bonzão. Você não me engana. Conheço esse tipinho. – a mão vai até o nariz – Sinto o cheiro de longe. Você não é e nunca será o nosso salvador! Pelo contrário, só nos trouxe destruição. Estava tudo normal, tudo bem planejado, mas, só foi você acordar, que as coisas pioraram. Tomaram outro rumo. Perdemos o controle.

– Mas... eu matei um Acordador!

– Grande ajuda a tua! Só os deixou mais nervosos. Você ferrou tudo seu merda! "Mas eu matei um Acordador!" – Remedou Robert em referência ao comentário de I.N. – Foi puramente sorte você ter matado um. Sorte esta, que não terá mais! Assim espero e desejo loucamente. Esses... truques com as mãos não vão ajudá-lo quando os Acordadores te pegarem. Vai sofrer lentamente seu filho da...

PROJETO I.N - DESPERTAROnde histórias criam vida. Descubra agora