Capítulo 28

7 0 0
                                    

-Ficará na minha casa até o julgamento. - Robis diz quando entramos dentro do carro da polícia, eles instalaram um aparelho no meu calcanhar. -Como você não tem parentes aqui, me responsabilizei.

-E agora? - olho para Robis e ele suspira.

-Conversamos sobre isso quando chegarmos.

-Você mora sozinho? - pergunto. Lembro que pensei que ele tinha filhos, mas agora ele parece um cara de mora sozinho, que só vive para o trabalho.

-Não, minha mãe mora comigo e tenho um gato. - rio.

A casa dele é grande mas simples, rústica e sofisticada. O lugar ideal para uma família. Os policiais me levam até dentro da casa, e só tiram as algemas quando o aparelho do meu calcanhar começa a apitar uma luz vermelha.

-O rastreador é á prova de água e de fogo, então não adianta tentar fugir, nós sabemos seus movimentos e em o que pensa em fazer. - um dos policiais fala, reviro os olhos e dou uma risada forçada. -Qual é a graça?

-Huh... nada. - sorrio. Estava afim de zoar com a cara deles. Os policiais e Robis caminham até a porta e depois cochicham algo, em seguida todos eles saem da casa me deixando sozinha.

Olho ao redor da casa e sinto uma formigação nas minhas pernas, olho para baixo e vejo um gato marrom acariciar meus pés. Rio.

Quinze dias...

Tenho tempo o suficiente para decidir oque fazer da minha vida, observo a sala e caminho devegar observando cada objeto ali. Uma pequena mesa com porta-retratos me chama atenção, uma das fotos tem Robis, visivelmente mais novo, uma menina que parece ter minha idade, e uma mulher com os cabelos castanhos escuros. Robis não disse que tinha uma família.

Ouço a porta bater e estremeço, Robis entra com uma caixa de papelão.

-Vai ter muito tempo para... - seus olhos percorrem-me e para quando vê que estou segurando o porta-retrato da sua família.

-Oque sua esposa vai pensar quando vê uma loira rockeira dentro da sua casa? - rio.

-Ela não vai pensar nada... - ele demora um pouco pra responder.
Pouso o porta-retrato no lugar caminho até ele que está com os olhos voltados para o chão. Prefiro não fazer perguntas.

Acho melhor deixar esse assunto de lado e ir tomar um banho, mas olho para Robis que pousa a caixa lentamente em cima do sofá, e depois pega a foto em que eu estava segurando. Ele não dialz nada, apenas olha para a foto.

-Onde fica o banheiro? - quebro o silêncio.

-No andar de cima, virando á direita. - ele diz e depois pousa a foto no lugar. Sigo as suas instruções e entro para um banho quente. Vazia tempo que não tomava um banho descente. Naquele lugar só tinha água fria e tomava poucos banhos, não tem privacidade naquele lugar, muito menos higiene. Ouço baterem na porta enquanto me seco.

-Sim? - digo alto.

-Deixei algumas roupas aqui na porta. - Robis diz mas não respondo. -Elly?

-Eu já entendi, agora pode me deixar em paz?! - ouço-o rir e seus pasos diminuindo. Abro a porta e pego o pequeno monte de roupa que estava no chão. Uma calça de moletom branca cabe perfeitamente em mim, e uma regata branca também, as roupas ficam ótimas no meu corpo e pensona garota que aparenta ter a minha idade da foto. Acho que as roupas eram dela.

Desço as escadas e procuro por Robis, ele está na cozinha, mechendo em alguns papéis. Sei que é estranho ficar quinze dias numa casa com um homem que tem o dobro da minha idade, mas confio em Robis de alguma forma, ele me passa essa confiança.

ELENA | H.S fanfiction |Onde histórias criam vida. Descubra agora