ELENA | H.S fanfiction |

Capítulo 30

Fecho a porta mas Harry segura.

-Elena... - ele mal fala mas empurro a porta com tudo trancando-a. Harry continua batendo na porta chamando meu nome, enquanto eu me afasto lentamente pra trás. -Elena, eu sinto muito... eu sei que você não quer me ver depois de ter te deixado naquele lugar mas... eu preciso... - interrompo.

-Vai embora, eu não tenho nada pra falar com você e muito menos você, já me disse adeus uma vez, então vaza daqui. - cuspo as palavras alto o suficiente para ele ouvir.

-Está errada Elena e eu também. - ele diz. -Eu quanto você sabe que nos apaixonamos...

-Vai se foder Harry. - grito. -Eu não me apaixono. - sinto meu rosto queimar de raiva.

-Abre a porta Elly. - ele pede um tempo depois.

-Vai embora. - grito e começo a subir as escadas mas ele me impede com suas palavras.

-Eu te amo. - ele grita. -Eu te amo Elena, agora abre a merda da porta e deixa eu falar com você.

Minhas pernas parece que congelaram e grudaram no chão, prendo a respiração por alguns segundos e depois suspiro pesadamente. Amar tem um significado forte, a única pessoa que me amou na vida foi minha mãe, ela sempre esteve lá pra mim, ela me amou. Amar quer dizer nunca deixar, nunca mentir, mas sempre amar aquilo incondicionalmente, e nunca acima de tudo, deixar aquilo que mais ama.
Harry não me ama, ele só está iludido pelas minhas atitudes, mas se ele realmente me amasse, não me deixaria naquele lugar. Não sei oque ele tem pra falar comigo, mas mesmo assim não quero saber, nunca me importei com as palavras de ninguém, não é agora que vou me importar.

-Tarde demais. - digo alto e subo as escadas, entrando no quarto, batendo a porta com força.

Porra. Eu não acredito que aquele bacaca foi capaz de aparecer aqui, depois de tudo, aquele filho da mãe veio aqui e ainda disse que... que me ama? Ele pensa que é quem? Meu Deus... Estou ficando louca.

-Elena... - ouço-o gritar. Vou até a varanda do quarto e vejo seu corpo magro parado, sentado no meio-fio, ele não me viu aqui ainda. Harry passa a mão pelos cabelos olhando pra baixo. -Eu não sei como isso aconteceu... não sei por quê eu estou aqui... não sei por quê voltei pra Inglaterra... não sei por quê te deixei lá... Não sei como se apaixonei por você. - ele fala baixo, apenas para si, mas consigo ouvir cada palavra.

-Quando meu pai separou da minha mãe depois da morte da Ella, eu pirei. Tivemos que nos mudar pra Califórnia, eu e a Gemma, minha mãe é americana, e meu pai é inglês... - ele diz e não entendo. -Quando minha mãe se casou de novo, pensei que não iria me acostumar, mas me acostumei com ele... O Steve sempre foi um homem bom, sempre nos dava o que pedíamos... - Steve? Sinto meu coração acelerar e minha boca abre várias vezes mas trava. -Mas no momento em que ele me obrigou a ir atrás de você, pra te vigiar, eu juro que não sabia oque estava fazendo... - Diz. Oh não...

Corro até a porta do quarto, descendo as escadas rapidamente e destrancando a porta da frente, corro até o Harry e o faço levantar. Ele me olha assustado, mas colido a minha mão no rosto dele com toda a força, toda a minha raiva foi depositada naquele tapa. Agora tudo faz sentido, por isso Harry sempre ia atrás de mim, sempre fazia questão de estar comigo, e nunca desistia, mesmo sabendo que sou uma pessoa que não é do porte dele... Harry sempre estava lá, pra me... vigiar? Vigiar de quê? Ele sabe, desde o primeiro momento, que não preciso de ninguém pra me vigiar. Porra.

-Elena... - ele sussurra.

-Não fala nada porra... - eu o empurro pra longe. -Então quando me encontrou na rua com o Joe, estava ali me vigiando não era? Estava ali o tempo todo não? - ele olha pra baixo.