Fim do Prazo de Thomas Hoyer

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n/a: Como agradecimento pelos 1.8K fiz o fim do Prazo no ponto de vista do Thomas. Essa é uma ótima oportunidade para vocês conhecerem quem é o Thomas. Isso vai ser bom para alguns e decepcionante para outros porque ele não é  um Macho Alfa e às vezes pode ser confundido com um adolescente. Bem, logo vocês entenderão o porquê dele ser o que ele é.

Aproveitem!

"Tudo estava bem do jeito que era: Normal e comum. Então lá estava você... E agora você está me encarando. Ninguém pode escolher por quem se apaixonar ou quando se apaixonar, ou como se apaixonar, ou o porquê. Eu, bem, eu me apaixonei por você e devo esperar. É só uma questão de tempo." - I Will Wait For You by Us the Duo.

Aquela era a segunda vez que acordava pela manhã naquele dia. A primeira foi quando o alarme tocou às sete horas e me xinguei por ter esquecido de desligá-lo em meu dia de folga; a segunda foi no momento em que o sol batia no meu rosto, me impedindo de continuar dormindo até meio-dia. Estiquei os dedos procurando meu celular perdido entre os lençóis e conferi a hora: dez horas da manhã.

Segundos depois o aparelho começou a tocar. O som conhecido do saxofone de Donald Stak e o nome Ms. Snyder me alertando que não importava se eu estava de férias ou aquele era um dia realmente especial para mim: o dever sempre me chamava.

De saco cheio de ser incomodado quando deveria está focando em outras coisas, não atendi e joguei o celular na cama. Levantei-me preguiçosamente e me arrastei até o banheiro, desvencilhando da bagunça largada no meu carpete.

Demorei trinta minutos ignorando o barulho que meu telefone fixo fazia junto com o celular enquanto fazia minhas necessidades no banheiro – diminuir ainda mais a velocidade quando comecei a me barbear.

Aliás, pequena observação: eu odeio me barbear. É uma das coisas mais chatas e extremamente irritantes de se fazer. Se eu pudesse usaria aquelas barbas gigantescas onde salgadinhos costumam sumir e passar semanas sem serem encontrados.

Enfim.

Apertei os lábios enquanto decidia se vestir formalmente hoje era uma boa escolha, mas não conseguia pensar em nada com o barulho simultâneo que os aparelhos telefônicos fazia em minha casa. Irritado, peguei meu celular entre os lençóis e fiz uma careta ao ver o nome Seth Connor brilhar na tela.

Se Seth estava ligando algo de muito errado aconteceu.

– Thomas Hoyer. – Atendi na minha voz mais calma e neutra possível enquanto olhava para o espelho do closet, me arrependendo de ter colocado tanto gel no cabelo.

– Onde diabos você estava que não podia atender a po... porcaria do telefone? – Seth ralhou irritado querendo soltar uma palavrão, mas provavelmente estava em um lugar que requeria formalidade.

– Não tenho certeza. – respondi, ainda no tom de voz calmo – Talvez curtindo meu dia de folga?

– Daniel foi descoberto! – Falou em um tom urgente. – As gravações dele estão em todos os jornais e só se fala disso em todo o canto. O Forúm está uma zona e todo mundo está esperando por você.

Meu corpo congelou assim que processei o que Connor tinha dito.

– Scheisse! Daniel? O Vereador Daniel? – Perguntei debilmente.

– Não, Thomas, meu pai, o fazendeiro que passou a maior parte da vida no Texas. – falou sarcasticamente. – Venha logo!

Peguei um dos meus ternos cinza e me vestir rápido com uma animação que senti falta nos últimos meses. Ás vezes me arrependia de ter aceitado aquele trabalho e deixado de lado a vida agitada de advogado, entretanto, ter aquela instabilidade e desacostumar-se com as regalias incontáveis da Ala A me parece um retrogresso e, como dizem, é para frente que se anda.

Our Worlds Collide [Primeiro Rascunho]Onde histórias criam vida. Descubra agora