"Você usa o seu coração em sua manga e eu uso o meu sangue em minha gravata. Mas é só o amor por baixo desse disfarce." - Collide, James Bay.
— Senhor Jesus Cristo!
Exclamou Annie, mãe de Jean, depois que chamei ela e sua filha para ver o que tinha acontecido.
Minha bolsa ainda estava pendurada no ombro, mas assim como o resto da minha vestimenta, estava repleta de tinta.
Ao ler a mensagem macabra para ficar quieta, ironicamente liguei para Thomas. Infelizmente não faço ideia o porquê daquele ser meu impulso, mas agora era tarde. Hoyer já estava à caminho.
— Como alguém pode ser tão baixo? O que ia ganhar com isso? — Annie verbalizou as palavras que vibravam na minha cabeça.
Nem mesmo a televisão sobreviveu para contar a história — ela havia sido massacrada por um taco de beisebol e tinha vidro espalhado por toda sala.
Os pertences da minha mãe já haviam sido revirados por mim: consegui salvar apenas a foto do meu primeiro ano de vida e uma selfie guardada no drive do celular.
Apenas isso.
Comecei a tremer quando a realidade pareceu mais clara aos meus olhos.
Minha casa. Minhas memórias. Meus pertences. Tudo que um dia os Blackwells tinham construído.
Tudo se foi.
Corri os dedos pelos cabelos e os puxei. As lágrimas escorregaram pela minha bochecha e uma queimação corroeu a garganta. Devagar fui até o banheiro, agradecendo aos céus pelo fato de Jean nem Annie me ver desabando, e fechei a porta. Sentei na bacia suja de tinta e deixei toda aquela tristeza sair de mim.
Abri a boca e tentei gritar, mas o som não saía. Os soluços seguiram-se quando desisti de me recompor.
O que eu iria fazer?
— Lydia, abre a porta. Sou eu, Thomas.
A voz aveludada de meu destinado me fez abraçar-me com frio. Não queria que ele me visse assim no fundo do poço. Não estava disposta a bancar a criança chorona na frente de Hoyer de novo.
O silêncio foi minha resposta para ele.
— Eu vim para ajudar, Lydia.
— Vá embora. — Falei com a voz rouca — Depois nós conversamos.
— Quero conversar com você agora. — Disse teimoso.
— Você não precisa ser meu super herói. — Repliquei olhando feio para a porta — Salve o dia de outra pessoa.
— Deixe-me ser seu coadjuvante hoje à noite. — Sussurrou.
Aquilo mexeu comigo o bastante para cair no choro mais uma vez.
— Oh, meu amor, abre a porta. — Implorou angustiado.
Estranhamente comecei a rir mostrando que já estava chegando a um estágio perigoso de insanidade.
— A porta não tá trancada. — Avisei.
Segundos depois o som da madeira sendo empurrada ecoou pelo cômodo e vi um Thomas completamente alinhado com um terno cinza escuro. Não havia nem mesmo um fio de cabelo fora do lugar, o que me fez me sentir mais miserável. Provavelmente eu estava com a maquiagem borrada e minhas roupas estavam manchadas de azul e vermelho.
Hoyer agachou-se na minha frente e quase bateu a cabeça na pia. O banheiro era minúsculo e parecia menor ainda com a presença dele.
— Olhe pra mim. — Pediu carinhosamente segurando meu rosto.
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Our Worlds Collide [Primeiro Rascunho]
Genç Kız EdebiyatıNo mundo onde as garotas esperam pacientemente pelo seu destinado depois que recebem seu prazo ao 21 anos, Lydia Blackwell está ocupada demais tentando pôr a vida em ordem. Contas para pagar, uma mãe doente e um chefe que a enche de coisas para faze...