Capítulo 17

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"Amigos não deveriam me beijar como você me beija." - Friends, Ed Sheeran.

ㅡ Blackwell!

Dei um pulo de susto ao ouvir Carter gritar meu sobrenome. O meu chefe me olhava com um olhar irritado e eu engoli o seco já pensando na bronca que levaria.

ㅡ Estou lhe chamando há quase... ㅡ ele checou o relógio ㅡ ... dois minutos e você não me atendeu. O que anda acontecendo com a senhorita? Nunca foi de ser distraída.

ㅡ Não vai acontecer de novo. ㅡ Falei, apesar de achar difícil de cumprir a promessa ㅡ O que o senhor deseja?

- Há algum recado para mim?

Mexi o mouse do notebook e abri a área de trabalho.

- Sim, sua esposa o aguarda às 14 horas para o acompanhamento do exame, porém o senhor tem que estar na fábrica às 15 horas. - Expliquei - Quer que eu deixe para o outro dia?

- Não, alguém tem que ir à fábrica. - Disse ele ponderando - Ligue para Daniel e peça-o para ir até lá em meu lugar.

Assenti digitando rapidamente as informações necessárias para que lembrasse o que fazer.

- Seus advogados estão disponíveis para conversar às 17 horas. - Ele balançou a cabeça concordando - Cassandra deseja vê-lo ainda essa manhã.

Ele fez uma careta.

- O que essa mulher quer agora? - Indagou.

- É algo sobre as canetas vermelhas que ficaram rosa no mês passado. - Resumi.

Albert balançou a cabeça mais uma vez concordando.

- Chame Garry Fordnelly para nossa conversa. - Pediu e eu assenti já antecipando a dor de cabeça que teria para conseguir contatá-lo.

Ainda não entendia porque ele vivia naquela bolha e era considerado um bom profissional. Eu nunca o vi trabalhando, então não podia dizer muita coisa. Por que a Coral o mantinha em seu time? Só Deus sabe.

- Vai precisar que o acompanhe nesses compromissos? - Indaguei.

Ele negou com a cabeça e sem se despedir do meu campo de visão.

Observei meu chefe sair com uma pulga atrás da orelha. Depois das revelações que Thomas me ofereceu no dia anterior, não consegui parar de pensar na Shadow e como toda a Ala A estava envolvida com isso.

Foi quando abri o arquivo com o projeto pedido por Carter que recebi uma mensagem de Thomas. Mordi os lábios tentando conter em vão o sorriso que tomava meu rosto. Aconcheguei-me na cadeira e li a mensagem de meu destinado.

Thomas Hoyer: "Acabei de descobri que sou um meme. Isso é bom ou ruim?"

E, junto com seu recado, havia três imagens em que tinha o recorte de Thomas com uma expressão de desagrado com a bata de juiz em plena audiência judicial. Não pude evitar rir de cada uma das piadas e mandar risadas exageradas para ele.

Lydia Blackwell: "Não se preocupe, isso é bom!"

Ponderei um pouco antes de mandar outra resposta. Eu me sentia nervosa em falar com ele, já que não fazia ideia do que éramos um do outro. Nunca tive certeza na verdade, mas agora a insegurança parecia maior.

Lydia Blackwell: "Que tal a gente almoçar juntos hoje? Tem um restaurante legal aqui perto..."

Thomas demorou um pouco para responder e fingi ler algo que tinha escrito como base para o produto que tinha feito. Minutos depois meu celular vibrou e fiquei desapontada com sua resposta.

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