Joana
Acordo com uma pequena dor nas costas. Sinto um peso em cima do meu corpo e calor…calor humano. Harry tinha o seu braço envolvido em mim, a sua respiração quente e profunda vinha contra o meu pescoço simultaneamente.
Quando adormeci ele estava deitado numa árvore, afastado de mim e agora está aqui… Pareço uma pequena cria indefesa refugiada na sua grande estatura. Que comparação mais ridícula!
Retiro lentamente o braço e vou buscar o telemóvel dele para ver as horas. Sete e meia da manhã, os outros devem estar neste momento a acordar e é provável que alguns guardas florestais estejam à nossa procura. Volto a colocar o telemóvel no seu bolso e observo-o. O seu cabelo encaracolado estava mais despenteado que o normal, chegando ao ponto de cobrir um pouco a sua cara. Coloco a minha mão no seu rosto e afasto os fios de cabelo.
-Harry…- sussurro próxima dele para poder ouvir. Nenhuma reacção foi feita por parte dele. Continuei a chamá-lo com a voz baixa, não acordava. Então fiquei farta e decidi falar alto- ACORDA, IDIOTA!
Harry abre as suas pálpebras, o que me permite ver os seus olhos verdes. Mudou de posição, ficando sentado à minha beira.
-Não podias ter continuado com as caricias e a chamar pelo meu nome docemente?!- normalmente a sua voz era grave e rouca, neste momento está ainda mais rouca devido a ter acordado.
-Palhaço…- fiquei um tanto revoltada- Quando adormeci julguei que te tinhas deitado junto àquela árvore velha. Estás aqui porquê? És sonâmbulo por acaso?!
-Ah, isso foi porque a meio da noite tinha acordado e quando olhei para ti estavas bastante encolhida e a tremer. Então decidi encostar-me a ti para estabilizar a temperatura.
-Ah…
-Agora não é o momento de me agradeceres em vez de estares sempre a insultar-me?
-Obrigada- agradeço bastante depressa com um tom atrapalhado.
Harry pareceu aperceber-se, mas limita-se a sorrir. Depois levantou-se e caminhou até à sua mochila. Abriu-a, tirando de lá duas sandes e água. Deu-me uma delas e sentou-se ao meu lado. Comi de bom grado. Ainda estava com o casaco dele, mas sentia-me tão quente e confortável que não o tirei para entregar.
Assim que terminámos, decidimos caminhar pela floresta com o objectivo de encontrar o acampamento ou alguém que nos pudesse ajudar.
-Espero que não andemos, mais uma vez, às voltas…- digo de relance enquanto caminhávamos.
-Ontem estava um bocado escuro e não deu para visualizar o caminho direito, daí andarmos às voltas.- responde Harry olhando de seguida para mim, descendo depois o olhar para o que eu tinha vestido- Ainda precisas do meu casaco? É que já não está frio.
-Oh, estava tão confortável que não me apeteceu tirar. Mas se quiseres posso devolver.
-Ah, deixa estar. Se quiseres podes ficar com ele para recordação, lembrar-te-ás sempre de mim com um sorriso nos lábios.
-Acho que um dia vou ter de me habituar ao facto de seres tão atiradiço- reviro os olhos, mas depois rio-me.
Caminhamos mais algum tempo até que ouvimos uma voz… Não era familiar mas pude perceber que era de um homem, gritava pelos nossos nomes. Eu e Harry entreolhamo-nos e seguimos a voz, respondendo também logo de seguida. Até que avistamos um adulto com aspecto de guarda-florestal e atrás de si vinha a nossa professora de filosofia. Analisando pela sua cara… Não estava nada contente…
-Finalmente! Ficamos todos preocupados com o que vos poderia ter acontecido, seus inconscientes! Só vocês os dois para arranjarem este tipo de problemas. Mais umas horas e íamos ligar para os vossos encarregados de educação para os meter a par do ocorrido. Vocês estão bem? Estão feridos?- a professora falava severamente, notando logo de seguida um tom de preocupação.
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Confias em Mim para Amar?
Fanfiction"-Um livro de inglês?! Deves necessitar muito...-ironiza Harry com um sorriso. -Okay... A desculpa até foi boa, mas porquê mentir à minha mãe?- pergunta Louis. -Tu não pensas?! Se dissesse à tua mãe que vinha aqui só para conhecer os rapazes, quando...